João Formão
Uso racional da água
Amanheceu chovendo
Tomei chuva
Abri o guarda-chuva
Pra tomar mais depois
Quem guarda sempre tem
Te amo pra sempre
Enquanto durar
Já é meio do ano
Nunca mais me procure
Até quando voltar
Palavra de geminiano
Arco-íris
Do mundano ao celeste
Existe um arco
Leste-sul noroeste
Nas mãos de Íris
Mensageira de Hera
Mareando o barco
De luzes em cores
Riscando um marco
Entre o céu e a terra
Perdão
O perdão é a face mais sublime do amor racional.
Eleva o pensamento, purifica a alma, regenera o corpo físico. Permite o crescimento e o desenvolvimento humano.
O perdão dá a oportunidade, para quem pede, de reconhecer, admitir e corrigir seus erros; para quem perdoa, de se colocar no lugar do outro, de exercer o não julgamento, a empatia e; para ambos, de reconhecer que a verdade é superior ao orgulho.
Sem perdão o amor não se eleva e a humanidade não evolui.
Baiana do Recôncavo
clara Bahia
sinhá Joana
pomba cigana
iúna Maria
mete a colher
abaracarajé
samba do pé
gingar da mulher
gira nanã
yara Nunes
post nudes
Maria bataclã
umbandomblé
todos os santos
politanos contos
sotero afoxé
guerreira africana
terreiro gantois
Iansã qué Oiá
sedução da baiana
Baiana do Recôncavo
clara bahia
sinhá joana
pomba cigana
iúna maria
mete a colher
abaracarajé
samba no pé
gingá da mulher
maria bataclã
cabaré nudes
yara nunes
gira nanã
todos os santos
umbandomblé
sotero afoxé
politanos pontos
axé alá baiana
terreiro gantois
iansã quer oiá
guerreira africana
Das terras
De Tanquinho
Sica saiu
Inda menina
Do pau-ferro
Fez fazenda
Sinhá moça
Bailarina
Do rio do peixe
O pescado
Da roça
Travessura
Do monte
A vitória
Da emancipação
A aventura
Uma vila
Um vilarinho
Uma benção
Uma sina
Do recôncavo
Santo Antônio
Índia perolada
A capela ilumina
De santana
Feira escola
Dos santos
Magia pura
Da rodagem
Partiu chegada
De São Paulo
Graça e bravura
Dos anos
Fez sua história
Paixão e trabalho
Auto estima
De menina
Fez-se mãe
Do amor
Que se fascina
Cantinho da Sol
Lá na cidade
Em frente ao farol
Vejo a mocidade
No bar da Sol
Clima de Tanquinho
Faça-me o favor
Uma cerveja
Tá muito calor
Cachaça da boa
Flor de girassol
Tô rindo à toa
Carne-de-sol
Mais um freguês
Chama um torresmo
Quem foi que fez?
Fui eu mesmo
A tarde tá linda
Tem pôr-do-sol
Música boa
Canta o rouxinol
Que vida boa
Doce igual mel
Prá matar fome
Sarapatel
Na TV futebol
Ouvi um grito
Gol do Bahia!
Era Marisol
Saiu o peixe frito
Conselhos
Se está fraco
Chá de cravo
Gengibre e guaco
Se está quebrado
Pega um dim dim
Emprestado
Se está com sorte
Pode até dar um beijo
Na morte
Se está empolgado
Cuidado
Pode ser enganado
Se está feliz
Chá de erva-doce
Jujuba de anis
Se está ferido
Palavras de
Um amigo querido
Se está com ódio
Nunca vai
Subir ao pódio
Se está rico
Não precisa
Fazer bico
Se está ansioso
Organização
Remédio precioso
Se está triste
Relaxa, sem problema
Nada existe
A vida tem sabores
Um dia agridoce
Não é para amadores
Frutado como a amizade
Ácido como a sátira
Salgado como a verdade
Picante como a paixão
Travoso como a vingança
Aromático como a sedução
Frisante como a vaidade
Doce como a mentira
Amargo como a ansiedade
Fermentado como a temperança
Azedo como a traição
Refrescante como a esperança
Tempestade noite adentro
Bambuzal descabelado ao vento
Saracura em seu lamento
Você em meu pensamento
É tudo sobre nós
Palavras atrozes
É o timbre da voz
Quebrador de nozes
Fluxo em direção à foz
Pensamentos albatrozes
Floresceu o pé-de-noz
Soma das vozes
Veleiro a oito nós
Falésias porta-vozes
Mar alto a sós
Rajadas velozes
Elevemo-nos a vós
Guardiões ferozes
Eternos igapós
Anjos virtuoses
Toda história tem
pelo menos dois lados
no mínimo duas versões
Toda história possui
pelo menos uma mentira
no máximo uma verdade
Toda história é construída
na coragem dos amantes
na covardia da guerra
Toda história é calcada
no medo dos guerreiros
na virtude da paz
A verdade não tem lado
a guerra é prisioneira da paixão
a mentira nem tem fronte
a paz é liberta pela razão
Tidão Fassina
Casinha de fazenda
Samambaia da colina
Nasce uma lenda
Vem à luz Tide Fassina
Era tempo dos bondes
Tide é apelido
Seu nome é Aristides
Ele já nasceu sabido
Descendente de italiano
Trabalho o ano inteiro
Vivenda novo plano
Cambiou Sítio Barreiro
Tinha um pé-de-paina
Prás bandas de Itatiba
Caboclo da Bocaina
Sombra da copaíba
Na lida era perfeito
Já tocava a carroça
Serviço malfeito
Levava uma coça
Preste atenção
Galo canta de manhã
Quantos Fassina são?
Seis irmãos e uma irmã
Saiba a verdade
Aristides Fassina
Aos dezessete de idade
Acordava três da matina
Tapete de geada
Cavalo tá selado
Tocava a boiada
Passo troteado
Amansador de burro bravo
O bornal leva a marmita
Comia mel de favo
O bondão era a cabrita
Para boi de corte
Faca de açougueiro
Novilha de porte
Munheca de leiteiro
Seu pai era João
Antonia mãe amada
Um sítio um casarão
Sousas virou morada
Havia muita fartura
Chapéu de boiadeiro
Cavalgava com bravura
Cabras Fazenda Jambeiro
Um homem se formou
Beleza singular
Rachel se apaixonou
Conduziu-a ao altar
Duas meninas dois meninos
Novo lar paternidade
Um pomar um pé-de-nozes
Prestígio na comunidade
Encerrou uma empreitada
Floreou a incerteza
Avistou grande jornada
A dor tem sua beleza
A vida é bailarina
O destino ninguém dita
Benvindos Rafael e Carolina
Casou-se com Rita
Vai longe essa história
Em vários casos é contada
Muita luta e muita glória
Mas não está acabada
Ói qui senhor freguês!
Quer saber mais do Tidão?
Perguntem a ele é sua vez
Porque eu não conto não