Jorge Ricardo Koury
Quando procuramos em coisas ou pessoas descartáveis atenuantes para a fobia que temos de nossas emoções, fomentamos o covarde que existe em nós e cujo resultado não será outro que acumular migalhas que não poderão nos sustentar nas horas vindouras.
O dinheiro e o poder nos servem principalmente como escudo contra nossos medos e inseguranças, herdadas ou adquiridas. No entando, não percebemos que tal qual placa de vidro, este escudo é transparente e frágil e que só nos protege de nossas próprias e distorcidas impressões.
Penso que o que move as pessoas é a incessante e insensata necessidade de buscar, embora quase nunca saibam o quê e nunca saibam pra quê.
Vários foram chamados de loucos. Darwin, Galileu, Eisten, Jesus, todos foram loucos por vislumbrar mais que o comum. Provaram que a maior loucura é optar por enxergar somente o que nos apresentam e não sermos loucos o bastante para tentar ver além de nossas soleiras.
Sob as pontes, às vezes, encontramos pedaços de vida.
Na futilidade social, quase sempre, encontramos vidas aos pedaços.