Joane H. Maggioni
“Não sei se foi o inverno, ou qualquer outra coisa,
mas, prefiro acreditar que foi mesmo o frio de um minuano inverno.
No inverno eu te amei e hoje, novamente no inverno, eu te amo.
Foi no frio que te conheci, e no frio hoje te conheço de novo.”
... quanto a anunciação!
Só Deus pode perdoar o que sou, pois só ele sabe do que me fez e para o quê.
Que culpa tenho eu? Só eu sei e, além de mim, só O Dono de toda a Criação saberá!
[...do início]
...eu queria o seu bem, e em resposta ele me odiava. Contundida, eu me tornava o seu demônio e seu tormento! E sem saber que eu obedecia a velhas tradições, mas, em diferença, com uma sabedoria com que os ruins já nascem. Tornara-se um prazer terrível o de não deixa-lo em paz.
... é que me comoviam seus ombros contraídos e tudo o que em mim não prestava ia se tornando o meu tesouro.
[...da mudança]
Tentei sorrir, sentindo que meu sangue sumia do rosto... por um instante eu vi com aterrorizado fascínio o mundo!
...mesmo agora ainda não sei o que vi, só que para sempre e em um segundo eu vi!
...o que quer que eu tenha entendido dessa visão, eu nunca saberei o que entendi...
Num choque de interesses ele me anunciara!
... logo em mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera a missão de arrancar a farpa de um sonho inflamando?
...e me permitiu que eu o fizesse enfim sorrir!
[...do resultado]
...a necessidade de acreditar na minha bondade futura faz com que eu venere os desiludidos e os grandes... eu faço a minha imagem, mas uma imagem de mim purificada pela penitência do crescimento, enfim, minha imagem metamórfica liberta minha alma suja de menina.
[...do final]
...esse é o extremo!