Jacques Eid

Encontrados 10 pensamentos de Jacques Eid

Troféu Macabro



Desferidas por incontrolável sanha,
Duas flechas tripuladas por assassinos
Perfuraram, sem dó, as entranhas
Do imponente engenho novayorkino!


A medonha e efêmera viagem vertical
Das bólides paralelas e brutais
Trouxe abaixo o céu colossal,
Convertendo-o em cenas infernais.


Eis debaixo dos escombros
Preces, gemidos e pavor,
Sangue, desespero e assombro,
A vida, a morte, o horror...


Jamais se viram cenas tão brutais,
Tão tétricas, nefastas e alarmantes,
Nem nos terremotos; nem nos vendavais;
Nem nas hecatombes; nem no Inferno, de Dante...


No lugar do pó e da fumaça dissipados,
Atônito, o mundo via um raro dossel:
Os combalidos ianques prostrados
E o altivo Bin Laden ostentando um troféu!




Adroaldo Jacques Eid

O Veneno das Flores


Quando as flores do casamento
Já perdiam seus matizes,
Eu levei meu sofrimento
No jardim das meretrizes.


Iludido, muitas flores eu colhi
E mergulhei na fantasia...
Só mais tarde eu percebi
O lado negro da orgia!


Lá, as flores não têm pureza,
Mas atraem os passarinhos,
Que, ao tocar sua beleza,
Se machucam nos espinhos.


No jardim da solidão,
Também é grande a minha dor...
Pra domar este coração,
Já procuro uma nova flor!






Adroaldo Jacques Eid

O Veneno das Flores


Quando as flores do casamento
Já perdiam seus matizes,
Eu levei meu sofrimento
No jardim das meretrizes.


Iludido, muitas flores eu colhi
E mergulhei na fantasia...
Só mais tarde eu percebi
O lado negro da orgia!


Lá, as flores não têm pureza,
Mas atraem os passarinhos,
Que, ao tocar sua beleza,
Se machucam nos espinhos.


No jardim da solidão,
Também é grande a minha dor...
Pra domar este coração,
Já procuro uma nova flor!






Adroaldo Jacques Eid

ATAQUE AS TORRES GÊMEAS 11 DE SETEMBRO
Troféu Macabro



Desferidas por incontrolável sanha,
Duas flechas tripuladas por assassinos
Perfuraram, sem dó, as entranhas
Do imponente engenho novayorkino!


A medonha e efêmera viagem vertical
Das bólides paralelas e brutais
Trouxe abaixo o céu colossal,
Convertendo-o em cenas infernais.


Eis debaixo dos escombros
Preces, gemidos e pavor,
Sangue, desespero e assombro,
A vida, a morte, o horror...


Jamais se viram cenas tão brutais,
Tão tétricas, nefastas e alarmantes,
Nem nos terremotos; nem nos vendavais;
Nem nas hecatombes; nem no Inferno, de Dante...


No lugar do pó e da fumaça dissipados,
Atônito, o mundo via um raro dossel:
Os combalidos ianques prostrados
E o altivo Bin Laden ostentando um troféu!

ATAQUE AS TORRES GÊMEAS 11 DE SETEMBRO
Troféu Macabro



Desferidas por incontrolável sanha,
Duas flechas tripuladas por assassinos
Perfuraram, sem dó, as entranhas
Do imponente engenho novayorkino!


A medonha e efêmera viagem vertical
Das bólides paralelas e brutais
Trouxe abaixo o céu colossal,
Convertendo-o em cenas infernais.


Eis debaixo dos escombros
Preces, gemidos e pavor,
Sangue, desespero e assombro,
A vida, a morte, o horror...


Jamais se viram cenas tão brutais,
Tão tétricas, nefastas e alarmantes,
Nem nos terremotos; nem nos vendavais;
Nem nas hecatombes; nem no Inferno, de Dante...


No lugar do pó e da fumaça dissipados,
Atônito, o mundo via um raro dossel:
Os combalidos ianques prostrados
E o altivo Bin Laden ostentando um troféu!

