João Mattos
Sonho com boas-novas para o meu país,
Com boas notícias para a nossa gente,
Sonho com a Bahia de todos os homens e mulheres,
Sonho com meu país, nosso país, mais justo e igualitário.
Sonho com a África de todas as cores e amores,
Com os meninos do Irã e Iraque a sorrirem,
E os da Rocinha com a mão no lápis.
Sonho com as mulheres do sertão,
Banhando-se nas poças de águas límpidas,
Sonho com o sertanejo plantando feliz,
Sonho com um mundo mais repartido, sem distâncias,
Onde não existam mais crianças nas ruas,
Os Sem terras tenham o seu lugar.
A fome sendo tragada pela solidariedade humana;
A violência desapareceu das manchetes nacionais;
Sonho contra a esperança;
Afinal, sou brasileiro e não desisto nunca.
Sonho como todo mundo,
Por mais fé, amor e paz,
Sonho com o homem mais humano, mais divino,
Fazendo a viagem, não ao Sol nem a Lua,
Mas, em si mesmo e aprendendo a descobrir-se,
Descobridor de si mesmo,
Ainda dá tempo para sonhar.
Ontem as borboletas
Me fizeram refletir.
Tem coisas na vida que eu não entendo!
Por que você se foi tão depressa?
É tão estranho!
Por que tudo passa e nós voamos.
Hoje eu estou aqui
Ontem você também.
Eu olhei para o céu
Procurando uma resposta:
As nuvens formavam um belo caminho,
Rumo a tua nova morada.
Daí então, eu me conformei
Em saber que você se foi
Porém, para um bom lugar.
Dizer que te esqueço? Nunca!
Sempre que te revejo nos meus pensamentos
Eu sinto tanto a tua falta!
Mas eu vou deixar a vida passar
E mais uma vez uma lagrima rolar
E eu aqui lembrando de você.
É tão difícil
Ah! Se essa força fosse minha,
Confesso não resistiria.
Mas Deus me fez prosseguir
Lembrando-me sempre
Que além da terra,
Há um lugar,
E que devo lutar
Para lá chegar
... O céu é o teu eterno descanso
Mais um dia sem você
Parece uma eternidade na solidão
Ontem que éramos tão felizes
Lembro e choro.
As palavras jogadas ao vento
A esperança de viver juntos
Um tão sonhado amor
As marcas traduzidas por saudades
Fazem-me lembrar do teu olhar
A revelar-me o teu coração tão belo
E rico de afeição e doçura.
Talvez um dia quem sabe
Possamos nos encontrar talvez.
Eu estou a esperar...
Vivo das nossas horas
As quais eu mais sei sufocar
Na caixa das lembranças
Estão contidas e escondidas
As tuas palavras sussurradas
Pela timidez de um amor
Que morreu sem ter vivido
O que estava escrito para acontecer.
E os dias vão passando como ontem
Na janela do meu quarto
Onde eu vi os sonhos,
Aqueles, sonhados por nós
Mais uma vez na fila de espera
E eu continuo a te amar
Como antes
Como sempre
Com toda fidelidade que só você soube
Me fazer acreditar
E os dias vão passando
E eu calando
Esperando adormecer para te encontrar outra vez
Nos meus sonhos e no meu coração
Onde você sempre permanece como antes
E os dias vão passando.