A velhice é a soma dos anos e dos ânimos.
No início
Era a palavra
E a palavra
Se fez passarinho
E virou poesia.
No começo,
Era a poesia,
Era a luz,
Era a lucidez.
O sertão é a perene e fecundante explosão da vida em forma de fogo, calor e fulguração.
Ao fim e ao cabo, importará tão somente a árvore que tivermos plantado, cultivado e legado às gerações futuras.
Enquanto a história segue seu curso, a literatura vai dialogando com a vida e sobre a vida.
A literatura é dessas coisas que entram na vida da gente e aí permanecem, ora em forma de luz, ora em forma de caminho.
As coisas são mais do que coisas:
são transbordamentos.
Uma pessoa é ela e seus desejos.
O amor é o encontro da razão com a emoção.
O sertão é Conselheiro,
É Vilanova e Pedrão,
Macambira e Vicentão,
Manuel, o Curandeiro.
O sertão é Fogueteiro,
Marciano e Beatinho,
Taramela e “Jaguncinho”,
Tia Benta e Caridade.
O sertão é João Abade,
Pajeú e Timotinho.
Tudo é relativo e tudo é relação.
O desprendimento é a chave da felicidade.
Escrever é a arte de errar.
Minhas rugas são minha história.
Cada novo dia é uma esperança que se renova.
Quando bate a paixão,
a gente toma banho
e se perfuma.
Homero tratou da guerra,
Karl Marx, do capital;
Dante tratou da alma,
Goethe tratou do mal;
do homem trataram todos
de maneira magistral.
A vida é feita essencialmente de encontros. Os desencontros são meros acidentes de percurso.
O que a insensatez separou a arte uniu e reuniu.
Ontem chorei por meu gato,
Hoje chorei por meu cão,
Amanhã por quem hei de chorar?
E depois?...
E depois?...
E depois?...
Quando a poesia fala,
a tirania cala.
Toda arte é política,
mas nenhuma arte é partidária.
É na política que a mediocridade se apresenta na sua forma mais eloquente.
Amares
que
vêm
para
o bem.