John Owl
Penso, logo fico confuso
Quem sou eu?
Penso
Logo fico confuso
Sou alegria? Drama? Tristeza?
Não sei, talvez tudo isso
Ou talvez nada disso
O mais provável é que sou uma simbiose de várias coisas
Queria ser sempre forte, mas muitas vezes fraquejo...
Queria sempre ser coragem, mas muitas vezes temo...
Queria mesmo sempre ser amor, mas muitas vezes me iro…
Pudera eu ser o que eu quisesse
Provavelmente não estaria aqui para escrever isso
Provavelmente estaria em um lugar que eu mesmo desconheço
Mas essa não seria a graça da coisa toda?
Da vida e tudo mais?
Lutar contra desafios diários, imprevistos, mudanças
Lutar contra nós mesmos que não nos permitimos ser quem realmente queremos...
Talvez eu seja isso
Inconstâncias, impermanência, mutação...
Por que me fascinas tanto?
Quando me dou por conta já estou perdido
Desconcertado por completo
Me pergunto como pode isso acontecer desta maneira?
Logo eu, sempre tão centrado e consciente
Mas basta eles aparecerem e esse Eu não existe mais
Talvez esse Eu tenha ido brincar com as borboletas que agora habitam meu estômago
Mas como? Algo tão simples e comum que aos montes vemos todos os dias ser tão impactante?
Talvez estes sejam diferentes
Ou talvez eu esteja diferente
E poderia eu passar imune a esta beleza tão inebriante?
Ou seria esta a minha kryptonita?
Algo que poderia passar despercebido mas que a mim parece revelar a beleza e pureza da alma
Remete-me a algum lugar simples e belo
Um belo campo vasto de uma tarde ensolarada
A hipnotizante lua cheia de uma noite de céu estrelado
O brilho do Sol e o doce toque da brisa que acaricia o meu rosto postado a beira do mar
A isso me remete quando os vejo
E quando os vejo, me lembro do seu olhar…