Jmachado

Encontrados 7 pensamentos de Jmachado

A percepção vai embora
Fica a ideia

⁠Sobre a inutilidade do ser

Inutilidade do ser é a perspectiva da existência de um motor perpétuo, onde você tende a acreditar que o motor precisa de uma potência, cuja força advém de si mesmo e que a maquinaria resiste ao tempo. O tempo em potência para morte mantém a expectativa de satisfação existencial, somado a invenção da satisfação de prazeres efêmeros. Em resumo mp+p-p-t= inutilidade

⁠A inutilidade só pode ser vista na obscuridade do pensamento, na luz do pensamento tudo que é pensando atravessa o otimismo ao destino. No obscuro o pensamento não está contaminado pela necessidade de transcendência, ali a ideia é pura sem contaminação do eu/cultura, este estado de pureza é capaz de ver o que se tem antes e depois do ser. O ser vai tentar sair deste estado/lugar, ao deslocar-se sente o movimento de vida, mas é surpreendido pela finitude do ser que não tem alternativa ante à morte a não ser investir nas vicissitudes pulsionais, nisso o enredo está criado, a história está feita e construída no arquétipo/psicogenético. Nisso a será replicado, ensinado, testado, confirmado por alguma autoridade/potência que propagará a utilidade do ser enquanto o ser descobre ser inútil em si mesmo, ao menos aos que vem do malogrado e obscuro lugar. Obscuro não por falta de luz, mas por desistir e insistir em dar luz as ideias.

⁠No pensamento de heidegger, o ser ontológico só pode ser pensado apartir do ser ôntico ( ente) interessante entender que ambos coexistem um para outro, existe um ente para existir o daisen, logo a morte do ente torna o ser-aí possível de originalidade, esse ser para morte não dá margem para o fim. Fica em nós a coragem de saber que a trajetória do ser é trajetória para morte, ainda é além da existência, o ser já não é mais só existência que precede a essência mas a própria essência. O rigor do pensamento quer que a palavra nomeia a daisen para existência, que apresente o ontológico ao ôntico, deixando apenas essa herança como traço daquilo que se revela, firmando um Deus-daisen pela percepção do ente, que desconfia de si mesmo perante o ser-aí. Por quê?
Porque o ente não sabe morrer, não é poeticamente, não é mortificavel, logo finito.

Onde está Deus?
⁠É uma pergunta só minha não pode ser sua, é sobre a minha relação com a questão, com a questão minha com Deus. Esse pode ser uma equação universal, mas não é. A mesma pergunta feita por você será feita por você a partir de você e todos as questões tuas com Deus. Então nunca haverá duas perguntas do mesmo questionador, essa questão é minha com minha capacidade de imanência com Ele. E Dele comigo.

Para saber onde Deus está, eu preciso morrer.
Toda completude da vida está na morte, a morte resolve a questão da vida, nela ( morte) a finitude se expande, a deisen é objetivado para esse fim, não um fim de acabar, extinguir, não a ser-aí não tem fim. Não há das coisas, mas a evolução delas, para outro estado, para outro nível, lugar, plano, etc. Escolha!
No fim não há fim, a natureza o universo se apresenta assim, além do que se consegue ver, veja pelos teus olhos até onde alcançar, depois caminhe, voe, faça lentes, telescópios e continue até o tal fim que buscas. É isso, não tem fim, as coisas não se acabam, não somem para o nada, pois o -nada- essa expressão para nomear o vazio ou sinônimos, não é possível. O nada, o vazio não é possível, é impossível o nada, logo tudo torna a existir dentro deste suposto vazio.
Mas onde está Deus?

⁠Deus está acima do pensamento, Ele permeia o pensamento Ele é o pensamento, enquanto criava todas as coisas coexistia com a ideia, não era a luz da ideia o pensamento, o pensamento não para, a dinâmica é sempre bruta e vai escapando, deslocando para dar continuidade a tudo que segue sua urgente lei, - equilibrar- funcionar. A disparidade é vertente entre Deus e o ser-aí, eles não podem ser o mesmo a comunhão está no supremo que investe em si mesmo do ser-aí. O ser ôntico não participa dessa fluência do ser-ai Deus. Subtraindo o pensamento esse ente fica parte cativante do motor-ai da daisen. Quando a soma elegantemente baila para o Deus-ai, a potência do ser se completa, se conclui, se volta, volta a o estado animado é original do ser que era para morte e somente para morte pode ser.

O meu amor por ti é lei
É transgressão não amar-te
Você me solta e volto
Para lei do amor
Circundo minha esfera maior
E temos a dinâmica perfeita