Jamis Gomes Jr.

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A dor oculta

Ao assistir um filme que provavelmente era algum tipo de comédia/romântica – juro que não lembro-me. Havia um jovem que era ou desejava ser escritor e ele escrevia bem, mas faltava-lhe intensidade/sofrimento/dor em geral causada por amor, disse-lhe o professor. Tal coisa que ele, o jovem, ainda não havia experimentado. O que pensava eu ser um ato de imoralidade, não se chateiem comigo, mas ser escravo do amor parece algo doloroso! Perguntava-me: “Por quê buscarei a dor de algum amor rejeitado para escrever um bonito parágrafo?” isso não fazia sentido, mas esta pergunta apenas surgiu em minha mente, pois tenho uma mania peculiar – que acredito não ser o único – de procurar semelhanças entre os personagens dos filmes e eu. Após o professor dizer ao jovem o que faltava-lhe, essa pergunta surgiu. O que até então achava fielmente ser estupidez, mas com um tempo percebi que isto não é uma falácia. Pois, na real há de sofrer-se para conquistar algo desejado. Tudo que almejamos, se for de real valor – não digo só financeiramente, mas também sentimentalmente –, trará dor. Em algum momento iremos sofrer, mas não é em vão e sim por algo maior... nossa felicidade, nossa liberdade! Algumas das pessoas mais acarinhadas ou reconhecidas tiveram que sofrer para então escrever seus “textos” e ,assim, somos agraciados por obras memoráveis seja no esporte, literatura, música ou arte. Sendo assim, é possível perceber que dor esta interligada não apenas em fazer um bom texto, mas realizar um sonho, ser feliz, enfim, esta ligada a vida! Já dizia o exagerado Cazuza – que soube viver como ninguém – na época de Barão Vermelho em “Sorte e Azar”: “Tudo é questão de obedecer ao instinto que o coração ensina a ter, correr o risco, apostar num sonho de amor, o resto é sorte e azar”.

Lacradores da lacração

“Lacrou”, que é uma gíria popular recente usada por brasileiros, pode ser interpretada como “arrasou” ou “você disse tudo” e expressa bem qual é a “onda” hoje – ser o centro das atenções. A maioria quer ser o centro da atenção. Em um mundo onde a internet reina disparadamente desde sua ascensão os que não se importam perdem espaço, pois a propaganda/publicidade é o que importa hoje. Quem “lacra” aparece e o mesmo faz publicidade, não necessariamente nesta ordem, mas é um dos meios. Como dito antes “arrasou”, “você disse tudo”, entre outros, faz-se entender que todo esse mecanismo não vem de hoje, ou seja, “lacrar” é só mais um “update” dos demais modos de dizer “arrasou”, etc. Cada artista/figura pública, em suas respectivas áreas, tem ou teve uma maneira de fazê-lo. A diferença é que por vezes esta gíria é associada a uma maneira fútil de querer aparecer nos dias de hoje, diferentemente no passado onde era utilizada para especificar algo feito por um bem maior ou pelo menos expressar algo significativo/interessante. O ódio gratuito proporcionado pela internet é parte fundamental disso, mas não é necessário odiar a internet e muito menos a gíria, pois ela é só mais uma no vasto cardápio português coloquial. Portanto, não odeiem a “lacração”, apenas ignorem os usuários, pois com o tempo terão pensamentos laçados e ações lacradas.

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Por quê, futebol?

Hoje aconteceu algo não tão peculiar – o quê não deixa de ser triste – , Messi e Cristiano Ronaldo, dois dos maiores jogadores de futebol da história, foram eliminados nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2018 – no mesmo dia! Sem tempo nem pudor os deuses do futebol tiraram de ambos a oportunidade de seguir sonhando com, possivelmente, o título mais desejado ou então o quê os falta. Porém, futebol é assim. É amor e ódio. Amamos quando ganham ou escrevem lindas histórias dentro de campo e odiamos quando perdem. (Um ódio talvez mais voltado para a frustração/tristeza). Contudo, é na tristeza que aprendemos algo novo ou relembramos algo velho, algo importante, e hoje tanto Uruguai quanto França nos lembraram que o coletivo faz tanta diferença quanto o individual, pois essa foi a chave de ambas as vitórias. Sendo assim, vou-me indo, pois depois do ódio vem a dor e após este fatídico dia, dela estou cheio.
(Escrito em: 30/06/18).

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O dono da expansão

Ao assistir o filme "The founder" senti-me motivado para criar meu próprio negócio, apesar de não ser bem isso o quê acontece no discorrer do filme, porém é algo momentâneo. Como todo ser humano tem manias, eu as tenho e uma delas é me assemelhar com os personagens. Assim como ao assistir um filme de luta nos sentimos eufóricos e tentados a praticar um(a) esporte/luta, em filmes variados sinto emoções específicas. Assistir como o Ray Kroc expandiu a marca "McDonald's" me fez ficar em estado de utopia. Isto é, a maneira como ele conquistou o sonho não foi das melhores, porém permanece um feito e tanto. Um homem inclinado a conquistar o sonho americano custe o que custar e que embora os contras, há prós bem significativos. A derrota nunca foi um oponente páreo em sua vida, embora obtivesse diversas, e a "fome de poder" o sucumbiu a ponto de nem caber em si próprio, porém ele realizou o objetivo! Nunca desistiu apesar de inúmeros projetos fracassados e sempre alimentou sua mente com pensamentos positivos, pensamentos como este: "É fácil ter princípios quando se é rico. O valor está em ter princípios quando se é pobre." Portanto, o filme mostra, apesar das linhas tortas, que é preciso aproveitar os ingredientes da vida, digo oportunidades, e desistir não é uma opção - pelo menos não a ideal -, então, qual é o tamanho da sua fome?

