João Pedro G.

Eu somente sou um pássaro cansado de voar nas asas de ventos contraditórios.

Não é que eu queira ser durão, é que meu coração já cansado de apanhar, não quer mais aceitar suas propostas para um novo amor incerto.

Faça-me o favor, não venhas me procurar quando ninguém mais estiver à sua procura.

Às vezes somos borboletas à frente de janelas de vidro.

Se um dia o silêncio tomar-me, amedronta-te, há a variância de mil e um pensamentos.

Talvez o que realmente nossos corações queriam ter dito, em questão de bobagens houve a reversão ao caos. Aonde houve perdão, nunca houve um total alívio. Éramos nós em um barco com furos, na imensa indecisão, ambos afundar ou nadar pra longe da essência da felicidade. E nadamos contraditoriamente. Meramente, deixamos os momentos passarem, oportunidades passarem, nossas vidas passarem, dia após dia, até que percebemos que as melhores versões de nós mesmos tornaram-se uma vaga lembrança.

E se em um dia qualquer, um pássaro pousar à sua varanda, dá-lhes o que para ti és migalha, mas aos bons olhos, serás mais que o suficiente.

A fé do homem é o combustível essencial à alma.

O que começa errado sempre termina da mesma forma de início. Às vezes começamos correto e por alguma razão se torna inverso, mas só às vezes...