João Starkaiser
Superação
O autoconhecimento, dando espaço à libertação do outro dentro da gente que não queremos deixar, nossa parte reprimida, a verdade comprometida e a ação indevida difíceis de encarar, coisas que não abrimos mão.
Mas, é preciso escolher e muito temos a fazer para o alívio brotar, assumindo a responsabilidade, superando os dogmas, abandonando a maldade para outra realidade trazer, sem nosso viver complicar
Como seremos?
O juízo que reflete de modo saliente, sobre eventos relevantes de prodígios da ideologia das teorias sociais e a cultura sobre a natureza da realidade peculiar e íntima atual, que compreende a erradicação das diferenças que incluem a eliminação das distinções e da marginalização de espécie, etnia e camada social que compõem a sociedade atual controlada pela mídia e a tecnologia progressiva na nova tendência de consumo, reversão de papeis, transformação nas artes, na harmonia visual, estruturas políticas, sociais e na manufatura e técnicas avançadas de qualidade diversa nos guiando para uma nova ordem social, trazendo mudança capital para a vida humana e social, nos leva a refletir sobre quais pressupostos nos aguardam nos dias a vir.
Coexistência
A religião é fundada em especulações teológicas, e a ciência é baseada em fatos observados. Mas, podem coexistir. Porém, devemos respeitar ambas as disciplinas em seus sentidos especulativos ou expostos.
Se desconstruíssemos religião e ciência, os dois conhecimentos poderiam se complementar e coexistir sem exclusividades mútuas.
Embora a religião seja fundada em hipótese teológica e, represente um conjunto de valores pelos quais vivemos nossas vidas, as imposições dogmáticas, tornam quase impossível separar o espiritualismo do axioma, o bastante para que os fiéis permitam que a razão coexista com os fragmentos resultantes de fé.
Apesar de não existir uma mutualidade espontânea e exclusiva entre a evolução e o desígnio inteligente, alguns conciliam a doutrinação da religião com o aprendizado da ciência, e podem harmonizar uma analogia entre a fé e a visão de mundo, sem permitir que a fé interfira ou priorize sobre fatos incontestáveis.
Afirmar uma teoria ou a outra, é uma busca inútil, pois o homem não é equipado, não tem a pureza, o merecimento, nem é imbuído com a capacidade e a desenvoltura para sobreviver mentalmente compreendendo o conteúdo da razão dos princípios, o dom dos saberes que originaram e destinaram ele e as coisas antes mesmo de sua própria existência.
A Verdade É!
Parece-me uma condescendência a impressão de que as pessoas não pensam no que dizem. Todavia, quando deparo-me, principalmente com aquelas que falam alto ao expor seus argumentos, sem consideração a impor seus ditos, querendo que acreditemos, quando sabemos a verdade, e nos ira quando cientes de que a mentira continua, porque compreender a verdade nos esclarece e capacita, sabendo que define a realidade, pois é real, representa o alicerce da liberdade, que nos auxilia a assimilar e entender o mundo em que vivemos, nos mune de compreensão, compaixão e felicidade, é eterna, nunca muda, nunca acaba, que a conheçamos ou não.
Venda
Com os olhos fechados pela ira na boca, vocifera o homem seu desagrado, alheio ao destino que destina e a si mesmo que criou sua realidade
O calar da fala
Perdidos no esquecimento do consumismo, envolvidos na fantasia digital, o ego inflado pela ganância de adquirir tecnologia de comunicação, devora o assunto e as pessoas, tornando nossa existência e colóquio cada vez mais virtual, dando espaço para o aperfeiçoamento da imagem, calando a fala e tornando a língua decadente, roubando nossa realidade audível, que aos poucos vai caindo no silêncio e destruindo o conceito do valor objetivo. Estamos vendo perecer o uso dos atributos naturais da essência dos sentidos, abolindo a espiritualidade, o sagrado, nossas crenças. E o nosso único escape reside em nos reencantar.
Voltando aos fundamentos
Numa época em que a função psíquica humana é entendida em termos de neurotransmissores, os preceitos da introspecção estão fora de moda, o progresso tira o conhecimento e a aplicação de alguns princípios e regras de arte valiosos, o artifício e habilidade de escrever cartas e a simples comunicação pela fala, está cada vez mais, sendo suprimido pela relação virtual, precisamos nos encantar, outra vez, com a vida, para ajudarmo-nos a recuperar distinções que foram apagadas.
