Jarleni Aguiar
Perdoe-me. Não me torture perguntando-me o porquê te beijei novamente, se não mais te amava. Mais uma vez te peço perdão, mas eu precisava saber o que eu realmente sentia, se tanto amor havia ido embora, te beijei em prova da certeza se deveria ficar ou ir, eu não queria me enganar, nos magoar numa relação que possivelmente não existia mais amor.
E foi ali, que percebi sem mais dúvidas, que não amava mais. De que adianta agora me perguntar por que, ou como. Entendo tua dor, mas não o espanto; sabes bem que foste tu que o matou, e por tanto tempo te pedi...
Aqui acabou. E só posso pedir perdão, mas também não tenho culpa se no momento em que tive certeza que não dava mais, você percebia também que muito mais me amava. Quantos desencontros. Por tanto tempo te quis assim, certo de que a mim queria pra sempre. E agora uma percepção simultânea, em um beijo casual, enquanto você gritava por mais uma chance e um recomeço, todos os meus sentidos queriam o fim. Acabou.
E todas as dores somem quando me lembro do teu rosto distraído, olhando pro nada ou pra mim; da tua boca me falando qualquer coisa; do teu olhar me insinuando bobagens; das tuas feições quando sorri; do beijinho roubado depois de uma briga. Dos teus abraços, o que acalma, afaga, e o que esquenta. É o melhor dengo, carinho , abuso , voz, cheiro! É o melhor de mim.
Fingir é conveniência para ganhos e alcances. Faz parte do universo, por isso, às vezes, sinto-me tão fora dele.
Não gosto de pessoas rasas. Se não sabe o que falar, cale-se e desista, sem tempo para levezas, se não veio com a intenção de ficar, nem pare. Retire-se!
A ociosidade entedia exaustivamente; agilidade é a palavra, essa sim revigora, estimula..., CORRA! Amo demasiadamente e ignoro na mesma intensidade. Por que minha educação não depende pra quem, mas meu sorriso sim!