joão paulo ferreira
“Eles tem aquela química, quando um está perto do outro, ou bem próximo, ate onde os olhos não podem ver, eles pegam fogo, era só um lembrar do outro, que pronto, algo subia desde seus dedos dos pés, ate a nuca. Eles não conseguiam explicar o que era aquilo, mas estava na cara que um desejava o outro. Quando se viam, seus problemas tornavam-se um só, um cuidava do outro e era isso que fazia algo crescer dentro deles. Sorrisos eram distribuídos por todos os lados, e não havia motivo ou explicação. Eles eram discretos, não queriam que outros soubessem, talvez não agora. Acreditavam que quanto menos soubessem, mais poderiam viver desse jeito aventurado, cheio de mistérios. Eles não sabiam o que eram, não sabiam se seriam, ambos talvez queriam, mas tinham medo de serem e quererem e toda essa magia acabar. Viviam assim, nesse sentimento que não davam definição, não tinha explicação, mas era algo grande, bem grande, que ficava ali, ocupando quase toda parte dos seus corações.”