Joelma Antunes
MEUS SONHOS DE TI
Derramei-me no silêncio
E desejei transformar-te em realidade
Mas única realidade que existia era o sonho.
Afaguei-te em meus olhares
Em meio ao vago do meu espaço
Encontrei apenas tua ausência
E quis ainda adiar a dura ansiedade
Sem saídas honrosas.
Nessa emoção desconhecida me perdi
E na solidão do teu olhar uma única lembrança
Pois neste universo conheci teu beijo
Tentei fazer deste fracasso, uma vitória!
Mas a renovação dos sonhos de ti me domina
Atravessado em meu peito.
Nossos passos cintilavam no percurso das estrelas
E quis morar neste caminho
Onde teus olhos suspiravam pelo sonho...
Não te aprazias apenas no riso da realidade
Minhas dúvidas borradas de incertezas
E eu, em ti eternizava meus anseios.
Percorri os teus percursos
Sem atalho do retorno
Fazendo de ti minhas certezas
Para tentar fazer sorrir essa dor.
E na simplicidade de tua ausência
Escondes a esplêndida e majestosa luz
Capaz de resgatar-me de minhas trevas
Ecoei nos corredores do teu silêncio até sentir
Que por mais que eu desejasse em meus sonhos
Tateando em minha escuridão
Tentei me sobrepor ao medo
Na presença de máscara,
Ignorando que tu não estarias mais presente!
PASSOS NO MAR
Andei por entre os caminhos sombrios
E me perdi nas bifurcações
Lancei minha liberdade nas mãos do destino
Para tentar pôr fim às tortuosas saudades
Lembranças dos pensamentos perdidos
Onde nas águas da vida seguem boiando
Onde um dia em nosso mundo
Alegrias ao vento soltos batia em nosso rosto
Esperanças que nos afagam o coração
Em carinho aos oceanos
Na brisa dos meus enganos
Barco que deriva em dolorida mentira
Esfacela minhas devotas palavras
Que um dia teria dito
No abraço do mar choram
Lágrimas de amor
Em ondas de apelos
Por uma única gota de esperança
E de ti não apenas lembrança...
É POR TI QUE VIVO
E respiro
E existo...
É para ti...
Que resisto as minhas agruras
E em ti que repousa minha paz
Em ti ...
Que há o sol que me nutre a vida
Em ti ...
Que trago célere a mim mesmo,
Quando me perco.
Em ti ...
Que me alento em paisagens que não consigo ver
Em ti...
Que renasce todas as minhas felicidades
Em ti...
Que acontece todos os meus momentos
Em ti ...
Mora as minhas vitórias
Em ti...
Que encontro as palavras doces
Para meu mais triste gemido
É por ti que vivo
E respiro
E existo...
Por ti Luto
E sobrevivo...
Pois entre as minhas procuras,
Você foi o meu maior achado!
TUA ALMA BEIJOU MEUS SONHOS
Com risos simples...
Nos dissemos tudo num silêncio...
Que permeou as nossas vidas
Num sol de outono.
O mundo desapareceu a meu redor
Apertava meu peito
Com lágrimas descontroláveis;
Tive que me apoiar
No balcão das minhas verdades;
Eu temia que nossas vidas
Se tornassem vazias;
Sua voz feito música,
Latejava aos meus ouvidos;
A tristeza se espalhou sorrateiramente
Pelo meu corpo;
E em plena luz do dia,
Nossos caminhos se encontraram
Com corações transparentes
Navegavam na paz...
Ardia como em sol do meio dia.
Prisioneiro do meu destino
Olhei sem foco seu olhos
Brisa de saudades
Invadiu minha alma
Efemeramente...
Momento que o tempo não pode corromper
Turbilhões de pensamentos ao nosso redor
Ondulavas o fim do dia
E suas mãos delicada sobre a minha
Sem jamais querer largar
De meus olhos saiam faísca de mim
Com os raios que o sol cintilava outrora
Seu perfume banhava minha alma
Como as lágrimas lavava o meu rosto
Tua alma beijou meus sonhos
E assim.... nos despedimos...
Você ...
Com algumas feridas e muitos sorrisos
E eu ...
Com alguns sorrisos e muitas feridas...
