João Víctor de Melo

Encontrados 6 pensamentos de João Víctor de Melo

⁠Dois tipos de pessoas
Existe gente que reclama
e gente que ama.

Inserida por williamSiegel

⁠Vida inteira
Tão bela era a moça
em uma vida inteira, enfim
perto nem cheguei dela
ela que gostava de mim.

Inserida por williamSiegel


O espontâneo
O espontâneo é:
algo momentâneo
que se não dá conta.

⁠Princesa de Asturias

Castela já não mais está, nem Leão,
e me como maravilho com impérios
a mui cristã Andaluzia aos martírios,
a mui árabe Granada do sultão.

Contra Aragão não pôde, Boabdil
nem eleito povo, mais fosse ardil
nem podiam os mouros Taifás
mui santo foi Gregório já atrás.

Tão forte Almóravides austral sumiu,
tão bela donzela surgiu a castelhana
a quem me apraz Asturias mílvio[
]lábaro; a quem Afonso deixou sem pio.

Santiago irmão do amado, foi achado
foi a moça conquistada em Covadonga,
foi meu amor, ó Munuza, em data longa.

Ao longo do Douro vale, foi o Nunes,
pelos celtas mui pagãos passou,
pelos campos d’Ourique, foi Henriques.

Inserida por williamSiegel

⁠O Sol parece brilhar igualmente,
Para todos quanto exista, todos os dias
Mas há aqueles apenas em que ofuscas
Imagens, quando das folhas que permitem
O balançar da luz no meio do silêncio.

Uma tarde como outra, que mães,
Que nestas horas como noutros tempos,
Senta-se para ver novela como se as de agora
Distintas de outrora; e cada passo da tela
É copiosamente transmutação de humor.

Se quando ouço mamãe dizer algo enfurecida,
Ou fazendo expressões que minha culpa parece
Ou ao dizer, o quê, ou por quê, ou mesmo que houve,
Continuando expressões; e manda ir embora.
A evidência quase evidente não justifica o seu foco inebriante.

Uma hora e outra, alguns pios, outros barulhos,
Mamãe volta, faz o café, quente, e sem mesmo ninguém ver
Ela o abraça, porque sinto quando o tomo devagar;
Sempre o sol bate na cozinha em seu balanço, porque
São folhas que pendulam no meio da tarde.

O mundo mudou, mas as mães parecem constantes,
À inconstância de tudo, e talvez por tais razões,
São como anjos, porque invisíveis que são,
Em meio ao silêncio de tudo, põem no lugar
Tudo Aquilo que fora antes retirado

⁠Teu sorriso tranquilo como de Narciso


(...) É teu riso; teu cabelo é ouro reluzente
Os teus lábios infantes doces, de volúpia
Os teus ombros como capitel circundante
Orfeu cant’ aos céus, teu ser ao que alumia (...)

Inserida por williamSiegel