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⁠ Maradona


Ao escutar a notícia de que Maradona havia falecido, não sei se fiquei revoltado ou triste – acho que foi um pouco dos dois (risos). A notícia veio no trabalho, de supetão. Digo isso, pois parecia que o pior já tinha passado. Tanto a cirurgia quanto a recuperação pareciam bem encaminhadas. - Peço até desculpas aos meus amigos de trabalho na época, pois minha reação foi surpreendente até para mim (risos). O ano de 2020 foi de muitos altos e baixos, porém aquela “baixa” nem eu e creio que muitos não esperavam. - Não conseguia aceitar que um ser humano que acabava de cumprir 60 anos falecesse por dois motivos: 1- Hoje há uma possibilidade maior para nós seres humanos vivermos bem mais do que 60 anos; 2- Era o Maradona!
Maradona dispensa introduções. Quem quer que queira escrever/falar sobre Maradona não precisa de introduções. É surreal como o nome Maradona fala por si. Duvidariam da capacidade de alguém com um nome deste calibre? Quando se pronuncia este nome, ecoa sua grandeza. Parece predestinado a suceder. O nome Maradona é originário do latim e significa aquele que vem do mar, isto é, o mar que no planeta terra, é vasto, abundante e necessário para a existência do nosso sistema natural. É um nome forte que soa grandioso/maravilhoso, quase improvável de não ser grande/conhecido. Remete ao tamanho dos nomes de alguns imperadores da Roma antiga.
Que por destino ou coincidência, foi onde anos depois já conhecida como Itália, Maradona teve seu auge máximo por 7 vistosos anos. Um verdadeiro império governado por Maradona em Nápoles. Sua história é tão estupenda que San Gennaro fica em segundo para muitos napolitanos. Período em que novamente por destino ou coincidência - entenda como quiser - Maradona teve o ápice de seu auge na copa de 86 no México onde Pelé também teve sua melhor performance em copas na de 70 com o famoso esquadrão. Dois dos maiores e melhores da história que causam debates eternos dando tudo de si no mesmo solo. Sorte a do México!
Maradona é talvez o personagem mais romântico do futebol! É impressionante como o personagem Maradona transborda romantismo. É algo totalmente transcendente. Os pontos são diversos. Pare e pense. O que normalmente se tem em um belo romance? Música, dança, momentos intensos/marcantes, erros, acertos, entre outros. Bom, Maradona tem todos eles e mais. Maradona é argentino, seu idioma materno é o espanhol - conhecido como um dos cinco idiomas mais belos/românticos do mundo (espanhol, português, francês, romeno e italiano) -, o tango, que é uma das danças mais “quentes”, é muito popular na Argentina. Maradona acertou como muitos e errou como poucos. Teve tantos momentos marcantes que não seria absurdo dizer que o próprio criou um nível particular. Em uma escala de intensidade, hoje, há o “nível Maradona”. Maradona sempre foi muito intenso em tudo o que fez, inclusive nos erros, porém seus defeitos humanizavam o personagem e tornavam-o ainda mais glorificado como um Deus e até religião – que tem mais devotos fiéis que em muitas outras.
Maradona é tão absurdo/bizarro que dizem que política, religião e futebol “não” se discutem, porém Maradona - e tinha que ser ele - o fez e sem pudor algum. El pibe de oro é Deus, Imperador de Nápoles, música, religião, irreverente, extravagante - tudo de mais, nunca de menos - tão surreal que chega a ser quase utópico, porém no fim provou que era humano acima de tudo como todos nós. Esse foi, é e sempre será o homem da mão de Deus, Diego Armando Maradona.

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⁠Sentimentos

Sentimentos. O que dizer de um substantivo com significado tão vasto? Uma única palavra carrega a felicidade, dor, bem-estar, tristeza, paixão, frustração, respeito, amor, entre outros. Há de fato uma gama de diversidades. Que apesar de diversos, não impedem de se interligarem. Não estou dizendo exatamente que os opostos se atraem, porém, por vezes, a diferença de um pode completar/equilibrar o outro. Até porque, ninguém consegue manter o nível de um sentimento qualquer que seja elevado para sempre. Sempre haverá um contraste, independente de sua duração, para equilibrar o sistema emocional. Também não estou dizendo exatamente que tudo em excesso faz mal, como diz o povo, porém não seria uma colocação totalmente errônea, pois imagine-se você feliz o tempo todo, rindo o tempo todo... coloque-se nesta situação com qualquer sentimento. Alguns são mais tentadores que outros, claro, porém a vida teria graça? A verdade é que com graça ou sem ela, independente dos seus objetivos, em algum momento esbarraremos nesses contrastes. Tudo tem um propósito. Cabe a nós indagar a tudo e a todos para eventualmente encontrarmos o porque das coisas. Como dito anteriormente, independente da duração, sempre haverá um contraste sentimental. Por mais que tentemos estar em um ambiente o mais harmônico possível, fazer terapia, viajar, etc., isso nos levará para algum contraste eventualmente. Seja pela perda de um ente querido, por uma viajem frustrante, ser demitido ou até mesmo no amor. O amor em si talvez seja o sentimento com mais contrastes dentre eles. Mas o que é o amor?

Para isso, é necessário que haja uma separação, pois existe a fundamental diferença entre amor e paixão. A paixão como já dizia muito bem Luís de Camões na primeira quadra e primeiro terceto de um dos seus célebres poemas: “Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade.”

– “É ter com quem nos mata, lealdade”. Essa é profundamente genial! -

Apesar de ter sido colocado como amor, científicamente falando, as estrofes acima são definições mais relacionadas a paixão. O amor muitas vezes é classificado em seu lugar, por ser, infundadamente considerado o mesmo ou por vezes pela palavra amor impactar mais que a paixão. A paixão em si é aquele fogo inicial que pode ser confundido com a atração, porém esta última é apenas desejo carnal/ de pegação. Pois bem, a paixão bloqueia sua consciência, parece tudo perfeito! Essa ilusão de perfeição criada pela paixão aliada ao fogo e desejo, nos torna impulsivos no sentido de querer sempre que possível estar próximo da tal pessoa. Sempre tomando as atitudes com essa finalidade. Estar mais próximo da pessoa desejada. Gerado dessa impulsão, algumas não só sentem a falta como pensam no futuro com elas ou até destino. Pois é. Consequentemente surgi os dilemas cruéis de toda paixão que podem ser partilhados com os amigos ou não na busca de uma solução. Quem nunca viu algo a priori que eventualmente tornou-se outra? Essas ilusões de perfeição paralelo aos dilemas trazem a tona a pior das sensações: ir do céu ao inferno. O contraste dos contrastes dos sentimentos que se aplica em praticamente todos eles. Um simples sorriso, uma simples conversa pode tornar o dia totalmente aprazível. Como um choro, um descontentamento por parte da pessoa pode fazer o dia ser péssimo, deprimente, pois no bom ou mau momento, tendemos a absorver, a tomar suas dores/reações. É como se estivesse em um loop de passado, presente e futuro. Onde o passado remete aos momentos bons ou ruins que já tiveram. O futuro, claro, que é a maior parte formada de fantasia. Já o presente, como o próprio nome diz, é um presente dos céus. É uma sensação de presença totalmente singular que não queremos que acabe. São tantas sensações... é como uma droga. O sorriso, os sons da risada, a voz, os trejeitos, gestos, boca, cabelos, troca de olhares... até os momentos de silêncio que na troca de assunto entre uma conversa e outra parecem infinitos, porém com um abrasamento que te levam a momentos de prazer e aflição ao mesmo tempo. Como disse Luis de Camões: “É um contentamento descontente”. É uma antítese do início ao fim - como no próprio poema de Camões -, onde os opostos/contrastes se atraem complexamente definindo esse sentimento como quase que metafísico.

Porém, tudo isso passa em semanas, meses ou em até 18 meses, de acordo com a ciência. E depois? O que acontece? A pós-paixão pode ser o perecer de todo aquele sentimento ou o começo de outro. O amor.

O amor é um sentimento singular, porém é confundido com a paixão, porque de fato ambos podem ter alguns aspectos similares. Este sentimento tão desejado e por vezes cruel na mesma medida é algo único, apesar de suas semelhanças com a paixão. Pois enquanto a paixão é fogo, desejo, ilusão de perfeição, impulsividade, dilemas, entre outros, o amor é aquele sentimento formado principalmente no respeito entre ambos. É aquele sentimento que gera empatia para com o outro. É um desejo genuíno de querer se colocar no lugar do outro e ajudá-lo. Por mais que não seja sempre possível, podendo ocorrer sensação de impotência/frustração, o indivíduo sempre está presente para ajudar como puder. Quando se ama, tendemos a querer cuidar do outro. Isto pode ser visto nitidamente em qualquer relação entre: pais e filhos, irmãos, primos, namoro, casamento, amizade e até com animal de estimação. Quem nunca ouviu “quem ama cuida”? Pois bem! Amar é cuidar, é ser parceiro, amigo de todas as horas – por mais que em determinadas horas necessitamos de determinados amigos, o amigo “não apropriado” estará lá se o solicitar. O amor também gera sacrifícios. Nos tendenciando a dar atenção as prioridades. Prioridades essas que não necessariamente devem ser sobre o relacionamento, porque, apesar de dois indivíduos estarem em um relacionamento, eles continuam indivíduos, porém indivíduos com algo em comum. No entanto, se um dos indivíduos prioriza algo que pode afetar o relacionamento negativamente, alguém está sendo egoísta. E isto não é amor. Como dito anteriormente, o amor gera sacrifícios, porém são bilaterais. Eventualmente, se houver amor na relação, cederemos bilateralmente.

