Josane Hodniki
Abro meu coração hoje. Como uma janela colorida do pelourinho que se abre de manhã bem cedo. Então, passa a baiana vendendo acarajé. E ela diz: diaaa, senhorita!
Amigo é aquele que esta lá, entre os dois ou três primeiros dedos da mão. Que você conta com orgulho e que se pode contar de verdade.
As vezes, é preciso deixar de lado certos argumentos de felicidade para viver uma felicidade verdadeira
Acreditar no que vemos apenas, facilita, mas nos engana com uma brutalidade quase sutil! Ainda bem que “quase”. As vezes é preciso incendiar, queimar. Só assim, entendemos com clareza por que mergulhar em águas frescas pode ser tão perfeito. Depois de arder é que valorizamos a água, afinal.”
Eu adoro minhas loucuras. Cada uma delas. Desde de contar azulejos dos banheiros até achar que chupar manga ao lado de alguém é o ato mais afrodisíaco que existe.
Tem dias que tenho um pouco de medo de mim. Mas tem dias que o meu maior medo é me curar de todas as minhas loucuras.
O fato é que depois de trocar emails e telefones, nos abraçamos com choro engasgado e foi aí que percebi que algumas pessoas realmente passam, outras é como se nunca tivessem saído da nossa vida. Foi como se precisávamos estar ali. E como foi bom estar!
Quando bate a sensação “menininha tocadora de piano”, eu já lembro daquela sniper soviética (pera, deixa eu lembrar o nome dela... digitando no google). Lyudmila Pavlichenko!
Eu estarei dentro de você quando acordar amanhã
Em algum lugar onde alguém jamais esteve
Ainda me perguntando se eu deveria ter mesmo entrado...
...dentro de você
Então ela percebeu que era hora de deixar as borboletas voarem novamente...
e começou a refazer seu jardim!
Eu ainda acho que Deus tirou o meu irmão de mim, mesmo que você diga que tivemos ele aqui por seis anos." Meu pai me olhou, desviou o olhar, me olhou de novo e pediu mais uma dose de wiski.
Quero dormir completamente bêbada, carregada de risadas, regada de versos, com as bochechas rosadas e ainda cantando na cama “quem sabe eu ainda sou uma garotinha, esperando o ônibus da escola, sozinha...” rindo até dormir.
Quero me beber toda, me comer lentamente, pedacinho por pedacinho, me puxando aos poucos, como se eu fosse algodão doce. Será que com vinho fica bom?
É por que a gente era amiga antes do primeiro beijo.
Tinha toda uma história sem pé nem cabeça.
Uma vida inteira antes daquela noite.
Uma noite de mãos que não deveriam apontar para estrelas
Ou quinze anos esperando para que apontassem.
Esse é meu maior defeito, sabia? Misturar tudo o que vejo para criar sabores que me surpreendem e me apetecem instantaneamente. Eu me odeio por isso! E odeio a palavra “apetece” também. Não sei por que, mas me lembra “peteca”, aquele esporte bobo e patético.
Só experimentando para saber o gosto que tem
Você nunca vai ser completo se ficar no meio
Nem vai ter um copo cheio se não encher
É procurando que você realmente acha
Seja uma boa sorveteria ou a noticia que não queria
Nem sempre aquilo que você imagina ser, é
Eu mesmo, nem sabia de onde vinham as borboletas
Até que descobri…
Ter uma opinião formada sobre tudo é uma verdadeira chatice
Bom é mudar toda hora e aprender com quem nem sabe o assunto
Pode até ser mais correto sentir a água aos poucos, com os dedos dos pés, mas pular de uma vez é muito mais divertido.
E lá estão minhas velas içadas hoje novamente, alegres e intoxicadas, me carregando para um mar desconhecido, cheio de piratas e comandantes. Comandantes que não passam de meros marinheiros frustrados. Se eu pudesse, queria estar no “pedalinho” da represa no clube que frequentava quando criança
Se esconda aqui dentro quando for preciso
Mas fuja antes de se perder no embaraço
Das minhas cordas lançadas entre seus braços