jorge santos
Cidade-País
Das cidades feitas País,
Conheço umas tantas,
No valor e na significância,
Perguntem à alma dos
Nacionais o que importa,
Nas cidades feitas País,
Como esta, à sombra
E que tanto me importa,
No valor e na significância...
Das cidade feitas País,
Conheço umas tantas,
Remotos edifícios e praças,
Amontoados de sonhos,
Incapazes de regressar
Aos meus,
Das cidades feitas País,
Vê-se os céus por entre as copas
Altas, nem sei porque
Não os avisto sendo meus,
Das cidades feitas País,
Como esta sombria,
Todos somos acaso e recomeço,
Ilusão e memória...
Absurda a cidade que conheço,
De sonhos feitos País meu...
Jorge Santos (13/Novembro 2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Não entendo
Tod'o sentir m'entende,
Tod'o entender se sente,
Só eu não sei explicar
Como é viver sem sentir,
Embora sinta ao passar
Do tempo, tamanha
Nostalgia mas apenas no
Pensar, sem entender
Que o pensar não somente
Passa, como não sente
Como eu sinto, sem
Saber explicar o que minha
Alma pensa, sem passar
Do sonho ao normal
Sentido e ao presente,
O que sente de real
E não entende, apenas
Essa sensação não some
Por nada, nem que enrodilhe
A alma de conjunto com a Terra
Toda e a dor de não ter
Nem entender o que é este sentir
Imenso dentro, onde o tenho,
Não entendo, não entendo,
Não entendo......
Jorge Santos (11/2015)
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Prazer da busca
Parte de mim busca o prazer,
Parte do que possuo no ser
No entanto, é possuído
Por certo prazer que nem
Sei descrever ou sei se possuo
No som que procuro trazer, por escrito ...
Se escrever posso possuir o dom que busco,
Porque apraz a minha vontade viva...
Parte do prazer que usufruto,
Vem da busca de mim, que o escrever me Traz,
Parte de mim busca o prazer,
Da arte que transforma em busca,
Aquilo que posso não achar
Em mim,encantar a outra parte,
Encanto que é o que puder e quero ter
E não possuo,
A arte de descrever
Tal busca, que busco sem saber qual parte,
E quanto possuo,
Embora parte de mim busque
O que outra arte que encanta diz fazer parte
Da vontade de ser eu
E me procurar,
Do lado, onde me encanto
E me iludo, como nesta escrita
Sem arte, onde nem sempre me encontro,
Com quem nem sempre me cruzo...
Jorge Santos (10/2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com