E na busca pela definição do amor, Will Smith apresentou uma extraordinária perspectiva sobre o tema. De acordo com a sua perspectiva, nós não podemos fazer uma pessoa feliz, podemos sim fazê-la rir, dar gargalhada, se sentir bem, contudo, fazê-la feliz está profundamente e totalmente fora de nosso controle. Will ainda menciona que aprendeu com sua filha no dia a dia qual seria o paradigma do amor. Nomeado de flor do jardineiro. Pois, a relação que o jardineiro tem com a flor é de que o jardineiro quer que a flor seja o que ela foi feita/designada para ser, não o que o jardineiro quer que ela seja. Isto é, o desejo é que a flor floresça e se torne o que ela desejar se tornar. Que ela torne-se o que Deus designou para ela ser, consequentemente, não há a exigência da flor tornar-se o que o outro quer que ela seja por conta de seu próprio ego. Tudo além de todo o seu presente, amplamente aberto, dando e nutritindo esta flor dentro de sua grandeza, não é amor. Por fim, Will Smith entende que todos tem tempos difíceis, portanto, para ele, o amor é ajudar, é ter realmente devoção aos seus problemas/dificuldades, sendo comprometido em ajudar nas suas vidas, ajudando a sofrer menos, os ajudando a gerir suas mentes e emoções. É um desejo profundo para com os teus de que eles cresçam, floresçam e que se sintam bem em todo lugar. Quando se ama, o desejo é de que eles se sintam bem, feliz, que tenham sucesso na vida. O amor realmente exige que haja um profundo e interno entendimento de suas esperanças, sonhos, medos, necessidades e traumas. Amor é dar e partilhar nossos dons com o propósito de nutrir, empoderar e ajudá-los a criar suas maiores alegrias.

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⁠ As baldeações de Magé


Dizem que o saudosismo é algo triste, chato ou “coisa de gente velha”, porém nem sempre as coisas são como pensam. Digo isto, pois, muitos consideram estes sintomas derivados do tal saudosismo e talvez isso soe mais como uma nostalgia – o que não é exatamente igual, ambos podem se encontrar, contudo, não seguem sempre a mesma “linha”. Talvez a cidade de Magé possua uma conexão entre ambas as palavras e muitos já devem ter ouvido histórias sobre este local, no entanto, existe um aglomerado de pessoas neste município que não conhecem as grandezas dos distritos e caso conheça provavelmente ouviram dos familiares ou foram obrigados a estudar para um concurso público. (risos)

Pois bem, Magé já foi muito importante no Brasil e isto vem com muito pioneirismo da primeira estrada de ferro carinhosamente batizada de “A baronesa” cujo qual está conservada em Petrópolis – o que acho um absurdo, pois pertence à Magé, mas dizer o quê quando não se têm os mesmos recursos ou, infelizmente, governantes reais para fazê-lo. Havia a produção de cana de açúcar, mandioca, milho, café, pólvora, tecidos e rendas – a maioria teve seu valor tanto no país quanto na América do Sul! -, mas como pode-se ver, Magé já não é uma grande referência industrial e muito menos cidade turística. (Percebe a conexão entre saudosismo e nostalgia?) (risos)

Bom, sabe aquelas conversas entre família no final de semana que remetem ao passado? Já ouvi tantas que fui atrás da veracidade dos contos e Magé é tão turística quanto Petrópolis ou outra cidade da região. Houve um tempo não muito distante onde o Carnaval era tão popular que tinha desfile entre escolas de samba da região e estimava-se mais ou menos vinte mil pessoas por noite misturados entre expectadores e foliões! Isso sem contar os outros festivais, eventos e exposições que paravam ruas, no entanto, é inegável que Magé sempre teve seus altos e baixos – mesmo tendo fé, santos e o “anjo das pernas tortas” – porém, não vem fazendo um bom proveito das riquezas desse município e está mais em baixa do que em alta.

Embora ao falarmos sobre Magé, automaticamente, cria-se uma “baldeação” entre saudosismo e nostalgia, o município tem salvação e potêncial, consequentemente, não há a necessidade de se manter na nostalgia, pois, há tantos meios de reerguer a cidade... como: recuperação dos pontos históricos, construção de museus sobre a cidade e o Garrincha – por favor, há dê-se exaltá-lo, né? – e claro sem esquecer do básico!

Por vezes penso em como seria Magé a todo vapor, sabe? Uma cidade turística e industrial... Talvez, um dia, possamos ampliar essa “estrada” que chamamos de Magé e enfim sair das estações do saudosismo e nostalgia – especialmente a da nostalgia - fazendo a baldeação para uma nova estação que a torne uma cidade melhor.
Parabéns e viva Magé!!

#Magé453anos

06/06/2018.

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⁠A graça sem graça


Semana passada eu que vos fala estava a cumprir dezenove anos e queria escrever algo relacionado. No dia vinte – um dia antes do aniversário – eu levantei e fiquei pensativo, tomei meu café, senti seu aroma, tentei detalhar cada situação desse último dia com dezenove anos... peguei minhas fotos desde pequeno... li um pouco das crônicas imponentes do Bial e folhei algumas páginas de algum livro da Clarice Lispector - que por sinal é incrível – para me inspirar a escrever algo. No entanto, nada saiu. Fiquei frustrado por não conseguir, porém tinha que ir ao curso neste mesmo dia, então, deixei a minha frustração de lado e fui a caminho do curso.


Peguei um ônibus e sentei-me ao lado de uma pessoa cujo qual nunca havia visto, o que é tremendamente normal quando se usa o transporte público! - É engraçado, na verdade, é mais frustrante do que engraçado certas situações. - O que chamou-me a atenção é que aquela pessoa com quem eu sentara era um homem cego. Não sou preconceituoso/intolerante, porém sempre que vejo algum portador de necessidades especiais algo muda-me por um momento só não sei exatamente o que é... me pego reflexivo geralmente... O cara estava sozinho! Fiquei curioso para saber como ele se virava na rua, mas por medo de ser indelicado não perguntei. E é nesses momentos que comparo os meus problemas com os de pessoas guerreiras como aquela. Quantas vezes alguém deixou de fazer algo por achar que seria difícil? Provavelmente muitas. Vivemos em uma era tecnologicamente avançada e que entre muitas funções uma delas é facilitar nossas vidas, seja no trabalho, escola ou em qualquer outra área.


E isso é engraçado, pois por vezes, tanta tecnologia, tanto meio de facilitar tarefas fazem com que as pessoas ao invés de melhorarem elas desistam muito fácil. As vezes é preciso ter o olhar e o coração humano para entender que nem tudo é tão difícil como aparenta e olhar com outros olhos aquilo que você acha que não consegue. Talvez assim, eventualmente, encontremos alguma graça no final disso tudo.


30/10/2018.

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⁠Só a perfeição faz sentido


”Ser ou não ser, eis a questão”, talvez, essa famosa frase se encaixe com o dilema do perfeccionismo. Ser perfeito, até onde se sabe, é impossível, e as pessoas – e eu – insistem em buscar algo inalcançável como a perfeição que é algo que, talvez, nunca existiu ou não há neste tempo. Afinal, o que é perfeição/perfeito? É o nível mais alto numa escala de valores. Quando trata-se deste significado o que me vem em mente é o cartel de lutas perfeito - até agora - do pugilista Floyd Mayweather, apesar das controvérsias e desacordos.


