Josefa Juliana da Silva Carreiro - Juliana Carreiro
GUERRA
O sangue derramado,
Balas no chão;
O que se passava naquelas mentes?
Inquietação!
Corpos em chamas, ruínas e ódio armado,
homens escoltados para matar,
declarando o nome da paz
Onde não haverá.
Só corpos e sangue!
Flores secas e cadáveres armados,
terra apodrecida pela matança,
ela nunca acaba...
Só os corpos espalhados conhecem seu fim,
o amor ali é perdido,
pessoas desoladas e sem esperança.
A única certeza é a incerteza do amanhã,
sabe-se quando começou,
mas não quando terminará.
Nação contra nação,
irmãos contra irmãos,
por um ideal e mentira da paz.
Tantas mentiras,
verdade ali é a pura ambição,
o não querer dividir,
a cobiça do que não se tem...
Querendo a todo custo,
sem olhar a meios,
pagando com vidas inocentes.
Justificam seus ideais,
mas não há ideal que mereça o sacrifício de uma vida.
É uma fábrica de morte!
Abandonados à razão,
é matar ou morrer.
O mais feroz animal não faria tantos sangrar;
Homens que fazem guerra,
carregam a guerra consigo!
Juliana Carreiro