Jarina Rodrigues
Não importa o tempo.
Não importa as imperfeições.
Não importa.
O que importa é o amor invisível, os laços que há e os momentos que desfrutamos.
A dor da perda
Como é difícil e aceitar tamanha dor. Uma coisa assim que chega sem avisar, sem tamanho, sem medida, sem forma, sem cor. DOR. Dor na alma. Vazio.
Perder o que não se teve. Esperanças acalentadas e agora desfeitas, os sonhos destruídos e a vontade de ser ficou à beira do caminho.
Me perco nas lágrimas, ao mesmo tempo minhas e de outros... sem conter, sem cessar. (Oh dor, me deixas!) A angústia de quem a sente é maior do que a vontade de quem acredita que tudo passa e tudo se resolve.
Mas vai passar.
É, vai passar.
Tudo passa.
Brinde a vida e tudo que nela há.
Brinde suas alegrias e tristezas,
suas conquistas e derrotas, seus amores e desamores.
Afinal de contas tudo é passageiro, efêmero.
Brinde a vida, assim como ela é.
Amar sem ter
O tempo está passando, e com ele os dias se vão rápido e sinto uma urgência de tê-los, de vê-los e tocá-los.
Nem sei se o tempo vai esperar por mim e me dar esse prazer, esse cuidar... esse amor.
Sonho, às vezes, com seus sorrisos, choros, manhas, gritinhos e tudo que vem com eles.
Imagino os traços físicos indefinidos e personalidades. Fico pensando como serão os primeiros sorrisos, as primeiras gargalhadas, as primeiras frases, o dia que vão engatinhar e caminhar pela primeira vez, que vão cair e ralar os joelhos...
O tempo está passando, e ele urge.
E vão ficando tudo na imaginação, até o dia em que Deus quiser me abençoar.
Os Netos no limbo(no sentido figurado).