João Paulo Fiorenza
Quando se está sozinho e a noite está próxima de ter fim, sua percepção te fará entender que o tempo talvez não seja o senhor da razão, e sim o da emoção, levando em conta o abstrato que norteia nossos sentimentos. Sentimentos pelos quais, dominam o nosso corpo e nos transforma em uma arma mortífera de pensamentos.
Quando você fizer o que puder para que tudo se saia perfeito, comece a se preocupar, pois a perfeição é o que faz as coisas terem fim. E é assim que a vida segue, pois se algo tem fim, tenha certeza, indubitavelmente, que algo novo surgirá para substituir o que já está consagrado.
"O sol deveria ser o verdadeiro símbolo do amor, pois o coração muitas vezes pode falhar em uma batida, mas o sol nunca é falho em clarear os dias. E se você pensar que o sol pode falhar em um eclipse, eu te digo amigo, é muito melhor um eclipse escurecer o dia temporariamente e você souber que logo logo tudo voltará a ser claro, do que a treva da solidão que pode angustiar o seu coração por longos períodos"
Quando uma pessoa diz que se sente bem estando sozinho, na verdade, ela quis dizer que ainda não encontrou alguém mais perfeito do que uma determinada pessoa. Se levarmos em conta os amores platônicos ou sem reciprocidade, creio que a chave da felicidade perdeu-se no manancial das desilusões, e que tudo o que estiver por vir, apenas passará, restando apenas meras lembranças, que no final das contas, viram arrependimentos de uma vida regada de oportunidades perdidas.
(...) Foi assim quando caminhei sozinho, acima de mim apenas as estrelas e a lua... ao meu redor o mundo se fez mundo e se calou diante da solidão. Quando você estava ao meu lado, tudo era banal, e agora que está longe, tudo é tão sensível e complicado. Creio que o desprazer de sua ausência não possa curar essa angústia, que já não é digna de habitar em meu ser. Mas também creio com mais forças, que um dia, a vida me trará toda a felicidade, por outrora perdida num inferno sem fim. (...)
Isto jamais foi o que realmente quero , mas vou pegar a estrada rumo ao incerto. Muito talvez porque eu encare tudo como uma boa e determinante lição. Ou até mesmo porque nao quero andar por aí expressando ou descontando minha raiva. Posso parecer metódico, mas eu realmente aprendi, que existem coisas que Não queremos que aconteça, mas temos de Aceitar. Que existem coisas que não queremos Saber, mas somos obrigados a Aprender. E por fim, como ponto crucial... Existem pessoas que não queremos perder, mas temos que deixá-las ir sem nos preocupar com o dia certo do retorno, pois assim que retornarem, nosso instinto nos conduzirá a olhar nos olhos dessa pessoa, e apenas dizer: "Fico feliz por voltar".
“Lembro de você como lembro do meu próprio rosto ao olhar-me no espelho. Mas ao mesmo tempo, penso em onde você está. Penso em como gostaria de estar perto de ti, e do que eu seria capaz de fazer para ter você aqui comigo. Eu preciso parar de ser inoportuno... aliás, eu preciso parar de ter você em mente. É... É isso... vou parar agora!... Vou pensar em outra coisa... Não... Não pode ser... Tudo o que penso neste momento faz-me lembrar você. Com certeza você tem notas, como um instrumento musical, mas a única nota efetiva que soa de você é a Sol... Porque mesmo com toda essa distância, você consegue clarear e aquecer todos os meus dias incessantemente... Quando vejo seu retrato dominando minha estante, consigo apenas me calar, e sentir, aquilo que eu tenho absoluta certeza que você também sente ao se lembra de mim, mas que talvez o orgulho não alforria.”