José gabriel costa
Batidas repetidas,compassadas programadas,
Relógio inglês , impetulante, acordar, levantar,deitar, sempre ritmada.
A busca do comum , do diferente , um motivo ,parar sorrir e falar ‘’a gente ‘’,
A cada dia sei ,que nada muda , mais ela vivo e ela continua
um momento ,um olhar se transfigura , ele simplesmente muda
Ele foca em sua figura , o resto some , evapora ,desfoca
Doce inocência , carinho involuntário , sorriso espontâneo olhos brilhando.
Apenas a resposta de uma criança .O poder novamente aqui estar , conseguindo o abrasar sem medidas ,impossível julgar .
Sem esperar nem uma resposta ; Derrete uma lambida no seu rosto
e assim a festa novamente começa.
Tempo relapso , indeciso , sons estridentes dos ranger dos dentes ,do bater das botas , do estalar das madeiras do grito dos metais , filme de terror ? , não , apenas o inverno severo chegando ao píer .
Marinheiro tem de partir , antes que sua barca faça parte do cenário e se torne mais um monte de neve a ser varrido ao sol que vem tarde , ventos fortes cortam sua nau , o mar quase enrijecido se molda se estaguina ,trazendo a morte gélida a um homem que já cansado de viver ,ainda lutava .
Trancado na cabine pela neve apenas observa a escuridão , que o cerca ,porem com único feixe de luz , uma estrela ao céu. O tempo se deu por acabar ,a única coisa que deixou foi um sorriso congelado e a foto em sua mão gelada .
A noite não será mais solitária , o céu brilha mais forte ,surge uma nova estrela ao esperar do sol retornar , afim de um momento de descanso , para sozinhos novamente conseguirem estar.