João Formão

Encontrados 23 pensamentos de João Formão

⁠Saí de rolê
Tava meio xoxo
Que belê, um ipê roxo!

⁠Ansiosa
Petulante
A primavera ruborizou o inverno

⁠Uso racional da água

Amanheceu chovendo
Tomei chuva
Abri o guarda-chuva
Pra tomar mais depois
Quem guarda sempre tem

⁠Eu passarinho
Pra que despertador?
Acordo sozinho

⁠Te amo pra sempre
Enquanto durar
Já é meio do ano
Nunca mais me procure
Até quando voltar
Palavra de geminiano

Arco-íris

Do mundano ao celeste
Existe um arco
Leste-sul noroeste
Nas mãos de Íris
Mensageira de Hera
Mareando o barco
De luzes em cores
Riscando um marco
Entre o céu e a terra⁠



Aleluia!
O ipê-branco não é branco
É róseo-alba, tabebuia

Inserida por Jfasina


Cores de outono
Castanho canela
Janela verde amarela

Domingou!
Chuva mansinha
Parece até que o tempo parou

Perdão

O perdão é a face mais sublime do amor racional.

Eleva o pensamento, purifica a alma, regenera o corpo físico. Permite o crescimento e o desenvolvimento humano.

O perdão dá a oportunidade, para quem pede, de reconhecer, admitir e corrigir seus erros; para quem perdoa, de se colocar no lugar do outro, de exercer o não julgamento, a empatia e; para ambos, de reconhecer que a verdade é superior ao orgulho.

Sem perdão o amor não se eleva e a humanidade não evolui.