JAZIDAS LEMBRANÇAS
Quando nossos olhares se encontraram
Eu desejei morar nos calabouços do teu coração,
Mesmo se tivesse que viver
Na escassez de sentimentos.
Havia em mim,
Uma enorme necessidade de viver!
Uma urgência de abandonar a dor
Morri nas trocas de palavras
Ao buscar a vida que hoje não mais respira!
Onde o silêncio se dava bem com o coração
Numa presença que não mais existia
Caminhei por onde o amor jazia.
Quando fostes embora...
Levastes a minha liberdade
E me aprisionei no surreal do descontentamento!
Uma sensação de ter tocado a felicidade
E ela simplesmente virou pó!
FIXADA NO OLHAR DAS PALAVRAS
No olhar das palavras...
Vejo todos os medos dentro de mim
Com quem meu coração fala;
Faz acalmar toda agitação.
E no silêncio as palavras declaram
Os meus sentimentos perdidos
Sentem os meus sofrimentos inauditos
E confortam em meio a dor.
No seu olhar...
É onde me encontro e me perco
E mesmo que não consiga entender,
É nas palavras que explico o inefável.
Nos meus momentos de trépida emoção
Minha alma grita em lugar abafado
Sem acústicas do tempo
São elas quem consegue me ouvir!
No seu olhar...
Que assumem o controle...
Em minha memória, um deserto
Uma solidão que me acompanha
Nas areias do tempo navegam
E desaparecem no além do infinito
Então as palavras veem ...
Escuta o meu coração...
E contam uma linda história para eu dormir.
CORAÇÃO NO CAOS
Já não posso adestrar eu coração
Ele já tem vontades próprias
Já não posso traçar para ele planos
Projetos arquitetados e traçados
Nem ao menos protegê-los dos perigos
Já estou cansada de correr
Coração ofegante...
Tenho medo de ousar
E correr da vida riscos.
E apesar dos cacos de vidros
Ainda tenho que andar descalço
E pela vida...
Passando por becos
Totalmente caóticos de esperanças
Sem exageros!!!
Mergulhando em mar bravios
Cheio de ondas altíssimas!
Mar de lágrimas a soluçar!
Sem ter alguém para amar...
A Essência do Agora
Em meus silêncios
Você é meu grito
Num passado que era mudo
Frente a minha loucura
Que reflete como espelho
Na vontade de passar
No tic-tac das longas horas
Em sua ausência, saudade!
Quase que indomáveis
Não me deixa relaxar
Como pássaro voa atoa
Mas sabe aonde chegar
E só ver o vento tocar.
Tento viver as réplicas de nossas histórias
Fugindo do original
Antes que a rotina de amar desperte
No raiar de um novo dia
Precise me alimentar...
A passos lentos caminho
Por horas fugindo de mim
Para ser encontrada por ti
Busco a essência do agora
Para não cair nos momentos de outrora
Perder o presente que hoje aflora
Sucumbindo nos buracos de minha memória.
A face do dilema
Entre a lógica e razão
Nestas duas direções
Sem alterativas na exatidão
Resulto em perplexidade
Instante que toma a serenidade
Insensatez intensa
Não consigo decidir esse dilema
Ter que lutar pelo imprevisto e
Ainda assim insisto
Uma vontade louca da certeza
De ir além contigo
Viajar sem fronteiras.
Sonho com um refém
Como sou do amor também
O sentido está estampado em minha face
O que então levou o teu sorriso?
E me aprisionou nesse enlace?
Levou também minha paz
A única coisa que me satisfaz
Além de você, que não virei jamais!
Se não for amor
Se não for amor...
Não tire de mim suas verdades
Permite-me ter fé
Construir projetos e realiza-los
Sem medo desabafar
Se não for amor...
Não tire de mim a esperança
Acompanhe-me nas esperas
Sonhe comigo e concretize
Sem receio de errar
Se não for amor...
Projeta-me com teu olhar
Ele me faz acreditar
Mandei embora o silencio
E sinto a paz nos abraçar
Não lamente por tempos perdidos
Olhe para frente e prossiga
Ajude-me a enxergar
Novos caminhos que me leve
Ao teu lado estar.
Se não for amor...
Pense positivamente no acaso
Acredite no dia que vai chegar
Contemple cada um dos seus momentos
O sol de num novo dia vai raiar
Não foque excessivamente na saudade
O que é passado já tem marca de passar...
