Jorge Ponciano Ribeiro
Podemos dizer que as coisas se autorrevelam, elas contêm um apelo interno de autorrevelação e de autorrealização: "a água diz: bebe-me"; "o fruto diz: come-me"; "a mulher diz: ame-me". As coisas em si não se autocomplicam, elas simplesmente são e se exibem, cristalinamente.
As coisas estão presentes inteiras. O limite real das coisas é sua própria realidade, que pode ser incompleta, se vista dentro de um conceito de projeto, mas que será completa se vista atualizada aqui e agora.
Não existe parte sem todo ou todo sem partes, figura sem fundo ou fundo sem figura, mas existe uma relação dinâmica, criadora modificadora entre cada um destes elementos.
Conhecer a si próprio é uma proposta de se autogerir: de evoluir a partir de dentro, conscientizando-se, momento por momento.
Gestalt - Jorge Ponciano Ribeiro - p. 28
As coisas recomeçam permanentemente. Cada instante é um começo. Penetrar no instante significa buscar a totalidade.
Eu sou eu, uma rosa é uma rosa.
É importante que o homem não perca a singularidade de sua existência, porque, diferentemente de uma pedra, de uma rosa, ele Densa, sente e fala, mas não deve viver de pensamentos já pensados, conviver com sentimentos que lhe foram impostos e falar palavras que não são suas.