Joana Angélica
A religiosa Joana Angélica de Jesus nasceu em Salvador, Bahia, no dia 12 de dezembro de 1761. Filha de uma abastada família da capital baiana recebeu uma esmerada educação. Em maio de 1782, com 20 anos, entrou para o convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa.
Depois de cumprir o ano obrigatório do noviciado, em 18 de maio de 1783 se tornou “Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição”, com o nome de Joana Angélica de Jesus. A madre Joana Angélica exerceu várias funções dentro do convento. Era muito estimada por todos da cidade baiana, por sua dignidade, suas qualidades e seus conhecimentos. As irmãs estavam voltadas porá a oração e pediam a intervenção de Nossa Senhora nas causas da Pátria.
Depois do retorno de D. João VI a Portugal, em abril de 1821, e com a atribuição da regência a D. Pedro, as cortes constitucionais portuguesas exigiram também a partida de D. Pedro com a pretensão de recolonizar o país. As notícias repercutiram como uma declaração de guerra, provocando grande tumulto e manifestações de desagrado.
No dia 31 de janeiro de 1822, uma nova Junta de Portugal foi eleita e no dia 11 de fevereiro chegou da Europa a notícia da nomeação do general lusitano Inácio Luiz Madeira de Mello, para comandante das Armas da Província.
Em um ofício, o General Madeira ordena o ataque às casas particulares e até ao convento das freiras da Lapa. No dia 19 de fevereiro de 1822, os soldados portugueses invadiram o Convento da Lapa e a golpes de machado derrubaram as portas e mataram na porta da clausura a Abadessa Soror Joana Angélica de Jesus.