Equilíbrio no viver
Sendo a pluralidade a condição humana, numa cultura de neuroses, onde a maioria tornou-se insensível à distinção da complexidade em que a sociedade convive, lado a lado, entre o desespero e a satisfação, beirando o desequilíbrio trágico e as forças destrutivas que tais circunstâncias criam, devemos buscar, independente do nosso potencial, alcançar a felicidade, sem exaltar um aspecto de nossa vida em prol de outro.
De um lado, analisando o argumento da contingência, e por outro, a questão da impossibilidade de um infinito regresso temporal das causas, em sua curiosidade, o ser humano, pedindo uma explicação integral e conclusiva, alega a razão de algo existir, em lugar de nada ou outra coisa, do que ocorre contingentemente. Também, questiona de modo pertinente, dedutivo e indutivo sobre as questões da contingência e necessidade, causação e explicação, a natureza e a origem do universo.
Porém, na concepção de muitos, é evidente a existência do universo, e argumentos de uma causa sem causa, não substanciam a questão que o universo não é o término necessário da regressão.
Biologia e relativismo moral
A maioria das pessoas concebe a moralidade como uma criação social, um complexo composto de regras evoluídas através do tempo, do discurso e do debate, também, pela religião e os tratos culturais que normatizamos e aplicamos, apesar de não serem universais à todas culturas.
Apesar de aplicarmos um conjunto específico de conceitos organizados que sugere maneiras no pensar e agir, de modo integral nosso sentido moral repousa, relativamente, na biologia, que nos concede a vocação para a sensatez, nossa identificação e compreensão do próximo, a predisposição para ajudar os outros e, nos faculta o significado moral para desenvolver um sistema de normas que se aplica a sociedade, corrigindo, também, àqueles que fogem das regras.
Podemos ver a moral no sentido de evoluir, de mudança. Também, numa acepção sem relativismos, de melhoria, como a emancipação da escravatura, a punição pelos crimes de tortura patrocinados pelo estado, a luta pela observação dos direitos humanos e a liberdade de expressão.
Se levarmos em conta essa relatividade moral biológica, que, naturalmente, nos remete a um pensamento socialmente centrado em preconceitos de um grupo, percebemos que evoluímos nossa habilidade de pensar objetivamente.
É, o universo, um recurso ou um pensamento?
A natureza, como o silêncio de uma pedra falando ao nosso íntimo, invencível, sem compaixão, da qual divergimos num esforço de dominarmos nossa condição, deixa-se obedecer sob o domínio do sonho do homem.
FORMAÇÃO E CONDUTA HUMANA
Nossa natureza nos capacita a raciocinar e agir de forma moral, ir ao encalço da virtude e desenvolver ao mais alto grau possível nosso caráter moral, combinando a reflexão e a repetição centralizada para nos nortear no caminho certo na busca da beleza, que parece ser a moradia da verdade universal, absoluta e imutável que, também, pode habitar na aparente imperfeição, quase sempre por necessidade, e na noção imprecisa do bem e da condição humana, com o objetivo final de viver uma existência expressiva com a excelência que nos distingue do resto da criação.
Para vivermos bem, precisamos observar as leis naturais e estarmos conscientes dos direitos naturais, com a compreensão dos conceitos do privilégio da concessão e deveres, da moralidade e suas relações, a justiça e o bem comum, a autoridade e o problema da injustiça legal.
Então, nos tornamos em adultos com anatomia e hormônios que definem nossa situação, mas, não determinam nossos papéis na sociedade.
Não podemos viver autenticamente, a menos que possamos buscar objetivos auto escolhidos observando o paradigma das leis e do direito natural e a restrição razoável à liberdade dos indivíduos evitando que prejudiquemos uns aos outros.
Com a habilidade de lidar com ideias divergentes é discuti-las abertamente, deixamos a verdade vencer através de argumentos e suas limitações, não pela força, usando o poder da razão e apreciando de um ponto de vista puramente lógico, com base no modo como as coisas parecem opostas ao feitio como pensamos que sejam, considerando, para dar sentido às nossas decisões, que exista uma situação de causa e efeito, pois, tudo o que realmente vemos é uma coisa após outra.
Sem a pretensão de sermos iguais, devemos perseguir a virtude e a bondade para criarmos espaço para a harmonia íntima e social em nossas diferenças, e sermos mais um instrumento dentro da diversidade de pessoas e perspectivas promovendo uma sociedade equilibrada, considerando a relevância de interiorizar a paridade entre o que temos e o que não controlamos centralizando nosso esforço e faculdades no que possuímos ao mesmo tempo em que lidamos com equidade e justiça com as coisas que não regemos.