No entanto, seguindo categoricamente o significado, a perfeição é algo em movimento, pois se moveu para chegar ao topo e com isso, se um chegou, outro também pode chegar, como em um “loop”, isto é, é algo volátil. Um bom exemplo no esporte são Carl Lewis e Usain Bolt. Muitos acreditavam que Carl Lewis com 19 ouros, 2 pratas e 2 bronzes de várias categorias seria insuperável, porém alguns anos depois apareceu Usain Bolt. Um jamaicano que conquistou tudo na sua categoria com 19* ouros, 2 pratas e 1 bronze, além de ser o detentor dos recordes de mais rápido nos 100m, 200m e 4x100m ele é considerado o mais rápido da história! Apesar de Carl Lewis ter vencido em mais categorias, - o que faz dele, possivelmente, mais completo que o Bolt – o americano precisou disputar outras categorias para chegar a esses números, o que não é demérito algum, enquanto Bolt em apenas 3 categorias tem números semelhantes ao de Lewis e podia superá-lo caso seu compatriota não fosse pego no exame de “doping” dos 4x100m em 2008. - É aquilo, como diz o povo, “se quer algo bem feito, faça você mesmo”. – Com isso a Jamaica perdeu a prova e Bolt seu vigésimo ouro.


Portanto, podemos analizar que a perfeição ainda não é algo concreto/tangível que possamos ver e ter certeza de que nada vai superar. É como um “loop” em que alguém atingi o pico, porém em questão de tempo, um sucessor aparecerá. Quem sabe quando surgirá um novo Bolt ou Floyd Mayweather? Pode ser você ou seu filho(a). Porquê não? O que não pode é ficar no “ser ou não ser”, tentar ou não tentar, pois assim você nunca saberá o que pode te aguardar. O perfeccionismo é uma má piada, não escute-a. Talvez a sua ação seja o nível mais alto numa escala de números. Como Sheryl Sandberg, uma profissional de sucesso, diz: “O feito é melhor que perfeito”.


02/12/2018.

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⁠Olímpiada (Como o adiamento das Olimpíadas de 2020 para 2021 afetou o esporte e os atletas brasileiros?)


As olimpíadas é o culminar - para muitos - de todos os atletas. Ser considerado o melhor ou estar entre os melhores é relativo. Cada atleta tem uma visão de sucesso, porém é inegável que todo atleta quer estar no maior palco dos esportes simultâneamente, pois é lá que os melhores estão. Literalmente. O adiamento dos jogos de 2020 para 2021 foi preocupante para muitos do meio esportivo. Os jogos olímpicos já acontecem a cada quatro anos, isto é, vamos ter que esperar mais ainda?


Os atletas tiveram que mudar abruptamente suas rotinas de treinos. Personalidades dos esportes disseram que ainda assim nem todos os treinos foram adaptáveis, isto é, de alguma forma estão perdendo condicionamento físico. Uma perda onde cada detalhe faz a diferença em um evento de alto nível como as olimpíadas. Falando em diferenças, a diferença de um ano para o outro influencia na seleção dos atletas. Exemplo clássico é o futebol de campo nas olimpíadas onde o time deve ser selecionado do quadro de jogadores sub-23. Apenas uma pequena porcentagem do elenco pode ser acima do sub-23.
As olimpíadas e os esportes em geral também perdem com esse adiamento. Milhões de euros/dólares/reais são usados na preparação dos eventos, marketing, etc. E quando o investimento não retorna no prazo estipulado, torna-se uma dor de cabeça. Clubes milionários de futebol também sofreram para pagar suas contas. Os clubes de menor investimento muito mais. Muitos só não faliram, por exemplo aqui no Brasil, pois a moda de clube empresa ainda não foi enraizada. Dessa forma, os investimentos que as organizações fazem são de suma importância para as estruturas esportivas e as olimpíadas é uma vitrine para diversos esportistas, principalmente para a juventude, e quanto menos experiência tiver, mais possível é a saúde mental ser um fator divisor de desempenho no preparo e no ato entre eles. A saúde mental é um fator que pode dizer muito sobre a performance do atleta. E a pandemia afetou muito essa faculdade. No entanto, personalidades dos esportes com mais experiência entendem que protelar o evento não é de todo ruim. A grande maioria, ao menos dos que se pronunciaram, entendem a importância dessa medida para a saúde geral. Que de fato é o principal nessa história! - A médio/longo prazo estaríamos piores do que já estivemos até então. - E são nesses momentos também que vemos as chances de sucesso entre um e outro. Alguns esportistas terão tempo para a recuperação de lesões pendentes e recuperarem o condicionamento físico. E aqui vale citar uma frase que tornou-se uma valência tão importante quanto qualquer outra no esporte: “informação é poder”. Pois, os atletas, com esse adiamento, podem fazer um melhor preparo/estudo e mais extenso em relação aos seus adversários.


Portanto, adiar o que poucas vezes foi considerado “adiável” na história não é só válido como é, sem dúvidas, necessário. Tudo tem o seu ônus e bônus, porém os seus ônus foram mais necessitados de atenção. O que os atletas podem fazer é viabilizar novas manobras para tempos como este para manter a forma física e não serem pegos de supetão, pois realmente os atletas não tem muito o que fazer em comparação as organizações. Imprevistos acontecem, mas os clubes, empresas, grupos envolvidos em geral no mundo dos esportes, devem depender menos possível do recurso de terceiros, pois apesar das organizações esportivas mais bem estruturadas sofrerem para se manter nesses tempos difíceis, elas sobrevivem. Ao contrário do que vemos com boa parte da realidade do esporte no Brasil e mundo. É visível que o esporte em geral virou um business – alguns mais do que outros, pelo menos por enquanto -, contudo, muitas organizações em geral desse mundo ainda não se comportam como tal. Se não fizerem a sua própria parte a tendência é só piorar e como brasileiro parece gostar de aprender do modo mais difícil, se nada mudar, assim será. Essa dificuldade de se manter é compreensível no que tange: país de origem, moeda de uso, tipos de renda, etc. No entanto, ao menos uma semi-independência é necessária para sofrer menos em tempos de crise e assim não serem afetados por toda e qualquer mudança que ocorrer, pois mudanças fazem parte de um processo comum e devemos estar suscetíveis a elas.

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⁠Compromissos (dificuldade de ser fiel as prioridades)



Compromissos. Todos tem algum. Esta palavra tange diferentes áreas. Seja um compromisso familiar, matrimonial, pessoal, empresarial, enfim, as possibilidades são inúmeras. E ao conflitar comigo mesmo sobre a quantidade de compromissos gerados recentemente, surgiu este dilema: Qual é a dificuldade de ser fiel as/aos prioridades/compromissos?

Para alguns, escutar a palavra compromisso gera até calafrios. Assusta. Agora, por quê? Por quê esse medo e dificuldade de priorizar os compromissos que surgem na vida?

Compromisso, categoricamente, é ter um acordo com algo/alguém singular ou pluralmente. Compromisso é sinônimo de responsabilidade. – outra palavra que gera
sensações horripilantes para alguns. – O nosso cérebro gosta do que é fácil. De acordo com uma pesquisa da Journal of Leisure Research, assistir uma comédia por 20 minutos desestressa tanto quanto correr. Nosso cérebro não é onisciente, porém pelas experiências vivenciadas e automaticamente fazendo uma relação de tempo e esforço, ele opta pelo mais simples. Falar de responsabilidade remete a esforço, trabalho... características que o cérebro evita aderir ao saber de manobras mais simples.

