jairo dos santos oliveira
É bom sonhar que a felicidade suprema existe.
É legal sonhar com um mundo perfeito e sorrir feito um bobo, sozinho. Acordar, mas não querer abrir os olhos pra não enchergar a realidade e cessar o extase daquele momento.
É prudente afastar-se, às vezes, do mundo e encontrar quem você mais critica e tentar compreeder_você mesmo, ter bons momentos de abraços e tramqüilidade. Estar com você mesmo pode significar estar com tudo que precisa pra pra estar em paz, sem os ecos de uma sociedade ainda incompreesível.
Na crise gerada pela dúvida da existência, o sensato é relaxar e entender que a dor é passageira, se aceita como um procedimento no qual somos submetidos para que possamos aprender algo mais.
Ao invés de odiar seu inimigo e deixar-se ferir com suas maudades, veja o quão é pequeno e insignificante seus atos diante de quem anda com a verdade, resta- lhe apenas perdoa- lo por sua ignorãncia_ deixe-o enrolar- se em seu próprio espinho.
O infinito não é tão longe como imaginamos _cabe dentro de um olhar.
Deveríamos ter mais orgulho em quem somos.
É duro sentir- se submisso, não acreditar na própria raça, passar grande parte do tempo tentando achar uma maneira de encontrar a felicidade, a paz.
Sei que meu lamento é injusto, pois meu mundo é paraíso comparado a de muitos irmãos por aí. O fato é que quando eles sentem dor simplesmente choram, gritam ou apertam um gatilho, enquanto me vejo como um referencial, um unirverso paralelo e inerte. Não sei se isso me corroe ou se me transforma, só sei que é mais uma primavera e me pergunto se o sensato é estar entre os atores deste teatro que vejo e estudo. Meu medo é de entrar em cena, esquecer que um dia estive na platéia e não levar comigo o roteiro onde o meu personagem promove a felicidade, o amor e a paz.