O externalismo da representação e a diferença entre a necessidade e prioridade como a liberdade, ansiedade e autenticidade, são parte do pensamento do homem consciente da ausência de racionalidade e da possibilidade de eventualidades em sua vida causando a necessidade imediata de significar sua existência.
Como seres pensantes, devemos considerar as questões que desafiam pressupostos básicos sobre nós mesmos, preocupando-nos no sentido de como agir a respeito e sendo cautelosos em nossas ações ao confrontarmos as diferentes provocações no curso de nossa vida, sempre avaliando o equilíbrio entre nossos interesses e a harmonia que buscamos para viver bem.
NOSSO DOM, NOSSA VIDA
Desde a teoria da Grande Explosão de George Gamow e o sacerdote Georges Lemaître, e as várias teorias sem comprovação que relatam outras narrativas, a mente científica está cativa imaginando a matéria se organizando no planeta em partículas, átomos, compostos orgânicos, bactérias, animais e cérebros conscientes.
Existe uma unidade de sentidos de imensa beleza que impacta no dia a dia nossa vida, e está concentradamente infiltrada nas funções biológicas e nos traços mentais humanos.
Como seres sociais, na fluidez do processo de interação em nossos relacionamentos com outras pessoas, envolvendo nossos corpos, rostos e emoções enquanto falamos, gesticulamos e sorrimos, construímos elos de aceitação ou motivos de rejeição, desenvolvendo a universalidade nos relacionamentos da natureza humana. Dessas interações surge a simpatia, a amizade, o desejo e o amor.
Porém, o que é o paradoxo fundamental da vida, o amor, a mãe de todas as dependências afetivas? Uma união de sabores errados e gostos certos onde os gestos consentem o amor? O centro de todas as questões humanas? Uma ilusão positiva, ou um devaneio de experiência?
O amor gera a união, e a proximidade, também, causa afeição profunda. Contudo, do desentendimento ou na falta de compreensão, às vezes, como um recurso inteligente, acontece a vontade de mudar a mente buscando a liberdade das convicções, que não ocorre sem custo, pois, cria cisão e desmanches, consequentemente, se as referências de amor humano mudarem, mesmo suavemente, a crueldade social e política aumentará.
Quanto à ciência autointitulada como descobridor e desenvolvedor de soluções para os problemas físicos e as questões humanas, o que diz sobre as origens do amor no esquema das coisas, além de associar esse intenso sentimento com as áreas do sistema compensativo presente no cérebro que produz a dopamina, e cogitar que a ontologia do amor é um componente da consciência, portanto, uma provável questão significativa para pesquisa?
Nas tradições religiosas, exclusivamente a cristã, o amor, que anima a vida e a criatividade, é uma qualidade primordial de Deus e, portanto, eternizado.
Quanto à nossa percepção pessoal sobre o significado de tão nobre e indispensável sentido que une as pessoas e engrandece a espécie humana? É o amor um vício poderoso, muitas vezes positivo que nos deleita com o êxtase e nos faz lutar contra a profunda tristeza que, comumente, sua perda nos causa?
Finalmente, ao amarmos as pessoas com os defeitos que os olhos notam, entramos em conflito com as imperfeições que o coração perdoa.
ALÉM DO CREDO
Vivemos num mundo dominado por crenças dogmáticas oferecidas por religiões despovoadas de lógica, antiquadas e até desumanas mantidas pela complacência. Às vezes, quando nos apaixonamos ou esperamos por algo além da razão, somos transigentes com a irracionalidade, muitas vezes cientificamente sem fundamento, politicamente ingênua, psicologicamente desinformada e contraproducente para os objetivos a serem compartilhados.
O silêncio é precioso! Entretanto, a ausência de voz diante do erro é cumplicidade passível de culpabilidade! Nesse caso acredito que devamos reconsiderar nossa abordagem diante da vida e da sociedade, em face do aviltamento político ou de uma histeria errônea coletiva que provoque transformações sociais negativas e danosas.
Comumente os preceitos para a conduta humana e a tomada dos arbítrios geralmente vêm da filosofia moral, leis e dos costumes tradicionais.
