Jéssica Doni
Ironia mesmo é gente falsa dizendo que você é falso. Destilando seus venenos por aí e fazendo sua uma fama que deveria ser toda dela.
A saudade dói pra quem parte, mas como ela castiga quem fica. O quarto vazio, o silêncio que grita, o cheiro que impregna cada canto. Doença maldita, antídoto você.
Mesmo no abandono do meu canto só, você se faz presença e calmaria. E no silêncio da noite que cai, seu sorriso em minha mente é poesia.
Eu te amo no clarão do dia limpo e na brisa da noite sossegada,
na simplicidade de como o sol invade meu quarto,
e de como a chuva alegre dança sobre o meu teto.
Amo na intensidade que posso sentir o cheiro das cores,
Amo que nem sei o vocabulário correto,
é mais que carinho,
mais que afeto.
Eu só queria saber por mais quanto tempo vai chover aqui dentro de mim ainda. Quantos dias tendo pesadelos dormindo e acordada, suplicando que tudo isso só fosse um sonho ruim. E que você ainda fosse minha, e que os planos ainda fossem nossos.
Eu gosto de gente simples, sabe? Eu gosto de gente que não tem vergonha de rir andando sozinho se lembrou de algo engraçado, mesmo que o achem maluco. Eu gosto de gente verdadeira, que não forjam sentimentos, que transbordam. Que sentem ciumes, que emburram, e que desfaz o bico se recebe um dengo. Eu gosto de gente que ri de si mesmo quando fala alguma coisa incrivelmente errada. Eu gosto de gente simples, que se dispersa vendo onde aquela formiguinha vai carregando seu grão. De gente que tropeça e sai correndo, fingindo que estava brincando. Gosto de gente meio estranha, que olha dos dois lados pra atravessar a rua, mesmo sabendo que ela é de uma mão só. Eu gosto de gente natural, de cabelo bagunçado, de cara de sono, de sorriso largo, de coração grande. Eu gosto de gente.