José Ronaldo S Santos

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⁠O QUE VOCÊ CHAMA DE VIDA?
Muitas pessoas ao longo de suas vidas, sempre se perguntaram acerca do real sentido de viver e esta aparentemente nos parece ser uma pergunta de resposta fácil. Logo pensamos que para viver basta existir. Será que é só isso mesmo? Segundo a bíblia, nós, pobres mortais, criaturas divinas, ganhamos o livre arbítrio de viver as nossas vidas, ou seja, a possibilidade de fazer escolhas boas ou ruins.
A pergunta é: O que estamos fazendo da vida com as nossas escolhas que fazemos? Qual o real sentido estamos dando à nossa breve passagem na terra? O que estamos fazendo de bom ou ruim? Que tipo de valor estamos gerando para nós ou para os outros?
A primeira hipótese a que chegamos é que ainda não sabemos o real propósito de viver, por se tratar da existência de um mundo de guerras, fome, tragédias, destruição ambiental e dominado pelo Deus Mamom, o Deus do dinheiro. Neste mundo a coisa tem vida e as pessoas apenas existem. Karl Marx vai chamar isso de coisificação, que em síntese é o ato de reduzir tudo, inclusive as relações sociais para um processo de utilidade prática e não reflexiva.
As mercadorias se relacionam nos mercados e na vida real, já as pessoas apenas seguem o jogo da existência. As pessoas seguem os rastros das mercadorias buscando ganhar mais dinheiro, e tirar proveitos de um mundo material de fantasias. Nisso, as pessoas acabam deixando de fazer o que é essencial, que é o ato de viver e não apenas existir.
Poderíamos dizer que viver não significa apenas estar vivo, os animais também existem, e sim aproveitar a vida, vivendo com todo o seu potencial. Experimentar todos os tipos de coisas, realizar seus projetos ou simplesmente viver livremente enquanto se preocupa apenas em satisfazer seus gostos e desejos, pois o verbo viver pode significar todas as suas coisas. Marx vai dizer que há sim um propósito e um sentido em tudo existir. “A quantidade de dinheiro se torna cada vez mais seu único atributo poderoso; assim como ele reduz todo o ser à sua abstração, reduz-se ele em seu próprio movimento a ser quantitativo. A imoderação e o descomedimento tornam-se a sua verdadeira medida...”
As nossas vidas não são tão ditadas por um ser superior, o quanto ela é pelo dinheiro e pelas relações materiais de nossa existência. É como dizer: estamos mais preocupados em salvar as nossas peles do que nosso espírito. Estou dizendo isto sem a menor intenção de crítica ao caro leitor, mas no sentido de dizer que as coisas pelas quais nos preocupamos são tão incipientes, que acabam sucumbindo até mesmo ao nosso ato de existir e viver.
É possível viver? É possível ser feliz em um mundo de relações líquidas ditadas pelo capitalismo?. Como conduzir sua própria vida quando a mesma é organizada por algoritmos e suas vontades em síntese não são suas e sim daquelas empresas que pretendem lhes vender coisas? A resposta não poderia ser simples. Viver nestas circunstâncias requer de todos nós autoconhecimento e autocontrole da situação.
O primeiro passo é entender o nosso papel e função no mundo e no universo. As pessoas gostam de ser servidas, mas poderíamos começar pelo ato de servir e dar valor e sentido real às coisas que de fato fazem mudanças significativas em nossas vidas. O nosso principal oponente é nosso próprio Eu. O nosso Eu, mesquinho, tacanho, imediatista e consumista é a real pedra no meio do caminho e para superação será preciso rever nossos padrões ruins de comportamento de raça, de bicho, de ser humano. É preciso superar os egos, nossos vícios que nos conduzem ao abismo. Um segundo passo importante é entender a situação. Quais as nossas forças e fraquezas? Quais são as barreiras impostas que nos impedem de sermos felizes e gerar valor nesta vida. E aqui residem as tomadas de decisões mais importantes.
Neste primeiro texto introdutório gostaríamos apenas de deixar uma questão ao nosso nobre leitor: Você sabe a diferença entre viver e existir?
José Ronaldo S Santos

Inserida por roni_santos