John Locke
John Locke (1632-1704) nasceu em Wrington, Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632. Descendente de uma família de comerciantes burgueses foi educado na Westminster School. Em 1652, entrou para a Christ Church College, em Oxford. Estudou Medicina, e Ciências Naturais. Em 1668, foi admitido na academia científica da Sociedade Real de Londres. Estudou as obras de Descartes, Thomas Hobbes e Francis Bacon, despertando o interesse pela Filosofia.
Foi secretário do Lord Ashley Cooper, futuro chanceler da Inglaterra, para quem realizou diversas missões diplomáticas. Passou parte de sua vida viajando. Em 1683, Lord Ashley foi acusado de envolvimento na tentativa de assassinato do rei Charles II, e John Locke teve que se refugiar na Holanda, só retornando à Inglaterra quando Guilherme III foi proclamado rei.
Em 1689, durante o exilo na Holanda, John Locke escreveu “Cartas Sobre a Tolerância”, na qual afirma que a reivindicação por tolerância tem como pressuposto a separação entre Estado e Igreja, ideia revolucionaria para o cenário político da época.
John Locke teve papel importante na discussão sobre a teoria do Conhecimento, tema em destaque no pensamento moderno. Na obra “Ensaios sobre o Entendimento Humano” (1690), Locke distingue duas fontes possíveis para as ideias: a sensação – modificação feita na mente através dos sentidos, e a reflexão – percepção que a alma tem daquilo que nela ocorre. Locke afirma que a alma é como uma folha de papel em branco e que o conhecimento só começa após a experiência.
Destacou-se também na política com a obra “Dois Tratados Sobre o Governo Civil” (1690), tornando-se o teórico da revolução liberal inglesa, cujas ideias refletiram por todo o século XVIII, dando fundamento filosófico às revoluções ocorridas não só na Europa como nas Américas. John Locke faleceu em High Laver, Inglaterra, no dia 28 de outubro de 1704.