Jackeline Novaes
Simplicidade
Na simplicidade há mais beleza,
Na simplicidade há mais delicadeza
Há mais sintonia com Deus, com a vida, com a natureza.
Amemo-nos
Amemo-nos no silêncio externo
Nos gritos dos desejos interno
O que se assemelha a sede no deserto
Amemo-nos pelas palavras não ditas líquidas nos lábios
Pelos desejos lascivo em ebulição
Entre olhares escorregadios de pensamentos hábil
Quanto o aroma exacerbado do feromônio da tentação
Amemo-nos, pois já somos servos da paixão
Porque é mais vasto o pensar e o sonho que nos elabora
Permita-nos sem demora
Amemo-nos, pois só assim nós nos existiremos
Neste tempo pouco ameno, nos amemos
Mesmo porque as almas tem sintonia e isso é tudo que sabemos
Noutros tempos mais sinceros, que nunca nos esqueceremos.
Os risos são bons quando são verdadeiros; largos, frouxos, soltos, vibrantes e suaves. Como uma reação involuntária surtida da flexão dos músculos das extremidades da boca. Natural e espontaneo num reflexo da alma, simples e contagiante.
A verdadeira face de Narciso
Quão grande é a beleza da natureza
Digna de contemplação e admiração
Que é leve e imaterial, em seu princípio vital
Transcendência essa, que nos leva ao entendimento verdadeiro da criação
O que nos convida sempre a ligação do Criador e criatura
Numa simbiose a essa reflexão.
Há pessoas que são como livros
São surpreendentes a cada leitura e releitura
Fabulosas em desfechos a cada trecho
Encantam em cada conto narrado de seu enredo
Apaixonantes, pela vida expressa de modo infinito
Elas podem ser românticas, dramáticas, tristes, misteriosas, infantis, complexas... Mas, o importante é quando alcançamos a verdade na sua essência, o que nos trazem boas histórias a serem divididas.
Elas são dignas que coloquemos a cabeceira, ou melhor, no coração.
Em contrapartida, há aquelas que não conseguimos passar do segundo capítulo.
Cansam-nos!
A vida é muito viva para histórias mortas
Peculiaridade Impar de afinidade #11;
que só existe em pares com a mesma intensidade,#11;
assim é a reciprocidade
O que refresca a vida é a percepção do amor, contida nos detalhes mais sutis, que acalentam os sonhos e as esperanças, o que proporcionam-nos ao exercício da fé, e transforma a vida em um glorioso milagre.
Ei paixao,
Sabe aquele meu melhor que te ofereci?
Junto com aquele sonho em voarmos de balão,
De sermos felizes em Paris,
E te dá meu coração e nunca soltar sua mão?
Pois é paixão...
Recebi a visita da razão,
E disse-me que meu mergulhar era profundo para teu rio raso
Que não era nossa culpa, apenas não tínhamos mesmo compasso.
Sem muitas delongas paixão, desligo-me dessa ilusão.
Amo tua imagem.
Não sabia como me declarar. Foi no impulso de minha honestidade emocional que lhe pedi um retrato.
Retrato? Pensei. Termo que não se utiliza mais. Pensamento esse, que tive sem dividir.
Era sabido por minha parte, que tinha possibilidade em utilizar o dispositivo em copiar a foto pela rede social.
De certo, que o niilismo não faz parte de minhas crenças.
Me visto de sentimentos do amor, que pela troca, representa o dual.
Utilizo das referências do amor de meus pais. Pelo amor transcendental, por partilhar do universo do outro, ao admirar lhes a essência.
Certamente esse foi minha declaração mais verdadeira, e de forma mais simples em dizer que amava.
Pedir seu retrato, significava que ela cabeia em meus sonhos, minha vida em minha casa.
A imagem dela fazia tão bem a minha alma, que era necessário externar a minha volta.
Mais importante do que ver com os olhos mortal é ver com o olho da intuição.
Mais sublime do que ouvir com o ouvido mortal é ouvir a voz do Eu interior.
O delicado veio ao meu templo dos sentidos,
e me ensinou a transformar
meus carmas em darmas
minhas lágrimas em risos
minhas trevas em luz
minhas desordens em harmonia
meu simples caminhar, num trilhar de descobertas
Banho-me no mar sagrado chamado amor.
Ao lê-lo
Meus olhos viram um universo de símbolos e significados
que fui decodificando as combinações diferentes entre o ver e o sentir
verbos que fui conjugando em tempo presente de meus quereres.
Como as palavras simples oxítonas, que despertavam em mim a oxitocina, secretada pelos neurônios em meus desejos.
E a linguagem roçava em minha pele, pela oralidade de uma paixão
O que meus lábios aprenderam a citar as excitações criptografadas da leitura do romance.
Pronunciar a língua lida era como mergulhar em um âmbito de prazer
E o grande entendimento é que meu coração virou uma verborragia de amor.
Voe pássaro, e na alvorada
Afina-te os teus cantares
Com cânticos que te encomendei
Digas que a paixão é livre de leis
Que regras escritas ou proclamadas
Não existem a este universo
Leve meus contos e versos
E digas que me apixonei
Voe passaro, e na alvorada
A plenos pulmões, cantarole minhas emoções
Assovie para meu bem, o que te contei