Apesar da insistente e longa peleja da religião como um fator importante na formação da ética e na melhoria da condição humana, seus intentos trouxeram o exercício cruel de imposições, violência, inverdades e dogmatismos vazios. Tampouco, a ciência seria a norma para a prática de determinar os preceitos da ética e da moral, além de sugerir sobre a natureza do universo e articular o aumento de conhecimento para aliviar a dor e o sofrimento através de artifícios para melhorar as condições e as necessidades, tornando a vida humana mais agradável.
A fé, como um relacionamento pessoal com o Divino, além de um sentimento positivo e útil para o crescimento emocional, é necessária ao comportamento humano.
O homem é dotado de faculdades cognitivas para entender o mundo cotidiano de substâncias e eventos nítidos. Entretanto, a ausência de intuitividade que infringe as expectativas inatas e universais sobre a estrutura cotidiana do mundo com respeito as pessoas, animais, vegetação e o meio ambiente são inconsistentes com o conhecimento baseado em fato, ao sustentarem a crença em seres invisíveis e mutáveis, ou indivíduos que predizem eventos distantes no tempo ou no espaço indo de encontro às suposições efetivas sobre fenômenos físicos, biológicos e psicológicos.
As crenças religiosas podem ser verdadeiras ou falsas. Entretanto, não são vazias, retendo e transmitindo ao homem o escape fortuito à suposta prova de verdade, tornando-se parte da cultura, provocando a ciência do ser e tornando-se memoráveis.
Devido ao contexto histórico particular em que as crenças funcionam, podem praticamente conter sabedoria, apesar de quão absurdos possam parecer os credos fundamentais. Contudo, a aparente invalidez do pensamento religioso não representa a condição de mentalidade simples através de demonstrações de incoerência quanto à ausência de provas de aparição visual ou audível do ser no qual as crenças são sustidas, a despeito de algumas pessoas religiosas serem resolutamente irracionais em sua dedicação espiritual e tornem supérfluo o aspecto da devoção.
Adeptos de algumas religiões assimilam a cerimônia da Celebração Eucarística que observa o sacrifício do redentor Yaohushua na cruz, como uma assimilação de canibalismo, devido ao consumo ritualístico simbólico do vinho e da hóstia significando o sangue e o corpo do Senhor, durante a Missa.
Se pensarmos substancialmente e de modo empírico sobre as principais convicções religiosas, considerando a competitividade religiosa, distorções teológicas e o firmamento de ideias na memória humana, somos inclinados a presumir que são literalmente sem sentido, contra intuitivas e carecem de condições de verdade.
Enquanto quase impossível, se as distintas conjecturas religiosas se unirem no dia a dia costumeiro, a informação pode ser facilmente armazenada, evocada e transmitida de maneira menos radicalizada, deixando o resto do mundo do senso comum inteiramente intacto, pois, as impressões supernaturais que causam nossas ansiedades existenciais como solidão, injustiça, miséria e a tragédia inesperada, tem um mínimo de presença e são de caráter contra intuitivo no cotidiano.
No final de nossa existência, a intensa perspectiva da morte promove sentimentos religiosos entre todos os segmentos da população, uma afirmação que pode ser feita sobre a expectativa de todo ser humano, sem espaço para questionamentos de rejeição.
A REALIDADE ININTERPRETÁVEL
Em meio à ancestral hostilidade entre a certeza e o verdadeiro, a realidade, apesar de fantástica e divinamente desapegada que, às vezes, tentamos negar, é um resumo sucessivo de princípios de uma estrutura imóvel de fundamentos intuitivos e referências em variáveis que alteram os sentidos, até mesmo a sanidade, só experimentada na ausência de percepção.
A AUTONOMIA DO PENSAMENTO
A consequência em si, é o teste e a única avaliação da verdade e da eficácia dos meios. Pois, apesar de parecer audacioso dizer isso, a imaginação é a moradia da verdade.
Suposições que buscam conduzir ou limitar o saber, usando quaisquer fundamentos erroneamente denominados racionais criados numa postulação do que deveria ser o uso ou os métodos de aplicação do conhecimento, independentemente do efeito sabido produzido pelos objetos na imaginação, deve ser falso e elusivo, arriscando ferir a imaginação buscando uma conclusão manipulada onde o raciocínio claro não é usado e o desfecho correto não é obtido.
METAFÍSICA...
