Jean Barroso
Naufraguei no meu próprio oceano
e o meu barco eu não pude mais carregar
Sem farol para me alcançar
Nadei sem rumo em uma imensidão azul
Fui distante até uma ilhazinha
E lá não tinha nada para fazer
Busquei alimento, e sem comer
Pensei na morte como uma solução.
Sonhava ainda com aquele pão
O pão quentinho do meio-dia
Carecia eu das alegrias
De uma fútil vida afortunada
E percebi que já era hora
De me levar de volta a maresia
Levantei um barco grande, fiz questão
E naveguei eu, meu rumo e aquele pão.
Ai cérebro meu.
Porque você é tão idiota.
Decida, não é assim que se vive a vida
Vá aprendendo com as suas feridas
E depois me ensine como é.
Eu me embriaguei do teu sorriso
Você me vomitou os teus anseios
E a ressaca do teu beijo
Doeu forte em cada nervo
e foi na dor que eu tive a prova
de que teu álcool queima sem faíscas
de que meu fígado metaboliza todas feridas e
de que as dores são passageiras
de um ônibus que não anda mais
de ti, um simples corote de 3 reais
Eu queria saber definir a tristeza e diria que
seria como um papel rasgado, amassado, depois reciclado,
mas é simples demais.
Cientificamente falando, estava nos planos:
o cérebro é incapaz de produzir serotonina o tempo todo
e por isso o nosso desconforto
com esse leve e traz que a vida traz
Porém queria eu saber definir a tristeza,
pergunto se seria como dançar a noite inteira,
chegar em casa, e não ter o que jantar.
Escuridão de paz, tento eu lembrar das dores que a tristeza haz
e não faz sentido no meu universo casual
Complexo sem nexo, tristeza é um sentimento da maldade
o primeiro choro de saudade, o luto daquela amizade
o roubo da conquista, talvez seja como escrever uma poesia
sem serotonina, e sempre sendo simples demais.
Felicidade é comprar o pão de manha cedo
e depois fazer o café
cair na gargalhada, sem desespero
esperar da vida o que ela é.
um furacão de ventos fracos
um leito com achocolatado
um beijo e um cafuné
dormir de creme, aconchegado
ver um filme daquele lado
e sentir que esta tudo errado
mas esperar que amanhã
tenha pelo menos outro pão com café.
As líricas objetivas não me entendem
Sera que poderia o poeta da razão
cantar sobre perdão
e falar sobre como o doi o amor?
Superar é entender que a emoção não faz sentido
É entender que o pão não vai estar quentinho assim que você chegar na padaria
É entender que você estava com o tênis errado para este dia chuva
É saber que nem tudo é como se espera
se supera.
Que floresça entre nós
A semente da esperança
Que amanhã teremos momentos melhores
e de olhar aos nossos redores
e não de não mais medo.
Medo dos nossos dilemas
Em falar nossas verdades
De respeitar as nossas diferenças
De tentar ler outros poemas
De poetas que nunca escreveram
Talvez colheremos aí esse flor
Façamos um poema ou talvez um buquê
e entregaremos para aquele que não entenderam que
Floresça entre nós
A semente da esperança
Você foi meu ego
Revelou meu inconsciente
A fera, o ser ardente que habita em mim
Trouxe a tona o evidente
O sentimento mais que obvio
Carnal, fugaz, em paz, meu ódio
Catarses minha, luz nossa, mas
O coração é teu, tu, ópio meu.
Se somos grandes nos fazemos pequenos para nos encaixar. Se somos pequenos fazemos os grandes serem igual a nós. Não suportamos diferenças. Queremos igualdade em um mundo que é naturalmente desigual.
Quem dera Drummond ter me escutado
O nosso coração é sim maior que todo esse mundo
muito maior que todo esse universo
A diferença é como nós tratamos os sentimentos
amamos as nossa diferenças
cantamos poemas
que contam, que cantam e que confessam
amar de mais não explode corações
apenas cria versos.
Amei e fui amado
Cantei os mares dotados
de rios não tão grandes quanto o nosso amor
e lá vivi encantos
doce beijos santos
entres luzes que se apagam
em doce lembranças
nós amaríamos sermos amados, mas não podemos
Superar (verbo)
é entender que a emoção não faz sentido.
é entender que o pão não vai estar quentinho.
é entender que o tênis branco em dia de chuva era problema.
é saber que nem tudo é como se espera, dilema.
Viajei em todos os universos e em nenhum deles eu te encontrei.
Creio que seja assim que funciona: a estrela cadente passa e se não a percebemos nessa pode ser que nunca mais a veremos.
Descobri no teu abraço
a vivacidade daquele enlaço
que me acolhe
que me encolhe
que me colhe
e que a colheita não são flores, mas um alimentos que me nutre por inteiro
tras o aconchego
a vontade de serestar.
Sou fruto covarde de uma poesia morta
de uma árvores que joga os filhos fora
de uma semente que não brota
e de uma verdade que não tem fim
sou covarde, mas sou poeta
e aqui estou sem frutos, mas alerta
com flores brotando sem nenhum jardim
Eu perdi o seu amor
mas eu jamais vou te perder
uma história não se apaga em apenas querer
e nenhuma verdade se torna mentira
simplesmente porque eu quero
Eu perdi o seu amor
me perdi,
mas eu jamais vou te perder.
E então eu me verifiquei.
Era então influência.
Chequei tudo
e eu realmente influencia
muitos me ouviam
muitos mesmo.
e tudo fez sentido.
eU CAI NA DEGRAÇA DE SER UM MERO CONTADOR
contador de his´toria, sem moda, sem nada
denusdo por inteiro, e com medo, com medo
que iam achar
pq eu pensava eu que história era melodia de uma musica sem fim
e tu foi minha partitura, eu fui minha partitura, nós somos uma linda canção
minha boa, raiz das palvras, meu coração, raiz de nosso medo
cai desgraça de ser um mero contador
e eu conto, o encanto, de todos os cantos que eu ja cantei
e ali te mostro
que luz é vida
que bondade é apenas o segredo da vida
que a beleza de história bonita
é a apenas compor letras
fazer poemas
escrever dilemas
entrelinhas e linhas
da nossa vida
cai degraça de contar
de te canto,
nós cantamos
..
deleguei
deixei com que as pessoas pensassem por si só
e amei
amei que pensei em mim
somente em mim
por mim
fazer por mim
e depois amando quem tivesse que amar
mas primeiro eu tive que
me amar
Eu era eu
Eu deveria ser eu
sem máscaras
sendo eu
não me importando
com o que as pessoas iriam pensar
eu deveria ser eu
e cantar eu
e viver
sem pensar que eu são vilão
mas sou o heroi
o heroi da minha história
e calem a boca
eu nao importo
eu sou eu
Os ventos que te sopraram
foram os mesmos que me fizeram
sem barro,
trouxeram
as cinzas do meu corpo
e renasci.
O mundo se desgraça por cortar as próprias mãos e tampar os próprios olhos quando se é necessário sentir e ver a própria desgraça.