ATAQUE AS TORRES GÊMEAS 11 DE SETEMBRO
Troféu Macabro



Desferidas por incontrolável sanha,
Duas flechas tripuladas por assassinos
Perfuraram, sem dó, as entranhas
Do imponente engenho novayorkino!


A medonha e efêmera viagem vertical
Das bólides paralelas e brutais
Trouxe abaixo o céu colossal,
Convertendo-o em cenas infernais.


Eis debaixo dos escombros
Preces, gemidos e pavor,
Sangue, desespero e assombro,
A vida, a morte, o horror...


Jamais se viram cenas tão brutais,
Tão tétricas, nefastas e alarmantes,
Nem nos terremotos; nem nos vendavais;
Nem nas hecatombes; nem no Inferno, de Dante...


No lugar do pó e da fumaça dissipados,
Atônito, o mundo via um raro dossel:
Os combalidos ianques prostrados
E o altivo Bin Laden ostentando um troféu!

ATAQUE AS TORRES GÊMEAS 11 DE SETEMBRO
Troféu Macabro



Desferidas por incontrolável sanha,
Duas flechas tripuladas por assassinos
Perfuraram, sem dó, as entranhas
Do imponente engenho novayorkino!


A medonha e efêmera viagem vertical
Das bólides paralelas e brutais
Trouxe abaixo o céu colossal,
Convertendo-o em cenas infernais.


Eis debaixo dos escombros
Preces, gemidos e pavor,
Sangue, desespero e assombro,
A vida, a morte, o horror...


Jamais se viram cenas tão brutais,
Tão tétricas, nefastas e alarmantes,
Nem nos terremotos; nem nos vendavais;
Nem nas hecatombes; nem no Inferno, de Dante...


No lugar do pó e da fumaça dissipados,
Atônito, o mundo via um raro dossel:
Os combalidos ianques prostrados
E o altivo Bin Laden ostentando um troféu!

ATAQUE AS TORRES GÊMEAS

Troféu Macabro



Desferidas por incontrolável sanha,
Duas flechas tripuladas por assassinos
Perfuraram, sem dó, as entranhas
Do imponente engenho novayorkino!


A medonha e efêmera viagem vertical
Das bólides paralelas e brutais
Trouxe abaixo o céu colossal,
Convertendo-o em cenas infernais.


Eis debaixo dos escombros
Preces, gemidos e pavor,
Sangue, desespero e assombro,
A vida, a morte, o horror...


Jamais se viram cenas tão brutais,
Tão tétricas, nefastas e alarmantes,
Nem nos terremotos; nem nos vendavais;
Nem nas hecatombes; nem no Inferno, de Dante...


No lugar do pó e da fumaça dissipados,
Atônito, o mundo via um raro dossel:
Os combalidos ianques prostrados
E o altivo Bin Laden ostentando um troféu!

BIOGRAFIA

¨ 27 dezembro de 1946. Eis que, após nove meses de tranqüilidade no útero materno, a mão do Destino, atrevido e implacável, me botou pra fora! Mais um, na arena do mundo, para repartir com outros milhões as migalhas da sobrevivência humana...
Dotado de espírito irreverente e crítico, desde pequenino enfrentei, com destemor, chefes puxa-sacos, patrões exploradores, políticos corruptos, pelegos da Ditadura, etc.
Em 21 de março de 1964 (...) uma multidão aclamava seu primeiro prefeito, José Homem de Goes. Era a emancipação política de Iperó.
(...) espertalhão, audacioso e libertino, tão logo sentiu as rédeas do poder nas mãos, enveredou-se pelo caminho da corrupção.
(...) Não bastassem aqueles quatro primeiros anos (...) ei-lo de volta ao
púlpito, favorecido por um escrutínio cheirando a fraude, abafado, porém,
por uma chuva de aplausos de pelegos imbecis.
1980, novo ano eleitoral. (...) circunstâncias da política nacional facultaram ao usurpador (...) mais dois anos de bonança!
Filhos legítimos desta terra, não podemos mais assistir a este torpe espetáculo. É imperativo que elevemos um brado de protesto contra esta súcia administrativa.¨
Foi o que fizemos, por meio de panfletagem clandestina, até ocorrer o que se segue:


Mediante tortura, meu irmão, conforme combináramos, teve de revelar a autoria do texto. Então, numa noite, enquanto eu lecionava, entra na sala de aula um sargento do Exército e me aponta uma garrucha, dizendo: ¨Me acompanhe, senão eu atiro!¨, ao que respondi: Se for homem atire! Cerca
de 40 alunos, em uníssono, exclamaram: ¨Não, professor!¨ O covarde não
atirou!
No dia seguinte, no entanto, tive de comparecer a uma delegacia de polícia, onde, após três horas de interrogatório, fui conduzido a uma sela,
para tirar impressões digitais e onde ouvi a seguinte ameaça: ¨Você vai aparecer morto numa esquina da cidade.¨ Eu respondi: Por que não me mata agora?
Dias depois, recebi a seguinte proposta: uma retratação pública ou pau-de-arara no DOPS. Eu optei pela última!
Não fui preso e ainda estou vivo, graças a um deputado estadual que
intercedeu por mim!
Por tudo isso e muito mais, pulei de galho em galho na selva do desemprego; perdi dinheiro, perdi a saúde, mas não perdi a dignidade.

BIOGRAFIA

¨ 27 dezembro de 1946. Eis que, após nove meses de tranqüilidade no útero materno, a mão do Destino, atrevido e implacável, me botou pra fora! Mais um, na arena do mundo, para repartir com outros milhões as migalhas da sobrevivência humana...
Dotado de espírito irreverente e crítico, desde pequenino enfrentei, com destemor, chefes puxa-sacos, patrões exploradores, políticos corruptos, pelegos da Ditadura, etc.
Em 21 de março de 1964 (...) uma multidão aclamava seu primeiro prefeito, José Homem de Goes. Era a emancipação política de Iperó.
(...) espertalhão, audacioso e libertino, tão logo sentiu as rédeas do poder nas mãos, enveredou-se pelo caminho da corrupção.
(...) Não bastassem aqueles quatro primeiros anos (...) ei-lo de volta ao
púlpito, favorecido por um escrutínio cheirando a fraude, abafado, porém,
por uma chuva de aplausos de pelegos imbecis.
1980, novo ano eleitoral. (...) circunstâncias da política nacional facultaram ao usurpador (...) mais dois anos de bonança!
Filhos legítimos desta terra, não podemos mais assistir a este torpe espetáculo. É imperativo que elevemos um brado de protesto contra esta súcia administrativa.¨
Foi o que fizemos, por meio de panfletagem clandestina, até ocorrer o que se segue:


Mediante tortura, meu irmão, conforme combináramos, teve de revelar a autoria do texto. Então, numa noite, enquanto eu lecionava, entra na sala de aula um sargento do Exército e me aponta uma garrucha, dizendo: ¨Me acompanhe, senão eu atiro!¨, ao que respondi: Se for homem atire! Cerca
de 40 alunos, em uníssono, exclamaram: ¨Não, professor!¨ O covarde não
atirou!
No dia seguinte, no entanto, tive de comparecer a uma delegacia de polícia, onde, após três horas de interrogatório, fui conduzido a uma sela,
para tirar impressões digitais e onde ouvi a seguinte ameaça: ¨Você vai aparecer morto numa esquina da cidade.¨ Eu respondi: Por que não me mata agora?
Dias depois, recebi a seguinte proposta: uma retratação pública ou pau-de-arara no DOPS. Eu optei pela última!
Não fui preso e ainda estou vivo, graças a um deputado estadual que
intercedeu por mim!
Por tudo isso e muito mais, pulei de galho em galho na selva do desemprego; perdi dinheiro, perdi a saúde, mas não perdi a dignidade.