Jiddu
Para se descobrir os segredos entre a morte e a vida, é necessário compreender o motivo pelo qual as pessoas morrem.
E claro, alguém que descobrisse a eternidade, descobriria para si próprio, pelas razões descritas a cima.
As pessoas simplesmente aceitam a morte e elas precisam morrer mesmo, não estão preparadas para viver eternamente.
Não aceitar a morte é passar a vida estudando genética. Mas isso não seria perda de tempo?
Não...
Isso é um fato. Para viver se deve morrer todos os dias para todas as acumulações que você adquiriu ao longo do dia. Terminar todos os dias morrendo, de forma que a mente está fresca todos os dias, está nova a cada manhã..
A morte é ordem perfeita, porque ela é o termino da desordem. Portanto deve existir o termino da desordem no meu viver...
O que se teme é a acumulação psicológica no relacionamento de toda forma. O corpo é importante, gostar dele, cuidar dele, mas quando morrer enterra-lo
A questão é: como desprezar a Autoridade interna? Que nos foi transmitida em forma de valores,enquanto comiamos à mesa ou quando iamos dormir.Como livrar-se de conceitos tão arraigados,mesmo admitindo conscientimente que esses valores são apenas imagens e falacias,com o intuito exclusivo de dominação e domesticação.
E quando você se liberta da dependência, você passa a ser livre, você passa a ser só, pois não depende de nada e isso o torna todo um, você passa a fazer parte de tudo, você é tudo, independente de tempo e espaço, pois tempo e espaço não existem. Mas este não é um conceito individualista, ao contrário, pois você finalmente se integrou à tudo e tudo é você. No dia que entendermos isso, enfim, estaremos diante do amor universal.
Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo (…) Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação
Porque não há coisa encoberta, que não haja de ser manifestada; nem escondida, que não haja de saber-se e fazer-se pública. (Lucas, VIII: 16-17).
Livre-se de todos os seus condicionamentos religiosos e da necessidade de lideranças, representantes e ídolos.
Exemplo: ao procurar uma casa pra morar. Até aí, tudo ok.
Mas, depois, vem a praga da comparação pra estragar tudo.
Quando a gente viu 2 ou 3 casas de que gostou, começa:
- Aquela do jardim bem cuidado é enorme, mas tem menos vista que aquela com varanda no andar de cima. Já a casinha de chácara é uma graça, mas fica muito longe do trabalho. Nesse ponto, a casa do jardim é ideal e blá, blá....
Com coisas já é ruim. Imagina quando se começa a comparar gente com gente.
Aí surge o lado feio da sociedade.
Somos o que somos: únicos, incomparáveis.
O observador, que está condicionado, vivencia a realidade que não é condicionada e isto gera conflito
A busca interior é o caminho, a solução. Não existe outra coisa a fazer nesse mundo senão retornar ao Pai, na sua pura essência
Falamos da vida — e não de ideias, de teorias, de práticas ou de técnicas. Falamos para que olhe esta vida total, que é também a sua vida, para que lhe dê atenção. Isso significa que não pode desperdiçá-la. Tem pouquíssimo tempo para viver, talvez dez, talvez cinquenta anos. Não perca esse tempo. Olhe a sua vida, dê tudo para a compreender.