A existência é o infinito que se desenrola, e os argumentos sobre nossa estadia e movimentos condicionados em nossa breve trajetória consciente no mundo buscam resumir a noção sobre o que é o Tempo e sua passagem, como uma mudança de um estado ou condição em relação a si mesmo ou a outras condições, numa abstração de mudança condicional, caracterizando o pretérito como uma indicação de um estado que possui condições que não mais existem, mas uma vez foram. O futuro, como um prenúncio que assinala para um estado que não tem condições atuais, mas que será ou poderá ser. Sendo o momento atual, algo que pode ser experimentado de uma forma ou de outra. Com uma metáfora simples, na ausência de conhecimento superior, que não possuímos, podemos definir o tempo adotando-o como a medida entre os eventos. Porém, o tempo não se resume à memória! O tempo é o axioma fundamental do universo!
A memória e a imaginação, ambas pertencentes ao presente, podem parecer indistinguíveis uma da outra, uma representada por ocorrências familiares passadas e a outra pela projeção questionável de uma situação a ser realizada. Se existe um presente que trata de uma dimensão do tempo, existe também aqui o mecanismo que trata da linearidade das dimensões e do espaço. Porém, quanto à ideia persistente de que não existe lá e depois, apenas o momento/lugar atualmente ocupado?
O ponto de fluxo do tempo tem um princípio de realidade que a teoria da relatividade não possui. Não há uma visão correta absoluta, independente do quão rápido é a passagem dos elementos. O contexto do tempo é entendido como relativo aos números imaginados dentro de números complexos. Espaço= tempo. Contudo, isso não representa que é possível substituir o tempo pela distância, mesmo supondo que o tempo não existe.
Temos vários fósseis em diferentes níveis de resíduos que demonstram claramente um momento primordial na história do planeta. Poderia os ossos de dinossauros ser uma tese contrária à teoria presentista?
Os dinossauros em sua mutação estruturada no esqueleto de pássaros existem no presente. Como considerar mudanças genéticas contínuas para se adequar à visão presentista?
Se ouvirmos uma canção gravada hoje, e ouvirmos essa mesma canção amanhã, horas depois da primeira audição, essa gravação não existiria e estaríamos criando uma imaginação? Em nosso álbum de fotografias, estão retratadas imagens de nós mesmos, de outras pessoas e aspectos de elementos físicos com modificações aparentes das percebidas hoje. As fotos retratam a juventude de outrora demonstrada na coloração capilar, no peso e aspecto geral das pessoas. Poderiam as mesmas aparências de antanho compartilhar sincronicamente as conformações de hoje?
A ação do tempo parece um cometa em suas voltas elípticas ao redor do sol, sempre direcionado para a origem obedecendo a sua singularidade no lugar do tempo e do espaço, deixando vestígios que apontam para a verdade eterna da sucessão da vida e do movimento dos elementos na Terra e no universo!
SOMOS!
Terceirizando a qualidade essencial de nossa existência para engenhos mecânicos que promovem a virtualidade, vivemos numa era em que nossos momentos mais significativos, paralelamente aos nossos afazeres mais triviais, com registros ativos e passivos documentados em bancos de dados de memória com toda nossa vida inserida neles e distribuídos globalmente numa revisão contínua da nossa compreensão dos elementos principais do que significa ser humano com lembranças reproduzíveis, redefine nossa humanidade e influencia profundamente nosso futuro.
O desenvolvimento da ciência com novas descobertas, novos conhecimentos e novas disciplinas acomoda uma nova visão de nós mesmos e do nosso lugar no universo que propõe uma mudança em quem somos num mundo ocupado por falsidade, trivialismo e mitos.
No decurso de grande parte do século passado, através de observações cosmológicas, o conceito da uniformidade do universo e da singularidade das leis da física orientou o raciocínio científico.
Apesar de a mecânica quântica ser considerada uma teoria bem sucedida e o fundamento para a compreensão de toda a física, à exceção da gravidade, não oferece uma descrição completa da natureza. Também, nem sempre atribui um valor preciso a uma propriedade física, porque, dentro do amplo espectro de interpretações que oferece, não descreve uma realidade externa, e as propriedades só acontecem no pensamento do observador. Tampouco, os fisicistas entendem os fenômenos quânticos, pois, somente propicia prognósticos relativos aos resultados das experiências. Deve haver outra explicação mais transparente a ser descoberta.
O avanço da biologia adquirindo instrumentos que tornarão a forma humana mais modelar reprogramando tecidos humanos, possibilitando novas habilidades na reparação e regeneração do corpo humano, deixa entrever a possibilidade futura de ir além da restauração de corpos danificados, e possibilitar mudanças de segmentos e unidades em novos recursos e propriedades da estrutura, crescimento, funcionamento e reprodução de nosso organismo, aos poucos, nos livrando dos limites da forma fixa humana.
