João Carvalho
Os “bandidos” e “mocinhos” que nos rodeiam
O mais interessante no jornalismo é ver como as pessoas têm duplos valores. Exemplo: Quando alguém é acusado pela polícia de um crime bárbaro quem não o conhece defende punição, prisão, cassação e até pena de morte. Quando é um parente ou amigo o acusado é imediatamente transformado em um santo. Aí a linguagem muda: É legítima defesa, preservação da imagem, presunção de inocência e invasão de privacidade. A Polícia e o Ministério Público, que no caso de um desconhecido são apontados como heróis, passam a ser tratados como marginais, perseguidores, repressores e irresponsáveis. Como diz o ditado popular pimenta no cú dos outros é refresco, mas nos dos amigos e parentes é pimenta mesmo.
Pra mim, pimenta e refresco estão sempre juntos, mas a gente sempre gosta de puxar pra o nosso lado.
"O capitalismo falhou, falha e falhará em cada uma das sociedades aonde ele colocar os seus tentáculos que se baseiam na expropriação e na exploração do homem pelo homem. É isso que nós combatemos!"
O mal maior
As vezes tudo que precisamos é entender as pessoas. Não importa se concordamos ou não com suas idéias, mas se conseguimos escutá-las, dar-lhes um momento de atenção e o mais importante: Verdadeiramente, tentar compreendê-las, sem julgamentos ou conceitos pré-formados, sendo este o mal maior e o princípio da geração de todas as espécies de intolerância.