Jeffrey Tucker
Quando consumidores somos mestres do universo,quando cidadãos perante autoridade governamentais somos cordeirinhos dóceis e obedientes.
A verdadeira batalha não é entre direita e esquerda, mas entre liberdade e poder. Jamais podemos perder de vista esse ponto central, e jamais podemos nos dar ao luxo de interromper a luta em prol de um mundo genuinamente livre.
A liberdade não é a consequência da homogeneidade. Ela é a solução para o aparente problema da heterogeneidade. A maneira como a liberdade reconcilia as diferenças entre as pessoas é exatamente a fonte de sua grande magia.
Não existe uma raça pura, nenhuma religião verdadeiramente ortodoxa, nenhuma linguagem sem variação ou incorporação de estrangeirismos, nenhuma unidade suprema entre duas pessoas em termos de pensamento, palavra ou ação. Ninguém age ou pensa como um grupo ou um coletivo. O mundo social sempre será uma constelação de diferenças.
A postura mental de que a homogeneidade é uma condição necessária leva a uma série de estranhas obsessões sobre conflitos intermináveis na sociedade. Você começa a exagerá-los em sua mente. Parece que você está cercado por uma infinidade de guerras insolúveis. Há uma guerra entre negros e brancos, homens e mulheres, gays e héteros, cristianismo e islamismo, pessoas com e sem deficiência, 'nosso país' versus 'o país deles', e assim por diante. Esta é a mentalidade típica que une a extrema-esquerda e a direita nacionalista.
Político é especialista em uma coisa, e uma coisa só: tentar se eleger. Para isso, eles se tornam peritos em repetir chavões e frases de efeito que têm apelo aos eleitores que formam sua base eleitoral. Uma vez eleitos, eles se especializam em tentar ser reeleitos. Quando não estão ocupados com isso, criam legislações e regulações.
Existem duas ameaças à liberdade, uma vinda da esquerda e outra da direita. Ambas são autoritárias. Ambas imaginam que a sociedade não consegue funcionar por conta própria porque existem conflitos que requerem luta. Ambas são ideologias de violência.
Algumas das tiranias mais bem sucedidas do século 20 surgiram em oposição ao comunismo e acabaram revelando-se tão perigosas quanto aquilo ao qual se opunham.
Eles falam em família, religião, nação e até mesmo propriedade, mas não no interesse da liberdade, e sim como um discurso político que visa conquistar a classe média. Podem criticar a tomada da mídia e da academia pela esquerda, mas seu interesse não é permitir liberdade pessoal e econômica máxima, e sim restringir as duas coisas a serviço da nação, do Estado, do sangue, solo, trono e altar.