José Eduardo do Amaral
As horas passadas não têm mais valor, perderam-se no tempo os minutos e os segundos, como folhas levadas pelo vento. Valiosa a hora presente, aquela que vivemos...
Meus pés em sonhos já pisaram muitos quintais, mas nenhum foi tão docemente suave como aquele quintal das carambolas.
Como a névoa que devassa a intimidade da floresta, quero devassar teu corpo e tua alma. Quero poder te amar em todos os momentos da vida, mesmo que esteja quase sempre ausente do teu regaço.
Me sinto, sim, ah como me sinto, um aventureiro do século XVII, que buscava riquezas na imensidão das montanhas de Minas.
Terminou minha busca, sim terminou. Não pelo cansaço ou desesperança, mas por haver finalmente encontrado o tesouro perseguido por tanto tempo. Os beijos, o carinho e o aconchego, serão sempre a riqueza depositada no fundo da bateia da minha existência. Sempre.