Jacques Lacan
[...] o desejo do homem encontra seu sentido no desejo do outro, não tanto porque o outro detenha as chaves do objeto desejado, mas porque seu primeiro objeto [do desejo do homem] é ser reconhecido pelo outro.
Ponham algo de si na psicanálise, não se identifiquem comigo [...]. Tenham seu estilo próprio, pois eu tenho o meu.
A angústia surge do momento em que o sujeito está suspenso entre um tempo em que ele não sabe mais onde está, em direção a um tempo onde ele será alguma coisa na qual jamais se poderá reencontrar.
O Gozo do Outro, do Outro com A maiúsculo, do corpo do Outro que o simboliza, não é o signo do amor.
Só se pode semi-dizer a verdade, está aí o nó, o essencial do saber do analista: é que nesse lugar, no lugar da verdade está o saber. É um saber que deve, portanto, ser sempre colocado em questão.
Há alguma coisa que se repete na sua vida, que é sempre a mesma, essa é a sua verdade. E o que é essa coisa que se repete? É uma certa maneira de gozar.
A lógica é a ciência do real na medida em que ela determina formalmente o lugar do real imanente à ordem simbólica, e, mais precisamente, do real entendido como o impossível que os paradoxos lógicos manifestam.