Mergulhe a cada instante sem receios
No significado da palavra amor
Se não for me amar...
Não vomite em mim suas frustrações
Não jogue em mim seus fracassos
Não me faça chorar pelas suas tristezas
Nem exaspere meus sentimentos
Não atropele minhas saudades com suas mentiras
Não destrua meus sonhos com suas ilusões
Não cegue a visão do amor que acredito
Não desperdice as palavras de carinho que te dedico!
Não engane meu coração com teus olhares
Nem manche meu coração com teus beijos carinhosos
Apenas diga que não é verdadeiro
Confesse!
Que não é teu amor que desejas me dar
Não esfacele a esperança que ainda me resta de amar
Imagem definida
Rascunhos tímidos no papel
Ainda sem traços definidos
Ideias chovem em minha imaginação
Chego a suar frio
Quando tocas minhas mãos
Emoção inunda minha alma.
Todos os dias rabisco
Os pensamentos que tenho de ti em mim
Surgem a cada momento mais nítido
Muito mais real a cada instante
Sem ti eu passo mal....
Coração esta perdido
Não sabe o que sentir
Se foge ou se entrega
Não quero te ver partir...
Para a paixão tanto faz....
Se ausente ou presente
Sua fase se refaz
E dentro de mim respiras paz
E constante saudades me trás
Não me deixas perder de vista jamais.
Nada mais!!!
Uma vez...
Nós três...
Eu, Você e o amor...
Nada mais restou!
A solidão ocupou!
Meu coração saudoso
Eu, a solidão e a saudade,
Nada mais era verdade!
Sem Inspiração
Sem inspiração...
Despi-me de minha natureza
Pois já não há nela vida...
Sem sentido! numa beleza oca.
Neste dia que mais parece ser o fim...
Sem me aprofundar nos valores da pureza...
Que me purifica a alma
E coração acalma...
Sigo caminhando...
Rego as esperanças com minhas lágrimas
Que continuamente gotejante...
Buscam teu rosto marcante...
Com alma soluçante
Mais parece que nem mais um coração eu tenho! ...
Dia nublado anuncia a partida de minha calma
Inércia de minhas plenitudes me infringia
A alegria desaparecida
Meu coração em murmúrios desconexos
Reduz-me a um único inerte pensamento
A eternidade dos nossos momentos.
Em cada resquício de morte, que a tristeza renascia
Derramei-me em uma nova vida
Que só assim me inspiraria.
Dura ausência
As minhas mãos estão tão solitárias sem as tuas!!!
Minhas saudades te pedem para ficar
Chego até ver-te sem te olhar
Não me importo em suplicar
Esqueça tudo e comigo vem ficar
Porque se for medo...
Deixas que os meus medos abracem os teus!
Não sei se meu destino é teu caminho ou
Se meu caminho é teu destino
Meus braços falam para você ficar
E na força desse abraço
Entenda...
Que ainda quero te amar!
Recordo ...
Que a força do último abraço
Desperta a memória dos meus sonhos
E no infinito eu contemplo
A inquietude da manhã chegando
As portas das saudades se abrem
Como se ainda fosse possível
Ter-te em meus braços
O sobressalto da tua presença.
O reviver da minha entrega...
E o meu amor desvendado em um único olhar
Num infinito que me contemplo...
Na intimidade de um olhar nítido!
Sentimento que me deixa enclausurar
Por qualquer palavra tu me decifra
E no silêncio da tua ausência
Refugio-me nos sótãos dos meus poemas
Toques imperceptíveis
Nunca irá existir
A profundidade de ter você
O nascer no encanto do teu sorriso
Tudo o que criei em mim de ti
Emoção que não se descarregam
No meu peito aflora
Todo momento de outrora
O enamorar do carinho e do afeto
Teu beijo num passe de mágica
A hora certa...
O cheiro da esperança em teu olhar
A sabedoria do ser...
Do teu existir em mim.
A brisa derrama-se sobre mim
E a noite espalha-te em meus sonhos
E atravessando cada estrela
O silêncio a me sussurrar
Vens como uma prece ....
Breve instante...
Em minha fé vacilante
Num toque quase que imperceptível...
