jessicalopesreal
Em silêncio, meu coração suspira, Um amor impossível, que não se tira. No espaço entre nós, um abismo se faz, Mas te amar secretamente é minha paz.
Pode-se negar, resistir, até mesmo lutar, Contra o amor que nos tenta aprisionar, Mas no silêncio da noite, no olhar a brilhar, Ainda existe a chance de se entregar.
Um amor impossível, mas intenso e forte, No silêncio da alma, ele bate à porta. Nas estrelas distantes, encontro teu olhar, Mesmo sendo impossível, contigo quero estar.
Um coração que não ama, solitário e frio, em sua caverna escura, esconde-se vazio. Sussurra apenas eco, sem paixão ou calor.
Um coração sem amor, como um vaso vazio, perde-se na escuridão, sem rumo, sem guia. Um silêncio profundo, onde não há paixão, nele não floresce a doce emoção.
As batidas são frias, sem calor ou chama, não há suspiros, não há quem reclame. Um coração sem amor é como uma noite sem lua, um vazio profundo, uma triste desventura.
Mas ainda há esperança, mesmo nesse tormento, que um dia esse coração encontre o alento. Que o amor floresça, a brilhar, E transforme esse coração, fazendo-o amar.
Mas quem sabe um dia, em algum momento, esse coração encontre seu alento. E descobrir que o amor, mesmo após tanto tempo, pode aquecer sua alma, como um sol no firmamento.
Teu cheiro marcante, de ontem à noite, na minha memória permanece, um perfume que me embriaga, que me aquece. Cada vez que fecho os olhos, é como se você estivesse aqui, tão perto que consigo te sentir.
Ela era como uma estrela-cadente, uma luz efêmera que brilhava intensamente, mas que, assim como as estrelas, estava fora do alcance de qualquer mortal. Ele, por sua vez, era um sonhador incurável, cujos sonhos frequentemente o levavam a acreditar em milagres. No instante em que seus olhares se recuperaram, algo mágico aconteceu. O mundo à volta deles parecia desaparecer, como se estivessem imersos em um universo paralelo, onde todas as impossibilidades se tornassem possíveis. Eles conversaram como se o tempo não tivesse significado, compartilhando risos, histórias e até mesmo segredos que jamais haviam sido revelados.
Mas, à medida que a noite avançava e as primeiras luzes do amanhecer se insinuavam no horizonte, uma cruel realidade começou a se fazer presente. Tinham compromissos, responsabilidades e destinos que os aguardavam, separados por oceanos de diferenças. E assim, o desejo que brotou naquela noite mágica se tornou um dilema doloroso. Eles sabiam que, no mundo real, suas vidas eram como constelações distantes, nunca destinadas a se tocar. Despediram-se sob o céu que testemunhara seu encontro, com corações pesados e a promessa silenciosa de que aquele momento precioso seria guardado para sempre em suas almas.
A mulher da água era a personificação da serenidade e da fluidez. Ela vivia nas profundezas de um lago cristalino, onde sua pele reluzia como pérolas e seus cabelos ondulavam como as correntes suaves. Seus olhos tinham o brilho das águas tranquilas, e sua voz era como o suave murmúrio de um riacho.
Por outro lado, o homem do ar era a encarnação da liberdade e da imprevisibilidade. Ele viajava pelos céus com as asas invisíveis do vento, dançando entre as nuvens e sussurrando segredos aos pássaros. Seus olhos brilhavam com a vastidão do céu aberto, e sua voz era como o vento que sussurrava nos galhos das árvores.
O encontro entre a mulher da água e o homem do ar ocorreu numa tarde em que o sol beijava o lago e uma brisa suave balançava as folhas das árvores. Ela emergiu das profundezas, enquanto ele desceu das alturas. Seus olhares se cruzaram no exato momento em que uma gota d'água encontrou uma pluma no ar, criando um arco-íris efêmero que os uniu.
A partir desse instante, eles souberam que estavam destinados mutualmente, apesar dos elementos que os separavam. O amor entre a mulher da água e o homem do ar era como uma dança entre a leveza do vento e a profundidade do oceano, uma conexão que transcendia os limites da física e da natureza.
No entanto, o desafio que enfrentavam era imenso. Para se encontrarem, precisavam aprender a equilibrar seus mundos opostos, a encontrar um lugar onde a água e o ar se entrelaçassem harmoniosamente. Juntos, exploraram as margens do lago e os céus abertos, criando um refúgio onde podiam compartilhar seu amor proibido.