João Oliveira Junior

Autenticidade
"Seja verdadeiro com você mesmo e jamais será falso com alguém"

Estamos vivendo uma crise de autenticidade no mundo, onde a o livre pensar esta se tornando estéril, tendo na sociedade seu juiz, jure e carrasco.

Para não dar margem a interpretações errôneas, não falo aqui de nada ilegal, nem nada que comprovadamente possa prejudicar a saúde física ou mental de alguém, nem que possa ser prejudicial a outrem de qualquer forma possível, mas sim de gostos, sentimentos, pensamentos e costumes salutares.

Vivemos em uma sociedade onde o sublime sentimento do amor pode ser gerador de ódio, e o ódio pelo amor faz seguidores, temos medo de sermos nós mesmos, medo do olhar feroz da sociedade, deixamos o eu e adotamos o nós em um sentido prejudicial ao direito da individualidade humana, desesperadamente tentando ser “aceito”, tentando encaixar a adversidade na homogeneidade, o óleo na água.

É de comum pensamento não gostar de pessoas falsas, mas as criamos todos os dias, e por fingirem pensarem da mesma maneira, as temos por perto, ao passo que por divergência de pensamento, gosto, cultura, nos juntamos cada vez mais a indivíduos viventes na sociedade “normal”, sem realmente saber quem são essas pessoas, porque não expressão realmente o que pensão e como se sentem sobre determinados assuntos e nos afastamos de pessoas verdadeiras por não serem socialmente aceitas e “rotuladas”.

Buscamos uma igualde de pensamento, não aceitamos o diferente, transformando as diferenças em demônios, não procurando a união e sim a exclusão, não reconhecendo o outro como irmão, não busca compreender e entender e sim julgar e banalizar.

Em um dialogo, tive o prazer de conhecer alguém bem verdadeiro, que referiu a si mesmo com “louca” em um ar cômico, por seus gosto e pensamentos terem suas particularidades e não serem tão convencionais.

Me criou uma pergunta sobre o que é ser normal? Considerei “ser normal” quem busca ser verdadeiro com sigo mesmo, tentando se conhecer, apesar da forte correnteza contraria, tentando se aceitar, sendo feliz fazendo o que gosta expressando realmente seus sentimentos e pensamentos, e não quem se esconder, finge ser o que não é, negando seus gostos, seus pensamentos e sentimentos para outro o aceitar, se tornando um personagem caricato da sociedade, infeliz, depressivo, buscando um vida de aparência, constantemente tentando aceitação e uma autoafirmação em centenas de “Likes”.

Será por isso que depressão é a doença do Século?

Você pode não gostar da forma como o outro pensa é seu direito, mas deve respeitar mesmo não concordando e isso é um fato, mesmo não gostando você sabe exatamente o que ele pensa, quem ele é, como se posiciona frente a determinados assuntos, se realmente gosta ou não de você, por ser verdadeiro em seus ideais, já os que tentam agradar tudo e a todos, você sabe o que eles realmente pensam?

Temos que encontra a igualdade na adversidade, entender que sem as partes o todo não existi, precisamos compreender que todos nos dividimos e habitamos o mesmo planeta, bebemos a mesma água, quando buscarmos compreender e não julgar, o mundo será um lugar melhor, só assim criaremos uma sociedade com pessoas verdadeiras, livres, que buscaram se conhecer e não se esconder.

Viva mais, Julgue menos, se abra para o novo, não tenha medo do desconhecido, um mundo inteiramente novo pode estar te esperando, o âmago do espírito humano pede novas experiências.

Uma sociedade onde todos pensam igual, é sinal que ninguém está pensando.

Sábio é quem sabe que nada sabe e busca aprender cada vez mais, os que acha que tudo sabem e nada tem mais para aprender, são os que menos sabem e são apenas tolos, sempre vítimas da própria ignorância.