Joaquim Pinto
Ser amante es ser siempre bendecido por el don de poder cuidar, pues quien cuida, ama y quien ama, no duerme. Seremos seres madrugadores, hijos y parientes del amor
Quando se vive na escuridão, no breu do existir, qualquer luz nos atrai, mas nem todas nos iluminam. É de vital importância não ir atrás de luzes brilhantes, mas de luzes constantes. A luz constante é aquela que consta “em”, que está connosco a cada passo dado… está em nós e em nós germina de forma genuína.
Hay quien vive muriendo por dentro para poder vivir por fuera. Vivir sólo en el exterior es morir, morir por dentro no es vivir ni dentro ni fuera. Nada te puede representar ni reducir, pues además de aquello que eres, eres una posibilidad de “ser-te”.
O Homem faz o tempo! E ou se encontra no tempo feito ou se perde no tempo que não fez. Perdes-te no tempo que não fazes. És tu quem perdes as horas, porque não fazes o tempo.
O bem comum, mais que um conceito, é um sentimento de pertença. É ter a noção intrínseca, o saber e o sabor de que mesmo o que está fora de nós... está sempre dentro de algo maior.
Metamorphosis:
Quem sou eu?
- Sou um "pouco" parte de tudo... um pouco parte. Um muito "ainda pouco" e um "quase ainda nada" daquilo que posso vir algum dia a ser... muito, pouco e, por vezes, quase sempre "ainda não". Quem sou? - Ainda pouco, do muito que não sei!
Todos, mas todos, são chamados... mas poucos são os que chegam. Serão esses, todos, poucos, que chegam, que serão todos os escolhidos...posto que chegaram, e por tal serão... escolhidos. Esses, os escolhidos, responderam sem pergunta, acreditando sem ver; os outros, mais que esses todos, os escolhidos, quiseram ver para crer, perguntando... sem resposta. Ver para acreditar está alcance de muitos, acreditar para ver está ao alcance de poucos... e serão esses os escolhidos.
Todos os que venceram com esforço, reconhecem o esforço de quem luta por vencer! Salve-se o esforço de quem luta, não pelo vencimento, mas pela possibilidade de poder voltar a lutar.
Tudo na vida aparece-nos com assombro...pede-nos estruturas que precisamos, que temos em potência...mas que precisamos de transmutar em acto!
Na vida, só a subjetividade é que nos conduz às coisas! É o paradoxo...o resto, leva-nos ao "autismo": a incapacidade de dizer "tu".
A primeira coisa com que nos deparamos quando alcançamos a posse de qualquer coisa...é, precisamente, a possibilidade de podermos perder essa mesma coisa. A vida não foi congraçada para ter...mas para ser!
Aquele que sente...sente porque vive, mas é ...essa dimensão do sentir que dá essência à sua existência... não se pode sentir sem viver... do mesmo modo que não se pode, realmente, viver sem sentir...! A vida dá-nos esse íntimo sentir...e, esse íntimo sentir dá-nos vida! O ser extingue-se quando não vive...extingue-se quando não sente! O maior legado de cada um é esse íntimo sentir e esse íntimo deixar sentir...
O indigente é, então, aquele que desaparece de sua casa e se desconhece...é um estado comatoso; do mesmo modo que o corpo desmaia porque não aguenta a dor...o ser esvazia-se porque já não aguenta a alma!
Há quem viva a morrer por dentro para poder viver por fora...viver por fora é morrer, morrer por dentro é não viver...
Gosto das coisas que se escondem...para as poder descobrir, acho que aquilo que se revela de uma forma tão repentina, das duas uma, ou é aquilo e então é tão pouco, ou é muito pouco para ser aquilo...
Podemos aceder...não podemos tornar nosso...podemos tornar nosso mas não podemos aceder...se tornarmos nosso...nosso deixa de o ser...podemos aceder...mas não podemos tornar nosso...é preciso partilhar, para podermos aceder...aceder...não é tornar nosso.
...nem estás errada, nem eu estou certo; não há valor intrínseco de acção...talvez seja preciso acordar e entender que isto, nada mais é que, uma singularidade de ser...