Portanto, para sermos comprometidos com as nossas responsabilidades é necessário criar hábitos saudáveis aos determinados compromissos. Criar sistemas de recompensas para cada tarefa concluída é uma chave interessante para converter o compromisso em algo prazeroso. Se descobrir, se reinventar... nos fazem mais suscetíveis a seguir e concluir as responsabilidades. O autoconhecimento e entendimento do que nos move até nossas ambições... Sim. É difícil. No entanto, quando estiver nesta situação, faça assim mesmo. A vida necessita de compromissos. Olhe o que estamos sofrendo pela falta dele para com a terra. Ser feliz também passa por ter responsabilidades. Ter a sensatez de trabalhar, se aprimorar para obter seus desejos é fundamental na manutenção da felicidade. Além disso, tendemos a liberar as sensações de alegria ao concluir nossas responsabilidades uma a uma. Portanto, se ainda não sabe o porquê está em um projeto, tire um tempo e reflita. O que te move? Isso te faz feliz? Converse com alguém sobre, mas principalmente comprometa-se consigo. E quando encontrar a resposta, pode ter certeza de que não só o eventual resultado, mas inclusive o processo valerá a pena.

Inserida por JamisGomesJr

⁠- O feeling e as suas oportunidades.



A vida é feita de diversos aspectos e uma delas é a oportunidade. Quem nunca ouviu: “nunca deixe para fazer o que pode ser feito hoje”? Não deixe de agradecer, de abraçar, beijar, tocar, cantar, sentir... não deixe de viver! Siga o seu feeling. Aquela vontade interior que temos de agir em relação a algo ou alguém. Faça! Um sorriso, abraço ou apenas ouvir alguém necessitado pode fazer a diferença. Já percebeu que as vezes tudo parece estar encaminhado? (Como se fosse proposital mesmo.) Como quando alguém nos dá um conselho que precisávamos ou menciona um assunto que queríamos conversar sobre. Só nos resta seguir o fluxo. A vida é cheia de oportunidades. Umas boas, outras ruins – de acordo com o nosso entendimento. Por vezes parece que nos cabe apenas escolher entre esquerda ou direita e seguir o percurso. Alguns entendem isso como feeling, espírito santo, familiares já no outro plano que protegem os seus, etc. Independente da crença, isso existe em nós e influencia nas oportunidades que nos são dadas. Mesmo que as vezes pareça que tenhamos que criar/fazer nossas próprias oportunidades. Seguindo o nosso feeling sem medo de errar, estaremos progredindo, pois tudo faz parte de um processo. Aproveite as oportunidades, não deixe para fazer o que pode ser feito hoje! Como diz Black eyed peas: “I got the feeling... That tonight’s gonna be a good night, That tonight’s gonna be a good night, That tonight’s gonna be a good night... Feeling.”

Inserida por JamisGomesJr

⁠Versões de um mesmo mundo


É interessante como vivenciar experiências singulares para determinados indivíduos trazem ambientações inimagináveis até então. Tomar um drink, acender um cigarro, ir em ambientes incomuns a determinadas pessoas, inteirar-se de situações e ambientes atípicos. – Não é preciso fazê-los, basta observar. – Como uma outra dimensão. Novos seres, novo mundo... Claro que essa atração para o atípico é derivado do que se tem em comum com algo ou alguém. Quer um exemplo? Basta conversar sobre um assunto que não esteja habituado. Isso te levará a diversos caminhos e conforme o volume do assunto aumenta, diferentes pessoas tendem a se juntar ao ambiente. E vivenciar isso pode ser enriquecedor ou não, de acordo com o entendimento de cada um. No entanto, vivenciar o novo sempre é interessante e sempre haverá um aprendizado por trás. Se dar a chance de inteirar-se no diferente, trará a possibilidade de angariar novos horizontes que talvez nunca imaginou, porém que talvez fossem complementos para o que realmente se quer e sem eles, talvez, só talvez, não encontrasse a conclusão. Não é porque seja distinto que não possa trazer boas reflexões. Portanto, experimente o novo. Tente. Talvez isto que te falte. Por que não? Já dizia Matthew McConaughey: “A melhor maneira de saber quem somos e o que queremos não é se perguntando quem sou eu e sim quem eu não sou. Sabendo quem não somos primeiro encontraremos quem realmente somos. Pelo processo de eliminação”.

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O presente e os seus presentes


Sentir a chuva sobre o corpo, a água quente do chuveiro aquecer nosso corpo, a brisa do vento acariciando o nosso entorno, a textura dos alimentos ao se envolverem na boca, o toque do outro, o beijo, abraço, caricias, as próprias palpitações e a do outro, sentir a formação do sorriso após um beijo antes mesmo dos lábios se distanciarem... o movimento do início ao fim... Escutar o som da chuva... As ondas se chocando contra as pedras... O som da ebulição do café... O som do café ou qualquer outra bebida sendo posta sobre o recipiente... Escutar um sorriso, pássaros cantando, uma boa música... Os passos na madrugada, o tique taque do relógio, a respiração ofegante dos corpos se envolvendo na mais pura e íntima sintonia... O balançar das árvores ao vento... O sussurrar ao pé da orelha... O sabor dos alimentos, do beijo... O cheiro da terra molhada, do café pela manhã, do perfume daquele querubim, o cheiro gostoso de bebê e aqueles cheiros que marcam épocas de toda uma vida... E poder ver tudo isso e muito mais... Observar os relâmpagos, as estrelas, as labaredas de uma fogueira posta ao redor de pessoas... O por do sol... A praia com um azul esverdeado...
As trocas de olhares que dizem muito como também podem dizer nada... Tornando o momento intenso e misterioso... Viver o presente... Com início, meio e sem fim...

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Amor não correspondido


Como já dizia Woody Allen: “Só há um tipo de amor que dura, o não correspondido.”
Claro que essa é só mais uma piadinha do Woody Allen, contudo, ao ler é um tanto pertinente, mesmo sabendo da sua inveracidade. Afinal, por que dói? Por que esse sentimento? O que causa esse mal estar?


O que nos faz sofrer é a falta de retribuição do sentimento, isto é, a expectativa de ser amado de volta. Não ter o mesmo feedback. - Quem nunca se doou demais e frustrou-se ao não receber a mesma energia em troca? – Criar expectativas nos torna receptíveis a esse sentimento e estudos científicos mostraram que uma pessoa infeliz no amor passa por dois estágios. O primeiro está associado a um aumento no nível de dopamina no corpo, o que causa emoções contraditórias, desde uma forte raiva até a melancolia. E quando o nível de dopamina diminui, o segundo estágio começa, e a pessoa cai em depressão, levando muitos a se consultar com um psicólogo profissional ou simplesmente descrença no amor. Os cientistas demonstraram que a dor emocional ativa os mesmos neurônios que a dor física.


Talvez amar neste exato momento esteja parecendo até um pouco desanimador. Que o esforço não vale todas essas consequências... No entanto, como também já disse Woody Allen: “Noventa por cento do sucesso se baseia simplesmente em insistir.”


