Jonathan Humberto Freitas Ferreira
Flamengo x São Paulo, ou, São Paulo x Flamengo
O Vermelho,
Que cobre a preta cor;
Figurada nas diversas formas e contextos;
Eclodidos da regata, ou, de São Pedro;
Esvai-se nos campos, sob a isóceles e remo.
A paixão que te fulmina;
Sob a planície esverdeada;
Quebranta sensíveis sorrisos;
A afável reação amada.
Tantas e tantas;
São suas caricaturas;
Reagentes às jogadas;
Atentos, focados;
Às infinitas dobraduras.
O objeto circunférico;
Controla multidões;
De um lado trás alegrias;
De outro decepções;
Mas ao fim, muitas emoções.
A bola dança sob pés;
de habilidosos, de jogadores;
Corre no chão;
Voa entre torcedores.
E sob a vicissitude de seu olhar;
Na amplitude de seu sorriso;
Despis-me de minha solicitude;
Para usufruir-me de sua infinitude;
A amplitude do sentimento;
Comungar-mos-nos de torcer a longevitude do futebol.
E assim;
Seu coração de cinco pontas, a figura isóceles;
Despontou meu escudo vermelho listrado de preto;
As iniciais do Flamengo;
Ao longo do escudo se entrelaçam;
Sobrepondo-se uma sobre a outra;
Semelhantemente, também nossos destinos.
E o Rubro-negro,
Sucumbe ao Santo Paulo de Tarso;
Falas suas são, e às usurpo;
Eu te amo procliticamente!
Amar-te-ei mesocliticamente!
Amo-teencliticamente!
Na democracia em que estamos, o silêncio é a única liberdade de expressão imune de insultos.
Se calar é berrar por um partido sem professar sua sigla.
Quase impossível optar por preservar as relações em detrimento de divergências ideológicas e políticas.
É uma guerra que já te colocam num lado sem ter escolhido onde quer estar.
Não há diferenças, insustentável tal convívio.
O pluralismo político é um irrelevante jurídico, com mesma força normativa, e até inferior, que o preâmbulo da constituição.
A liberdade de pensar já não condiciona a existência, como apregoado por Renê Descartes.
Há igualdades, e o que escapa disso não merece existir no seu círculo social.
Que minhas críticas sejam lidas politicamente, cada qual me vendo mais partidário que os próprios concorrentes.
Que a acidez interpretada de tudo escrito seja mais ardente que o próprio inferno de Dante, reservado pra mim, no pior lugar, para os aderentes da neutralidade. Lá, Gregório de Matos me aguarda para juntos nos embebedarmos e rir dessa sociedade desolada e acanhada.
A esquerda carrega de maneira destra sua foice comunista, e a direita com sua canhota empunha o fuzil para combater a criminalidade.
Temos nossa constituição, a qual compreende nossos princípios, nossa linguagem própria, e nossas cláusulas petreas.
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Eu já te conhecia sem te conhecer, pois habita minhas aspirações.
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O Rorscharch em mim saúda o rorscharch em você.
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E que os infindáveis verbos nunca sejam o suficiente para tecer os textos que dignificam o que sinto por ti.
BOLA DE COCO
Quando estava no primário, tinha o gosto de jogar bola no intervalo do recreio com as demais crianças de minha época. Era fascinante, e os minutos que tínhamos para brincar nesse intervalo era insuficiente, então, toda vez atrasavamos para retornar.
Isso deixava a diretora da época inconformidade, de modo que aplicou a punição da proibição de levar bola de futebol para a escola.
Como forma de contornar isso, levávamos litro de guaraná de 2 litros para substituir a bola de futebol. Mas não tardou muito e também foi proibido.
Por fim, eu tive a brilhante ideia de levar coco e achei genial, pois o coco é duro e rígido sua casca, e também tinha um formato próximo do arredondado, o que facilitaria para substituir a bola de futebol.
Realmente foi uma ideia brilhante, eu só não previ que teria alguém mais inteligente que eu que iria tentar fazer um gol de cabeça.
Moral da história, não brinquecomacomida.
"Nossa, você tem um humor ácido."
À bem da verdade, embora esteja escrito humor ácido, que é o mesmo de humor "negro" (não utilizado porque alguns politicamente idiotas corretos consideram esse termo racista), o correto mesmo é ter uma opinião concreta e robusta da realidade, ou melhor, um ponto de vista crítico que é considerado como humor.
A história conta sobre Gregório de Matos, que foi considerado um comediante. Por conta de suas piadas foi criticado e sofreu severas penalidades.
Então, hoje em dia convivo com a seguinte realidade, se eu não poupar minha própria opinião, inevitavelmente sofrerei o mesmo destino de Gregório de Matos. Sou obrigado a respeitar a opinião ridícula de todos mas devo cercear a minha própria, porque a sociedade não evoluiu o suficiente para conseguir ouvir o próximo, deve-se externalizar aquilo que esteja alinhado com o ditame popular.
É ensurdecedor o silêncio de quem concretamente vê!
Ou seja, convivo com a constante inconstitucionalidade, pois a constituição veda a "CENSURA", que é cercear seu pensamento ou modo de ser.
Enfim,ahipocrisia!