Grito de saudades
Estranhas gotas salgadas
Escorrem sem poder evitar
Lágrimas que se agigantam
Se deparam com teu olhar
Buscam brisa leve...
Até te encontrar...
O contraste do céu infinito
E em milésimos de segundos
Se despedem...
Esse tempo que não perdoa
Essa vontade de te encontrar
Que me deixa fora do ar...
Eras a força em mim que persiste em amar
Os pensamentos me arrebatam
Vontades de ti vem sem hesitar
Meus olhos flertando com teu olhar
Brotando na rocha do meu coração
Uma flor rara: a paixão.
O céu parecia finito
E essa primavera em mim
Florescendo ....
Vejo o sol escaldante do tempo
Querendo derreter de saudades
Mas as minhas lágrimas dentro de mim
Te vem regar...
A INCONSEQÜÊNCIA DA INSENSATEZ
Que saudades do meu bem
Alguém...
Que dentro de mim relembro também
Os momentos de te querer bem
Onde as dores que me detém
No meu mundo que sem você nada tem
Da nostalgia em sua magia sou refém
Não consigo mais pensar
Somente hipnotizada pelo teu olhar
Que já me faz acordada sonhar
Sem jamais querer despertar
Se estiver nos braços teus
Nunca ouvirei o teu adeus
Se for saudades apenas de ti
Nunca mais dores vou sentir.
És conforto para minha insegurança
Tua mão me acolhe como criança
Que precisa de sua mão
Segurando meu coração
Louca Insensatez...
Fez-me viver mais uma vez...
Se é saudade do teu abraço
Não sei...
Dentro de mim é eternidade.
Talvez...
Sei apenas que fui feliz se eu errei...
APRISIONADA EM VOCÊ...
Pensando todos os momentos
Fazendo-me criar hábitos de ti
Envolvendo-me nos teus planos
Fazendo-me sozinha sorrir
A cada momento desse teu espaço
Trazendo alegria e contentamento
Embora tua ausência seja meu lamento
Meu coração crer nessa magia
Que tão docemente um dia
Encontrou o teu olhar
Fazendo-me flutuar
Ainda que no ar
Sem poder respirar
Viciou-me nos teus beijos
Tirando-me todo momento do chão
Aprisionada em minhas lembranças
E nessa gostosa ilusão.
PONDERÁVEL NUDEZ DE SENTIR
As lembranças afloram feito o perfume das flores
Trazendo sentimentos solícitos de solidão,
Ainda suspiram quando ouço teu nome
Teu perfume grudou na minha roupa.
No coração intacto:
Sem sentido...
Nem palavras, nem mudanças
Me deixa muda e sem mudar
Guardando soluços dizendo
Que ainda te ama.
Sem pensar...
Incoerente...
Perdida em uma meia paixão!
Entre pensar e sentir
Tecendo nova direção
Em silêncio...
Aguardando o tracejar do tempo
Confortando meu coração.
Os teus sorrisos antecipam meus sentidos
Através dos papéis revelo meus segredos
Escrava dos teus olhares
Tremendo em terrores declarados
Na recâmara secretas do coração.
Na ânsia do instante
Silêncio torturante
Arrebatas-me a alma
Quando olho para traz
Como pássaro ferido e aflito
Numa devota eternidade
Deixando-te para traz
E o coração de olhar vazio
Dos meus pensamentos se vais...
UM GRITO PRESO NA GARGANTA
Um grito dentro de mim
Sufocado pelo tempo
Olho através dos meus sonhos
E como névoa voo para a longe
Instantes que Se desfazem desapercebidos
Um aperto no peito desespera
Os teus sorrisos acenavam com se não fosse voltar
Para meus olhos, o teu lar.
Ecoa dentro de mim
Um som que emudecem meus sentidos
Os gritos mais aguçados de saudades
Emudecendo os meus lábios
Acúmulos de muitas verdades insanas.
Um grito preso dentro de mim
Escondido nas recamaras de minhas esperanças
Levando meu querer e minhas lembranças
Toca o meu desejo com mãos geladas e trêmulas
Como se a alma escorresse entre os dedos
Atravessando o sol da minha existência
O grito preso dentro de mim
Clama do fundo das profundezas da minha alma
Para que ouça o meu silencio
Que veja o que não posso ver
Para que traga de volta
O que perdi à beira do caminho
E na trajetória da minha nova vida.
