Jonatas Soares
Cada vez que respiro e ao mesmo tempo penso em estar respirando percebo o quanto é implacável o ser vivente; o ser pensante.
Os caminhos, mais frágeis se tornam, a cada vez que os percorremos denovo.
Nada é sempre igual. Em algum momento tudo muda e o que achávamos ser uma constante torna-se derrepente uma incógnita; somos pegos em nosso próprio excesso de confiança.
Os caminhos mais seguros são aqueles que cautelosos desbravamos, eles sempre trazem o novo com sigo; e eu sempre digo: novo é novo.
Um povo prevalece a medida que se uni e a força do todo é sempre maior que a soma de todas as partes.
É estranho como somos. Amamos como fossemos morrer amanhã e vivemos como fossemos viver para sempre. Deveríamos ser mais coerentes ou então não tentarmos ser de uma vez.
Se a vida fosse um livro e cada ano fossem capítulos; alguns capítulos careceriam de títulos enquanto outros teriam inúmeros possíveis.
Cada dia a mais que se passa é um dia a menos que se fica. Afinal ainda não vi alguém permanecer para sempre.
Um dia acordei achando que sabia alguma coisa; achei por bem voltar a dormir, pois, ninguém sonha algo tão estúpido assim enquanto dorme.
Nem sempre se faz uma pergunta a espera de uma resposta. Muitas vezes só é necessário saber que se pode questionar o não explicável.
Haverá um dia em que a ave de plumas coloridas, domesticada pelos homens, mostrará seu ferrão do calcanhar; seu dono então perceberá que a corrente agora está em seu pescoço e sua casa foi tomada por ela.
A vida é uma prova de múltipla escolha; para cada alternativa assinalada você desconsidera pelo menos três.