⁠Baiana do Recôncavo

clara Bahia
sinhá Joana
pomba cigana
iúna Maria

mete a colher
abaracarajé
samba do pé
gingar da mulher

gira nanã
yara Nunes
post nudes
Maria bataclã

umbandomblé
todos os santos
politanos contos
sotero afoxé

guerreira africana
terreiro gantois
Iansã qué Oiá
sedução da baiana

Inserida por Jfasina

⁠Baiana do Recôncavo

clara bahia
sinhá joana
pomba cigana
iúna maria

mete a colher
abaracarajé
samba no pé
gingá da mulher

maria bataclã
cabaré nudes
yara nunes
gira nanã

todos os santos
umbandomblé
sotero afoxé
politanos pontos

axé alá baiana
terreiro gantois
iansã quer oiá
guerreira africana

⁠A volta também é ida
Partiu para chegar
Chegada nova vida

⁠Das terras
De Tanquinho
Sica saiu
Inda menina

Do pau-ferro
Fez fazenda
Sinhá moça
Bailarina

Do rio do peixe
O pescado
Da roça
Travessura

Do monte
A vitória
Da emancipação
A aventura

Uma vila
Um vilarinho
Uma benção
Uma sina

Do recôncavo
Santo Antônio
Índia perolada
A capela ilumina

De santana
Feira escola
Dos santos
Magia pura

Da rodagem
Partiu chegada
De São Paulo
Graça e bravura

Dos anos
Fez sua história
Paixão e trabalho
Auto estima

De menina
Fez-se mãe
Do amor
Que se fascina

⁠Cantinho da Sol

Lá na cidade
Em frente ao farol
Vejo a mocidade
No bar da Sol

Clima de Tanquinho
Faça-me o favor
Uma cerveja
Tá muito calor

Cachaça da boa
Flor de girassol
Tô rindo à toa
Carne-de-sol

Mais um freguês
Chama um torresmo
Quem foi que fez?
Fui eu mesmo

A tarde tá linda
Tem pôr-do-sol
Música boa
Canta o rouxinol

Que vida boa
Doce igual mel
Prá matar fome
Sarapatel

Na TV futebol
Ouvi um grito
Gol do Bahia!
Era Marisol
Saiu o peixe frito

Conselhos

⁠Se está fraco
Chá de cravo
Gengibre e guaco

Se está quebrado
Pega um dim dim
Emprestado

Se está com sorte
Pode até dar um beijo
Na morte

Se está empolgado
Cuidado
Pode ser enganado

Se está feliz
Chá de erva-doce
Jujuba de anis

Se está ferido
Palavras de
Um amigo querido

Se está com ódio
Nunca vai
Subir ao pódio

Se está rico
Não precisa
Fazer bico

Se está ansioso
Organização
Remédio precioso

Se está triste
Relaxa, sem problema
Nada existe

⁠A vida tem sabores
Um dia agridoce
Não é para amadores

Frutado como a amizade
Ácido como a sátira
Salgado como a verdade

Picante como a paixão
Travoso como a vingança
Aromático como a sedução

Frisante como a vaidade
Doce como a mentira
Amargo como a ansiedade

Fermentado como a temperança
Azedo como a traição
Refrescante como a esperança

Tempestade noite adentro
Bambuzal descabelado ao vento
Saracura em seu lamento
Você em meu pensamento

Inserida por Jfasina

⁠É tudo sobre nós
Palavras atrozes
É o timbre da voz
Quebrador de nozes

Fluxo em direção à foz
Pensamentos albatrozes
Floresceu o pé-de-noz
Soma das vozes

Veleiro a oito nós
Falésias porta-vozes
Mar alto a sós
Rajadas velozes

Elevemo-nos a vós
Guardiões ferozes
Eternos igapós
Anjos virtuoses

⁠Os gratos se contentam com o que têm. Os invejosos, eles que se contentem com o que não têm.

⁠Eu tenho tempo
Para pensar
Pra decidir
O que levar
Para onde ir

Inserida por Jfasina

⁠Toda história tem
pelo menos dois lados
no mínimo duas versões

Toda história possui
pelo menos uma mentira
no máximo uma verdade

Toda história é construída
na coragem dos amantes
na covardia da guerra

Toda história é calcada
no medo dos guerreiros
na virtude da paz

A verdade não tem lado
a guerra é prisioneira da paixão
a mentira nem tem fronte
a paz é liberta pela razão

Inserida por Jfasina

⁠Tidão Fassina

Casinha de fazenda
Samambaia da colina
Nasce uma lenda
Vem à luz Tide Fassina

Era tempo dos bondes
Tide é apelido
Seu nome é Aristides
Ele já nasceu sabido

Descendente de italiano
Trabalho o ano inteiro
Vivenda novo plano
Cambiou Sítio Barreiro

Tinha um pé-de-paina
Prás bandas de Itatiba
Caboclo da Bocaina
Sombra da copaíba

Na lida era perfeito
Já tocava a carroça
Serviço malfeito
Levava uma coça

Preste atenção
Galo canta de manhã
Quantos Fassina são?
Seis irmãos e uma irmã

Saiba a verdade
Aristides Fassina
Aos dezessete de idade
Acordava três da matina

Tapete de geada
Cavalo tá selado
Tocava a boiada
Passo troteado

Amansador de burro bravo
O bornal leva a marmita
Comia mel de favo
O bondão era a cabrita

Para boi de corte
Faca de açougueiro
Novilha de porte
Munheca de leiteiro

Seu pai era João
Antonia mãe amada
Um sítio um casarão
Sousas virou morada

Havia muita fartura
Chapéu de boiadeiro
Cavalgava com bravura
Cabras Fazenda Jambeiro

Um homem se formou
Beleza singular
Rachel se apaixonou
Conduziu-a ao altar

Duas meninas dois meninos
Novo lar paternidade
Um pomar um pé-de-nozes
Prestígio na comunidade

Encerrou uma empreitada
Floreou a incerteza
Avistou grande jornada
A dor tem sua beleza

A vida é bailarina
O destino ninguém dita
Benvindos Rafael e Carolina
Casou-se com Rita

Vai longe essa história
Em vários casos é contada
Muita luta e muita glória
Mas não está acabada

Ói qui senhor freguês!
Quer saber mais do Tidão?
Perguntem a ele é sua vez
Porque eu não conto não

Inserida por Jfasina