Jihad Velasco Traya
FOTOGRAFIAS
Fotografias incolores me fascinam,
A fazer novos versos elas me inspiram,
Dão-me todo um bem estar,
Mostram-me que o tempo sempre irá passar.
Nelas vejo que a vida é feita de lembranças,
Ontem éramos apenas crianças,
Hoje somos sinônimos de esperança.
Colônia independente? De Portugal sim... Mas atualmente somos um território Norte Americano dentro da América do Sul.
O CHORO DE IEMANJÁ
Iemanjá andava infeliz,
Feliz? Já nem lembrava-se desta sensação,
Algo perturbava seu coração.
Certo dia
Iemanjá leu minha poesia,
Porém fingiu que não entendia,
Que não sentia,
Mas eu sei que entendeu.
Instantes depois ela começou a chorar,
Sete dias sem parar,
E assim formou-se o mar.
ESCREVER
Minhas mãos já calejadas
Continuam a escrever,
A descrever,
A crer,
A ver.
Ontem eu escrevia,
Hoje escrevo,
Amanhã escreverei,
O motivo disso eu nem sei,
Mas como alguém já citou no passado:
“Só sei que nada sei”
SEU ROSTO
O seu rosto é iluminado
Pela tela do cinema,
Reparo em seus olhos
E vejo que tudo está valendo a pena.
Nos seus delicados traços
Prendo-me mais em seus laços,
Tudo isso vem desde março,
Mas não me enjoei do seu abraço.
O sorriso mais encantador,
Que encanta até a dor,
Que mostra-me o amor.
E eu não paro de olhar-te,
De amar-te,
De admirar-te.
Tudo é tão bom ao seu lado,
Que até uma poesia chata
Vira o alvo principal
De um holofote iluminado.