João V. A. Rodrigues

O Último em Teu Nome

Qual a importância de uma lembrança?
por que em minhas caras destrói a esperança?
Por que me derramo se não posso te ter?
Como me saio desta fossa chamada você?

Mesmo sabendo que não poderia
Abro meu poço de solidão em nome da poesia
Porque tive que tornar a beleza de teus olhos um repelente
E a amargura em que me deixou não desejo a nenhum tipo de gente

Nem aos falsos, nem aos fracos
Nem aos que riem de minha cara enquanto desejo me enterrar em seus braços
Aceito a dor, como a amiga que é

Porque esta sim, é minha única fé
A fé, e esperança da melhora
Para o fim dos “Tchau, Tchau vou embora”
Para a criação de um novo eu
Cheio de tudo aquilo que poderia ser seu

As lágrimas são minha expressão
Um quadro abandonado no caminho da desilusão
Amostra, como carne cortada
E suas palavras me doem como legitimas chibatadas

Eu nunca rimei, e não sei como o estou fazendo
Novamente uma conquista em teu nome, mais uma jogada ao vento
Sonho com teu nome e penso em te encontrar
Mas por que de tudo isso se para eu te ter, eu teria de me abandonar?

E em teus olhos, meu amor, me perdi, nunca mais me encontrarei
Pois aquele que se prostrava a você, é mais uma época que já matei
Agora, tudo o que tenho são olhos para a frente
Procurando um amor que no final de tudo não lute por si mesma, mas sim, pela gente.

Noite de Adagas.

Os "Tchau tchau vou embora"
É tudo em que penso agora
Porque as promessas eram infinitas
Todas as palavras tão bonitas

Esse poema não é sobre ti, é sobre temer
Temer me entregar e seu não ser
É de lembrar meu kharma e saber
Tudo o que quero para você, eu não posso ser

Não quero as infindáveis bads, cabeça conturbada
Quero cada beijo, cada toque, que seja minha amada
O pensamento positivo
Já te disse o quanto amo seu sorriso?

Escrevo isso tão tarde, está tão frio
Perco contigo, noites a fio
Sem parar de pensar
O quanto será que custa para essa garota me amar?

Um braço? Uma mão?
Saiba que a essa altura, já é teu meu coração
Para dentro da escuridão, no infindável, sigo.
Venha, não sei como, mas esteja comigo

Ande pelas ruas, passe por si
Mas ao fim de tudo isso, por favor,esteja aqui.
Os "tchau tchau vou embora", espero que fiquem para trás
Contigo, ao meu lado, o resto tanto faz

Esse poema não é sobre ti, pois é para mim
Como pensei em você até o fim
Até o fim da madrugada
Mais uma, sem você aqui.