Portanto, não se feche para flertar, mas não se apresse para começar um novo relacionamento. Não evite pessoas que estejam interessadas em você. Vá a encontros, passe tempo com aqueles que demonstram simpatia por você! Pare de idealizar a pessoa amada e de procurar falhas em você mesmo. Nada de errado há em você! Simplesmente ainda não garimpou o diamante que encaixe no anel. Escreva uma lista de suas características negativas. Cientificamente falando, isso ajuda na desmitificação da tal pessoa.


Livre-se das coisas que lembram a pessoa amada. Coisas novas geram emoções novas. Encontre novos lugares que serão apenas teus. Ocupe-se! Encha sua vida de novas experiências. Estabeleça o objetivo de se tornar uma melhor versão profissional/pessoal de si. Comece a praticar algum esporte ou um curso interessante. Direcione tuas emoções derivadas deste momento para algo criativo: escreva um livro, uma música... Ponha isso para fora artisticamente!


Se a vida ao teu redor for rica em eventos, conhecimentos e novas emoções, o sofrimento retrocederá. Pode apostar. Você viveu antes sem aquela pessoa, por que agora não irá?

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⁠Olimpíadas


Ao acompanhar as notícias relacionadas a organização dos jogos olímpicos gerou-me indagações pertinentes sobre. Que as olimpíadas acontecerá entre os dias 23 de julho deste ano e 08 de agosto já não é uma surpresa, porém fica a pergunta: o que esperar desse torneio durante a pandemia?

Vimos tanto as olimpíadas quanto a Eurocopa serem adiadas em 2020 e agora parece não haver indícios de que o COI e a UEFA posterguem as competições novamente. Porém, para um menor risco de contágio do covid-19 durante os jogos, o COI após uma reunião com os organizadores japoneses decidiu que não haverá público estrangeiro no evento, isto é, apenas residentes no país sede e japoneses poderão assistir aos jogos. Um torneio deste calibre que só acontece a cada quatro anos e agora não podemos vê-lo de perto. Quem diria? Lamentável. Sabemos que todo mundo sai perdendo. Inclusive o COI financeiramente, porém como diz o outro: o show tem que continuar. Apesar de ser sediado em um país bem organizado como o Japão e ter porcentagem de público presente reduzida, ainda sim fica uma interrogação: é viável se expor dessa maneira apenas pelo prazer de estar lá? Tenhamos em mente que não há amadores nas tomadas de decisão nessas organizações, no entanto, é um risco que se corre com essa “pequena exposição”. E a que custo? Os demais eventos continuam suas exibições fechadas ao público. Torneios grandiosos como a Liga dos Campeões, Libertadores e até concertos musicais que nem exibidos em palcos tradicionais estão sendo. Eu amo tanto as olimpíadas quanto uma Copa do Mundo, por exemplo. Mas muitos eventos recorreram a virtualidade para maior proteção de todos. Sim, é um torneio diferente por tudo o que representa e, claro, é quadrienal. Postergar sem grandes razões novamente não é uma opção por tudo o que envolve sobre idade de atletas, condicionamento físico, preparação, etc., contudo, é coerente já permiti acesso ao público mesmo de forma reduzida?

Se essa medida mudará até o início do evento, ainda não tem como saber. Portanto, que peçamos as bençãos/proteções dos deuses do Olímpio em mais uma, porém desta vez atípica olimpíadas, e que os jogos comecem!

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⁠Estações.


É... Tudo tem um propósito. Um porque. ' Tava conversando com um amigo hoje sobre isso. As vezes a vida parece te dar um "push", sabe? Tipo, o início de uma nova etapa. Eu acredito mesmo nisso. E tento sempre ver com bons olhos. Como uma evolução natural. E cabe a nós aproveitá-la ao máximo, pois podem apostar, meus amigos... podem apostar... tudo passa, um dia tudo passa. Pode ser uma estação maravilhosa que você talvez não queira que acabe ou ao menos que dure mais um pouco... não importa, o trem precisa partir por esses trilhos chamados de vida. E só Deus sabe onde e quando vai parar, no entanto, influenciamos nos trajetos que serão trilhados sim, claro. Mas passa. De estação a estação. Algumas melhores que outras. Algumas podemos até visitar outras vezes mais, porém dificilmente permanecer. E se permanecer, pode crer que algo no entorno mudará, pois a vida é assim. Volátil. Graças a Deus estou aprendendo a viver mais as minhas estações e sou muito grato por isto. Sei nem por em palavras a gratidão pelo o que tem acontecido. Memórias, conquistas, aprendizados, amizades, sentimentos, experiências, validações pessoais/profissionais... São todas etapas. Algumas podemos levar algo conosco como pedacinhos uns dos outros, de risadas trocadas, abraços, momentos registrados... Pequenos detalhes que cabem no bolso, mas que só quem viveu sabe. Ah, vida, sua linda! O que me reserva? O que te reserva? Você tem noção? Eu tento, mas dificilmente é exatamente igual ao nosso imaginário. Sinto que mais uma estação estar por vir. Dilemas? Sempre tem no primeiro momento das chegadas. O que podemos é fazer o nosso melhor e aproveitar ao máximo seja como e qual for a estação que vier na próxima parada.

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⁠Empatia


O que é?

Psicologicamente, empatia é a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, isto é: procurar experimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro a fim de tentar compreender sentimentos e emoções.

Quando se usa da empatia, mesmo não se tendo resposta, apenas de ouvir e se colocar no lugar da pessoa uma conexão é formada. E isso importa. Um abraço na necessidade, uma conversa ou somente uma escuta... Há diversas maneiras. Essa habilidade sempre será importante. Nesta pandemia a empatia está mais visível e que continue. Sempre podemos melhorar. Não julgue. Não é fazer o que você gostaria que fizessem contigo e sim fazer o que eles gostariam que fizessem com eles mesmos. Somos indivíduos. Para isso é preciso parar de falar ou tentar adivinhar e escutar. Apenas tente entender e se puder ajudar, ajude. O que tem a perder? Abraçar a essência de ser humano é bom. Partilhe, doe, escute, faça, seja, simpatize e por último mas não menos importante empatize.

Resiliência


Ao refletir nas últimas semanas enquanto cumpria meus afazeres, surgiam boas notícias para mim e para rede de conexões ao meu entorno o que me fez refletir o quão importante foi a resiliência para chegar a determinados resultados. Como já haviam me indicado esse tema, decidi fazê-lo em algum momento, pois é um ótimo assunto.


Tem quem tenha certeza de que é resiliente, outros não, no entanto o que é resiliência? Para a ciência e específicamente para a física é a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica, isto é, após um impacto, o seja lá o que for, volta a forma original, portanto, resiliência é quando um corpo é deformado por um impacto e volta a forma natural eventualmente. Mas falemos da vida além da física/ciência... você é resiliente? Humanos são resilientes? Você pode não saber usar essa habilidade, porém humanos são resilientes desde os primórdios! Quantas vezes o mundo enfrentou mudanças climáticas, virais, estruturais, abruptas, entre outras mais? Já foram diversas e a humanidade conseguiu suceder a todos esses episódios. Adaptou-se... – Perdoe-me, Norma Culta, no entanto, ingressarei numa sala onde você não está – Resiliênciou-se. Não quero mudar a essência concepcional desta habilidade, mas pense que a resiliência está para a adaptação como a adaptação está para a vida. São necessárias para o sucesso em tudo o que quisermos. A vida é volátil, necessitamos nos adaptar a ela, como na resiliência... sempre haverá alguém para nos esmurrar até chegar no destino de nossos objetivos e a resiliência nos ajuda a prosseguir nesta situação. Se você já viu os filmes de Rocky Balboa certamente lembrará daquela fala “apanhar e continuar tentando”. Lembrou? Se não assistiu, está vivendo errado (risos). No geral, significa não desistir facilmente, absorver a derrota, aprender com o erro e seguir em frente. Sabe aquela famosa expressão: “para toda ação há uma reação”, pois bem, também há aquela: “para todo desejo há uma consequência” – Se não há, acabei de inventar (risos) -. Portanto, sim, como na música “The Power” do conjunto germânico “Snap!”, pode cantar aos quatro ventos: “I got the Power”! Porque, temos sim essa habilidade, mas se não se encontrou nestas colocações, talvez seja a falta de uso da resiliência. Busque em si, mergulhe no seu interior, descubra o que você tanto quer fazer da vida, encontre os meios para realizar esses seus maiores desejos e comece a percorrer esse caminho rumo aos objetivos. Em algum momento certamente – infelizmente ou felizmente, depende de sua visão – haverá percalços que te farão talvez retroceder, chorar, duvidar, ter dores mentais e até físicas.