O progresso da neurociência expondo a mente como um produto do cérebro, defendendo que uma questionável série de casualidades improváveis de condições levou aos meios indispensáveis para o surgimento da vida, nossa espécie e civilização tecnológica, através da espontaneidade, o fenômeno da bio informação e a auto-organização como a união do princípio máximo de ação que, supostamente, deu origem a vida, e que a identidade humana emerge gradualmente durante o desenvolvimento, põe em cheque as noções tradicionais e quase universais da espiritualidade das crenças confinadas às racionalizações e conceitos das pessoas sobre a Vida antes da vida, o após a morte e a recompensa e punição definitivas.
A despeito da curiosa ciência da computação ignorar, e até mesmo se opor aos princípios do resto da ciência, a interatividade informática como ficção científica vem enfraquecendo seus princípios conceituais. Apesar das maravilhas industrializadas atuais, como carros auto dirigidos, entre tantos outros apetrechos modernos, estamos muito distante das máquinas "auto conscientes”, e não há chance de uma inteligência artificial substituir a era humana, pois, nenhum equipamento mecânico do computador está acelerando em nenhuma direção exponencial que supere o poder computacional de um cérebro e o controle humano.
Do manejo inicial da pedra e do fogo, o homem moderno lida com ferramentas sofisticadas que possibilitam avanços extraordinários à sua cultura, saúde e bem-estar. Estamos em uma nova era de medicina personalizada, e nossos genes causadores de doenças cardíacas, oncogenes que promovem câncer de próstata, câncer de mama e causam estresse e infecção, podem ser alterados quando mudamos nossos hábitos. Portanto, nossos genes não são nosso destino! Tampouco, a ciência representa nossa essência!
Sendo a realidade independente das reivindicações científicas, devemos abandonar as observações de cientistas como verdades objetivas, pois, algumas são verdadeiras, mas a maioria depende de tantas condições iniciais, que as colocam no limiar entre a realidade e a ficção.
Por outro lado, o surgimento da ciência como uma instituição não inteiramente supersticiosa e corrupta está, aos poucos, trazendo a atenção do ser humano para problemas imediatos, cujas soluções dependem do rápido progresso em ciência e tecnologia.
Na incognoscível possibilidade de sabermos a verdade de nossa origem, razão de ser e paradeiro, nos tornamos em contadores de histórias e experiências sem conhecimento do resultado de nossa narrativa. Assim é a ciência, que fará tudo ao seu alcance para suprimir a alma. Contudo, a verdade não reside entre a diferença de perspectivas. A verdade tem seu lugar próprio e singular no início e no fim de tudo e do todo existente!
Apesar das limitações da compreensão atual, é válido repensar o que significa ser humano. Também, mais do que nunca, é essencial ponderarmos sobre nossa condição com relação ao mundo que nos rodeia e nosso estado como o único ser que faz acontecer e compreende suas ações e reações.
DE FATO
Parece uma condescendência a impressão que as pessoas não pensam no que dizem. Todavia, quando nos deparamos com indivíduos exaltados ao expor seus argumentos, impondo seus ditos, querendo que acreditemos ser a verdade, nos iramos com a continuação da mentira.
Compreender a verdade nos esclarece e capacita na aproximação da realidade que representa o alicerce da liberdade, nos auxiliando a assimilar e entender o mundo em que vivemos, munidos de compreensão, compaixão e felicidade por sua perenidade e imutabilidade, que a conheçamos ou não.
NOSSO MUNDO
A natureza sofisticada e sutil da realidade em sua consistência lógica discursiva está além de qualquer conjectura de filosofia preconcebida.
No vazio de tudo, quando nada existia, a divindade da Mente indivisível sonhou o universo criando a realidade contendo o homem e seu mundo. Contudo, às vezes, a realidade parece influenciar o sonho e o sonho provocar a realidade.
Muitos ilustrados sustentam que a realidade final é incognoscível. Seguindo esse pensamento, toda a realidade é desconhecida, sendo a prática meramente um fenômeno, e o conhecimento, apenas uma ilusão, nulificando toda consciência, história humana e suas práticas.
Seria a realidade apenas um prodígio, se podemos voltar atrás num pensamento ou ato, mudando assim o desfecho de nossa própria realidade?