JS23
Descreva você. Nunca houve atividade que me deixasse mais emburrada. Como posso lhe afirmar algo de que nem eu tenho total conhecimento?
Bem, posso dizer que sou tímida. Hoje. E talvez amanhã lhe mostrar meu lado mais extrovertido. Um lado novo! Que, talvez, conheça um dia.
Não posso dizer o que já fui, por não ser mais quem sou agora. Não quero agir com hipocrisia! Mas, talvez, possa dizer quem sou no atual presente, no instante atual. No entanto, quem sabe, descobrir algo novo daqui a cinco, dez, quinze minutos E isso mudará quem eu era nesse instante, que de agora, virou passado.
Vou ser sincera, ao dizer que não saberei descrever muitas coisas. Hoje, agora, sou criativa, confusa, atenciosa, intensa e até mesmo receosa. Coisas pequenas que acredito que não mudaram tão fácil. O resto, como ignorante às vezes bruta, quieta e talvez um pouco orgulhosa, pode chegar a mudar, talvez, quem sabe.
A palavra que chegaria mais perto de me descrever agora seria descoberta. Essa dai, eu sei que não mudará tão fácil. Mas, seu significado me submeterá a mudar diariamente. Descobrindo partes de mim que nem eu mesmo saberia descrever. A palavra em si, me coloca em uma grande dúvida. Me descreveria mais como um mistério. E se o ego subir demais, me compararia, eu e a minha vida, à caixa de pandora, repleta de segredos. Quem sabe, talvez, seja isso mesmo. Porém, afirmo-lhe não sabereis até quando vão durar essas descobertas, então até lá, será difícil explicar em palavras exatas, quem eu sou.
A proposta de autoavaliação dada a mim seria mais exata se questionasse sobre o instante atual. De uma forma explicativa e direta me perguntar, quem você é agora?