E é nessas horas que devemos buscar/mergulhar em nosso oceano interior, absorver as fontes de sais e minerais que o alimentam, que o mantém vivo e límpido para prosseguir. Pois a resiliência é isso, a vida pode te encher de porrada, afundar a sua cara no chapisco, te humilhar, devastar nossas vidas, porém se recobrarmos o porquê de tudo isso, o porquê queremos/devemos continuar, certamente, chegaremos em algum lugar especial. Portanto, - sairei da sala uma última vez, Norma Culta, - resiliêncie-se!!!

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⁠No nascer do sol

Pode crer que o sol nascerá pra você
Pode não ser hoje ou amanhã, mas "cê" vai vê
Esteja a vista que uma hora ele aparece
Com a sua força solar ele te aquece

Não se preocupe com os "ultravioleta"
Pois para toda ação se tem uma defesa
E é isto, pois, que deve teres em mente
Se tiver medo, então, não irás a frente.

Seus raios são consequências como qualquer ação
No entanto, o que importa é que faça de coração
É sobre dares o melhor de ti e estar a vista

Não se importe com a chuva ou mesmo a noite
Chuva mais sol é arco-íris e a noite traz o dia
Dias nascem da noite, viva e, pois, não se atordoe.

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⁠Gramados alheios

Você não falaria que a grama do vizinho é mais verde se cuidasse da sua.

Regue-a, cultive-a e a veja crescer. E mesmo que a de alguém siga mais verde que a sua, é tão importante assim?

Uma coisa é certa, se você ao invés de tentar esverdeia-la mais, olhar para as do seu entorno, com toda certeza beneficiada a sua não irá.

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Continue trabalhando.

Mesmo que pareça não haver mais razão para seguir, pois a vida é feita de obstáculos e Deus nunca põe algo que você não possa aguentar.

Viva o processo e lá na frente poderá rememorar todas as bençãos e águas passadas com a certeza de que dedicou o seu máximo.

E que de alguma maneira conseguiu.

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⁠Sacrifique teu hoje para não se arrepender amanhã. A vida é contínua, portanto lute! Deixe sua marca, pois um dia ela seguirá sem você.

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⁠Carta sobre Nova Vida


Dia 27 de abril de 2024… uma nova vida, um novo começo, novas oportunidades... “Tudo se fez novo”. Não sei por onde, e muito menos como começar. Só sei que eu sei. Eu sinto uma vontade de fazer mais, de me envolver mais, sinto que é o certo, que é o caminho. Quando me sinto ansioso, corro para Teus braços e me sinto seguro. Você se tornou meu melhor amigo, meu guia, meu pai, meu mestre, meu Senhor, meu tudo.

Me emociono com uma facilidade hoje que não acreditaria se me contassem anos atrás. Percebo Tua presença em detalhes do dia que antes passavam despercebidos. Sinto meu coração pulsar por mais de Ti. Vontade de ter mais intimidade contigo, Senhor. Te amo de uma maneira que não havia experimentado com nenhum outro ser. Por vezes, o medo atrapalha para que essa intimidade aumente, transborde. A fonte de água viva, o pão da vida… quero e anseio pelo alimento celestial, pelo contato sobrenatural.

Não faço ideia do que estou escrevendo, apenas tentando sentir Tua presença e me declarar por completo, me entregar à Tua vontade, aos Teus planos. Nada mereço, nada fiz para receber tamanho amor, e ainda assim o Senhor é bom comigo. O que dizer? Só penso em chorar de alegria. Só o Senhor sabe das dificuldades que passei; não tive as maiores provas, mas só o Senhor sabe o que já aconteceu. Quando penso em todas as possibilidades que poderiam ter acontecido se não ouvisse o Senhor, me sinto grato por ter escolhido a Ti.

O Senhor nunca precisou de mim, mas quis se relacionar comigo. Tantas pessoas mais capazes, mais crentes, e o Senhor ainda lembrou de mim. Teu amor, sabedoria, paciência e cuidado são tão afáveis que chego a ter medo de tamanha dependência que venho desenvolvendo em Ti.

As amarras estão se dissipando, minha couraça está se quebrantando e meu ser está se debruçando mais em Ti. Quando anseio, me acalmo em Ti. Quando choro, me recolho em Teus braços. Quando tenho dúvida, busco a Ti. Quando sorrio, lembro das Tuas promessas.

As dores e armadilhas de que o Senhor me livrou… sou muito grato. Via o mundo de uma forma cinza e só percebi isso após aceitar, digo, entender que o Senhor é o Senhor da minha vida. Me sinto triste quando não honro o Senhor, e Tu ainda se dá ao trabalho de explicar, de direcionar sobre como fazer. O Senhor ensina, mas temos que fazer. Por muitas vezes, procrastinei várias tarefas até simples se comparadas com tantas missões lindas realizadas por tantos de Teus servos.

Sinto-me fraco, menosprezando Teu amor e atenção para comigo quando não faço aquilo que sei que deve ser feito. Não gosto, me sinto um nada, vazio, com o peito furado, esmagado quando não cumpro com aquilo que o Senhor me confiou.

Em toda a Tua sabedoria, o Senhor me educa, me instrui sobre minhas fraquezas, meus defeitos. Que amor e cuidado é esse que, mesmo quando sou corrigido sobre pontos como meu ego, ainda posso sentir calma, um quentinho no coração e uma fonte transbordar de meus olhos?

A pequenez do meu ser, de minha consciência, não se compara à Tua, Pai, e é tão incrível quando o Senhor me permite entender coisas que sozinho não seria possível. Tua humildade me constrange de um jeito que espeta meu coração, faz pulsar descompassado, perder o curso natural.

Não sabia por onde começar nem como terminar. Há muito para dizer e não sei como expressar. Quero Te amar no mais alto nível de ação. Do falar ao fazer, quero ser cheio de Ti, quero transbordar e ser reflexo de Ti, do caminho, da verdade e da vida. Quero amar minha família em Cristo como o Senhor o fez. Quero cumprir com o que o Senhor tem para mim sem demora. Tenho desejos e anseios aqui neste mundo, mas tenho total convicção de que Teus planos são melhores do que os meus. Dói e gera ansiedade não saber todas as etapas, mas sei, sei que o Senhor tem planos para todos nós. Não quero parar, muito menos diminuir esta chama que nasce e pode incendiar todo este corpo carnal. Não quero ficar só neste mundo, sem Tua presença. É frio, escuro, dolorido. Quero sentir o calor de Teus braços, a lágrima de alegria escorrendo de Teu rosto ao me ver progredindo, me declarando dia após dia ao Senhor por meio de total entrega às Tuas obras.

