Jamile Ferreira D.
Escrever tem sido um pouco difícil há algum tempo
Porque confesso que esqueci onde posso ou devo colocar o pontos finais..
Já não sei se os-coloco no fim das tristezas e agonias
Ou no começo das alegrias..
A cabeça anda dando pino, pifando, dando tiuti
Porque sabe,
É tanta tristeza dentro disso tudo
Tanta gente derretendo,
E ao mesmo tempo
Muita gente fazendo disso uma eterna plantação de morangos
Doces, imensos e bem vermelhos
E isso, pode acreditar
Me faz criar um tipo desafeto a pontos finais
Cheguei à conclusão que nada nessa vida tem fim
Nem esse poema..
A história contada por um grande amor narra sua imensa espera.
Conta suas dores e receios até que o-virasse.
Para mim, pontos finais jamais poderiam ou poderão te limitar;
Você é a reticência de tudo o que há, perene, fim não haverá.
Os dias tem passado, reconheço que mais rápido do que parece
As horas tem se adiantado e atrasado,
Nessa maldade sem fim
De achar que mais perto te tenho, quando estás ainda longe de mim.
Horas sim horas não.
A distância parece relativa, e me causa interrogações
Eu conto os dias, conto mesmo
Conto pra todo mundo como é te ter
E te querer e não te ter mas te ver.
Perco as datas,
Horas ficam confusas,
Ou eu fico confusa nessa confusão complicada de horas e datas..
Afinal, que data é hoje mesmo?
A única certeza é que amanhã faltará menos um dia..
Menos um dia pra eternidade..
Eu preciso de alguém que precise de mim.
Mas que precise de mim mais do que eu precise dele entende ?
Mas que precise de mim sem fazer disso necessidade vital.
Sem amar demais, chorar demais, babar demais.
Sempre falo sobre demonstrar emoções,
Mas depois de tanto chute na canela que eu levei da vida não consigo ser como era antes...
Olha, hoje preciso te dizer que de acordes,
É fato, nada sei
Mas acredito que um dia, acordes feliz ao meu lado.
É real, não possuo o dom de belas canções tecer
Porém, pra te ver feliz traria até mesmo anjos
Para adoçar teus ouvidos com lindas sinfonias..
Mesmo com defeitos
Eu e você poderemos nos arranjar, assim, como der
A vida não é um mar de rosas,
Mas bem que pode ser uma daquelas canções antigas que as pessoas gostam,
E as que nós amos..
O nosso amor não é feito faz de conta,que tudo sempre termina bem
Mas também não é feito de puro Realismo afagado em finais mortíferos
Somos feitos de tristeza e dor
De alegria e amor.
Às vezes somos meio assim, embaralhados
Esbarramos em nossos próprios pés
Tropeçamos em nossas próprias armadilhas
E a sorte é que sempre caímos juntos aos pés de Deus.
E se juntos estivermos
Juntos seremos fortes.
A metade de você serei eu
E a minha metade,
Sem nada,
Sem corte,
Será você por minha sorte.