Devolva-me a liberdade de gritar!
Até que possas escutar
O som das minhas lágrimas,
Que caem no chão
Da minha solidão.
UMA METADE, UMA VIDA, SUA COMPANHIA
Aguardei o tempo passar,
Mas Ele nada decidiu...
Sucumbi-me nas confissões tolas que te fiz
E minhas lágrimas acariciava a solidão.
E já não era mais a tua falta!
Pois moro inconstante entre mil universos paralelos.
Não te chamo mais de ausência absoluta,
Pois habitas constantemente em meus desalentos
Um jeito que o tempo nunca se desfaz
As palavras abraçam meus sentimentos esquecidos
Em labirintos de afetos desfeito pela indecisão
Recolho olhares de histórias contadas no silencio
Onde as palavras estavam apenas de passagem.
E as lágrimas sobrecarregadas de tristezas
Deixavam me afagar pelos anseios do teu olhar.
Os dias eram quase processos inúteis
Sem expectativas de te ver chegar
Nos braços dos pensamentos
Prende-me a alegria desses tormentos.
Meu coração declara em vertigem lenta
versos sobre estes eternos momentos
Que o tempo não mais se desfaz
Numa morte súbita de lamentos
Esfacela minha alegria
Pois quase metade da minha vida,
Era sua companhia.
PASSANDO PELA TUA VIDA
Como águia voando veloz,
Avassaladora, passei pelo teu coração
E nos passados tristes passeastes comigo
Espantastes todos os meus medos
Decifrastes todos os meus olhares
E todo o meu interior foi espiado,
Esperastes um gesto dos meus acenos
Explorastes o baú de minhas antiguidades
E achastes riquezas que eu mesmo desconhecia
Bebestes de minhas vertentes com perseverança
Envolvestes comigo em minha vulnerabilidade
E chorastes os meus prantos.
Na terra infrutífera da minha alma
Plantastes sementes de valor
Em solo seco pelas dores
Derramastes também amor
Onde eu não via estrelas no céu
Erguestes o olhar a encontrar
E por nas nuvens sobrecarregadas de lágrimas
Acreditastes nos raios do sol.
Ansiastes todos meus beijos
E minhas aspirações com paciência
Iluminastes os becos das minhas ruas
E sob a luz de um luar desconhecido
Tratastes de minhas mais profundas feridas
E curastes-me com atos de amor.
ÉS AMOR OU AGONIA?
Outrora...
E numa manhã esplêndida abri a ti o meu coração
Senti a dor e alegria simultânea de venerar-te,
Molhei-me nas lágrimas que meus olhos choraram
Encontrei-te na eterna insatisfação
Por várias vezes tentei segurar a tua mão.
Poderia me curvar a minha alma a ti e te adorar
Pois levastes contigo a eternidade que me fez conhecer um dia
Quando iluminastes a vida no reflexo do teu olhar
Quando me ensinastes a amar.
Acostumei-me com tua ausência
O chão aberto engoliu minha existência
Fui marcado com a agonia da desesperança
O mundo para mim é um inimigo
Onde já não tenho abrigo.
E cujo o fim...
Já não sei se rio ou choro
Se vivo ou morro
Se és meu amor ou minha agonia.
E neste dia frio...
Sem tua voz a vida é vazia e triste
E essa tristeza grande demais para um coração
Que busca aflito voltar a sorrir
No teu amor, minha agonia.
FALA-ME COM TEU SILÊNCIO
Um sorriso basta!
Do que não sei ao certo
Gosto de ti até quanto te calas
E em teus lábios colho palavras
Que alimentam minha vida
E molda minhas esperanças.
Delicadamente observo nos olhos do futuro
Sonhos...
Alguns deles destruídos,
Alguns mais redirecionados
E alguns outros misteriosos
Que degustei ao longo da existência.
Despi-me das perguntas
Pois já não havia respostas óbvias
E eu faria qualquer sacrifício
Para que teus sorrisos fossem eternos
E não apenas de momento.
Lancei ao mar o grito que bradei
Querendo dar-te liberdade
E calei os sentimentos que afagam minha alma
Grande amor que foi essa mentira!
Nesta grande mentira mergulhei minhas verdades.