Quero ser um servo bom e fiel. Quero ser um dos últimos, quero ser um dos cegos que não enxergavam e passaram a ver as maravilhas que o Senhor criou. Quero contemplar Tua formosura, Tua beleza celestial, Tua voz em meus sonhos, Tua mão em cada ação que eu tome até o fim e depois do fim. Quero porque eu quero. Ainda tenho medo, mas sei que quero. Quero não ter dúvidas de nada sobre Ti. Quero pregar com toda essa limitada energia vital que corre em mim. Sentir-me esgotado vitalmente, sentir minha carne fraca, apática, derrotada, frustrada por se ver presa a um corpo que não mais a alimenta… que o inimigo veja o lobo espiritual farto, com o umbigo para fora enquanto o lobo carnal definha, vendo a pele colar aos ossos e não encontrar alternativa. Apenas contemplar Tua soberania agindo em meu ser. Quero ser exposto pela luz, ter as feridas tocadas pelo Senhor e germinar aquilo que faz a alegria do Senhor. Quero me aproximar, quero não fazer minhas vontades, mas as Tuas. Tenho medo, sim, mas creio no Senhor. O Senhor é bom o tempo todo e o tempo todo o Senhor é bom. Não me deixe desanimar. Coloque uma adaga em meu coração a cada passo que puser para fora de Teu caminho, para que não tenha os dois pés fora do traçado. Me permita enxergar, deixe-me entender, aumente a minha fé, ajude-me a fortificar a sapata desta frágil estrutura. Sem ti, a casa não sustenta. Ajude-me a edificá-la, a tirar os chapiscos, a tratar das infiltrações, que a fundação esteja claramente ligada à rocha na nova planta da casa. Que o jardim gere frutos, seja vistoso para as Tuas visitas. Que o Senhor tenha prazer de me visitar, mas que, acima de tudo, eu não me conforte em meu próprio lar. Que eu anseie por visitá-lo, me alimentar do que há em Teu jardim, em Tua fonte e no balanço de Tua rede. Graças te dou, ó Pai, glórias ao Rei todo-poderoso, misericordioso, dono de toda a sabedoria e amigo de todos, inclusive dos pequeninos e pecadores, como eu.

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⁠Amor pelo jornalismo

Poderia dizer que essa profissão é distante da minha família, mas na verdade não é exatamente assim. Professores passam informações, então minha profissão não é totalmente distante da função que boa parte dos meus familiares exerce. No entanto, nenhum familiar me apresentou o jornalismo.

O amor começou descalço, no meio do asfalto, jogando bola com amigos de infância. Entre vitórias e derrotas, o futebol de rua é cercado de brincadeiras. As conversas, depois de muitas idas à casa dos vizinhos para pegar a bola — alguns bem nervosos, por sinal —, valem uma história à parte. Mas hoje não, não é sobre isso que vou falar. Arrebentar os tampões dos dedões... que época boa! Não lembro disso querendo voltar ao passado, mas sim grato por Deus ter me proporcionado uma infância mais na vida real do que nas telas de hoje em dia.

O futebol de rua foi uma das coisas que mais pratiquei quando moleque e foi justamente em um desses dias que descobri aquilo que passaria a buscar com um carinho diferente: o jornalismo.

Depois da pelada, um pouco de resenha, um zuando o outro e, de repente, vem a pergunta que engaja geral: “O que você quer ser quando crescer?”. Engenheiro, mecânico de avião, bombeiro, policial, astronauta — sim, teve um que encheu a boca pra falar astronauta. Eu não duvidei, mas é claro que a resenha já vem na ponta da língua pra dar uma gastada. Em meio às revelações, um dos mais velhos do grupo fala: “Quero ser jornalista esportivo, falar de esporte.”

Eu paro e pergunto: “O que é isso? Como faz?” Nunca havia ouvido aquele nome antes: Jornalista Esportivo. Tinha uns 13 anos, mas sim, mesmo já acompanhando um pouco de futebol na televisão, a palavra era nova para mim. Jornalista Esportivo.

“O que se faz nisso? Como que é?”, pergunto.

“Fala de esporte, pô. Igual esses jornais na TV, sabe? Só que fala dos esportes apenas.”

Fã do jovem em ascensão à época, El Shaarawy, esse amigo, que por dúvida, preservo o nome, despertava em mim um interesse de buscar mais sobre a profissão. Acabada a resenha pós-futebol, volto para casa e a primeira coisa que faço é buscar sobre essa profissão no pai dos burros: o Google.

Veículos de comunicação, cursos, faculdade, o que fazer, como fazer, onde fazer... perguntas atrás de perguntas. Vídeos, relatos sobre experiências e então começo a conhecer as referências da área. Pegar um pouquinho de cada um, entender os blocos do jogo.

Craques e mais craques. Eu? Apenas um gandula perto deles. Como fazer isso dar certo? “Deus, não sei como, mas vou dar meu melhor, seja feita a Tua vontade”, dizia com fé em algum milagre. “Deus ajuda quem trabalha”, “Quem procura acha”, “Quem quer dá um jeito”; palavras assim foram sustento em meio às aflições de um cidadão comum que começava a enfrentar desafios na passagem da adolescência para a vida adulta. A necessidade de trabalhar, mesmo que fora da área, não foi suficiente para me afastar do jogo, do campo, das quadras poliesportivas.

Trabalho, fé, foco, renúncias e muita mão de Deus. Não ouso tirá-Lo dessa receita! Provocações e deboches, isso não é exclusivo de um grupo. Também passei por algumas.

Mas estar em uma redação física pela primeira vez, participar de um programa de rádio, conhecer os primeiros grandes nomes do esporte como Bernardinho, Bruninho, Fernando Meligeni, pessoas que só via pela televisão... tudo isso foi convertido em combustível. Um prêmio, de fato, um privilégio. O som do teclado ao digitar uma nota, artigo, que seja... o cheiro de tinta da caneta que mais tarde estourará ou a aflição de escrever tudo antes da caneta morrer. Até ficar na externa correndo risco de participar de uma "queimada", mesmo que o esporte seja futebol, vôlei ou basquete.

O dinamismo, a pressão por mais engajamentos, ficar de olho nas tendências, os números dos outros veículos, pensar fora da caixa e as histórias que inspiram, acesso aos bastidores de vidas dignas de filmes... os ônus e bônus.

É um privilégio poder aprender e conversar com algumas referências. Existe uma grande responsabilidade nessa profissão. Como cristão que sou, logo lembro dos versículos de Tiago 2:20-22: “Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.”

Com isso, lembro da frase: “É justo que muito custe o que muito vale”, frequentemente ligada a Teresa D'Ávila.

Não sei exatamente em que posso contribuir nesse jogo, e se posso, muito menos o que acontecerá amanhã. O que sei é que essa coceira por olhar o que poucos viram, mastigar a informação de uma maneira que mais pessoas possam entender, trazer assuntos pertinentes e principalmente cuidar para não passar nada além da verdade, além de aprender com todos, são tópicos que me prendem ao jornalismo.

Lembrando dos ônus e bônus, é quase uma antítese, logo lembro da primeira estrofe do soneto de Luís Vaz de Camões:

“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.”

No fim, não é exclusivo do jornalismo. Toda profissão tem seus desafios, mas, mesmo que às vezes possa ser uma dor que desatina sem doer, é justo que muito custe o que muito vale.

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