Lúdico & gramatical
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Nos seus átrios caminhos,
Um coração amolecido;
Um infante subserviente;
Às branquetudes suas.
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Tendes sempre bom ânimo de me animar;
A alegria de me alegrar;
A satisfação de me satisfazer;
O encanto de me encantar;
O riso de me fazer rir;
E a virtude do sorriso ao me fazer sorrir.
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Reverbera-me!
O pretérito mais que perfeito de existir;
Pois existira eu, nas encovas;
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Abraçar-te-ei;
No oblíquo pronome entre mim e ti.
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Reverbera-me!
O pretérito imperfeito de lamentar;
Pois lamentava o desconhecimento de suas vicissitudes;
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Que nossas mil conjunções;
Subordinadas às nossas orações;
Substantivadas nos seus beijos;
No aspecto adjetivado de nossa união;
Seus predicados que me fascinam;
A circunstância intensificada de nossos momentos;
Dos muitos advérbios que nos circunscrevem.
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Reverbera-me!
No infinitivo do amor;
O infinito amar-te à mim.
Saudades!
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Nestes dias de tua ausência prolongada,
Quando te perdes nas memórias de tuas origens,
Minhas palavras para ti tornaram-se raras,
Escassez de minhas palavras tu estais,
Pois minhas mensagens regozijam encontrar suas vistas,
Agradam quando te agradam,
Palavras que,
Como madeira que, ao calor da forja, se transforma e se aquece.
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Preservei o silêncio, a abstinência de escrever, o jejum de falar, fazer-me presente;
Para que a carícia das palavras não te distraísse
Do verdadeiro alento, do amor que te é devido,
Aquele amor materno e paterno que te envolve.
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Segurei-me de muitas coisas que desejava compartilhar,
Para respeitar teu espaço, teu canto sagrado,
Temendo que minha voz pudesse acirrar
A saudade que, voraz, se instala em cada canto.
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Reservei-me de tantas e tantas coisas que gostaria de escrever,
Para consagrar sua várzea.
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Meu paladar jaz na memória dos teus beijos,
Meus braços, uma força agora desfalcada, insípida, ante seu macio abraço,
Sentem falta do toque suave que em tuas mãos se finda.
À vista de tudo, estou descoberto sem alma.
Neste vazio, sinto-me desprovido, desamparado.
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A distância e a saudade maculam meu ser,
Entristecem até o mais valente dos corações.
Em momentos vazios, cobiço até tua sombra,
Sigo o rastro do perfume que deixaste no ar,
Cada passo teu se imortaliza na poeira que agora
Envolve o chão que tocaste, tornando-o altar de tua passagem.
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Ainda conservo teu lado da cama,
Ainda repousa ali a imagem que de ti projetei.
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Querida, aguardo-te para revigorar o homem que sou,
O homem que, em tua ausência, se transforma.
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Amo-te, eternamente, mais do que mil milhões!
Inconsistências/Inseguranças Jurídicas
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Segurança Jurídica, palavra essencial,
Que depende de todos, universal e real;
É a confiança depositada no sistema e nos atores,
Jurídicos, políticos, constitucionais, e seus valores.
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Evoluindo do naturalismo ao positivismo,
O texto legal precisa de mais do que mero texto;
Deve ser norma, que que vai além do escrito,
A norma, é muito mais do que isso, ou, é tudo isso.
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A norma se entrelaça com princípios, regras e postulados,
Moldada pela ética, ante a releitura juspositivista;
Uma norma desvinculada da ética se distancia da justiça,
Nem sempre obedecer a norma será expressão de justiça.
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Aplicar a norma não é um ato mecânico,
Deve-se buscar a justiça, com um zelo profundo e tânico;
Radbruch nos lembra: "extrema injustiça não é lei",
E a justiça deve ser o norte, em nosso agir, deve se ver.
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No cenário atual, interpretar se confunde com legislar,
O adágio "uma lei clara cessa sua interpretação" já não faz par;
Hoje, interpretar é uma arte que se desvia da vontade,
Tornando-se um jogo de poder, longe da verdadeira verdade.
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'Interpretar conforme' é argumento desconforme a voluntas legis ou Voluntas Legislatoris.
'Interpretar conforme' não é técnica, nem princípio,
É malabarismo.
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Heck destacou que os entendimentos jurídicos se moldam a interesses.
Interesses de quem?
De muitos, que se aproxima da democracia,
Ou dos poucos, que se aproxima da aristocracia?
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Raz questiona se obedecemos por confiança ou temor,
A teoria pura de Kelsen agora é sombra do que foi, um amor;
Contaminada pela corrupção, os valores se perderam,
A busca pela justiça parece nos escapar, em tempos que se desvaneceram.
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Os tribunais ignoram o romance em cadeia de Dworkin,
Sem integridade, sem verdadeira sede de justiça, o que restou?
Decisões moldadas por diretrizes políticas, o devido processo é ignorado,
E os juízes não são Hércules, mas peças de um cenário desolado.
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Sem resistência, sucumbimos ao retrocesso social,
Sob a bandeira da desordem, o regresso nacional;
O Patriotismo Constitucional de Habermas se desmorona,
Enquanto o caos prevalece, e a justiça se abandona.
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Brasil, um país ficticiamente de todos!