izildinha
Apreço
O preço, do apreço, um encantamento.
Uma luz iluminando, um recolhimento.
Desejo, permanecer, somente pensando.
Dentre monólogo, sol cumprimentando.
Passear de manhã, nas montanhas tantas.
Voejando com o olhar, vozes ,e gargantas.
Tentando explicitar, pensamento ousado.
Contudo extasiando, em explícito recado.
Dentre revoadas, conduzindo na frente.
Inventando as asas, alçando voo rente.
Expandindo uma imagem, dentro do ar.
Uma tonalidade de esperança a flutuar.
Uma montanha tranquila dormente.
Um céu explanado, azulado vertente.
Encobrido encanto, com uma rotina.
Começa encantada, encantada termina.
Quinhão
Os pés surraram arfantes, alamedas.
Obediência tranquila, ao pensamento.
Á noitinha, horizontais cores labaredas.
Linda lua, principiando livre advento.
Meu rosto alisando, no veloz vento.
Zunindo friorento, pelas esquinas.
Enquanto, deitando em atrevimento,
Zombarias finas, e vedando neblina.
Jamais te vi, quando todos partiram.
Tendo um rumo certo, para algum lugar.
Escondi o rosto, fugindo, nem me viram.
Quando mãos em silêncio, puderam falar.
Toques soletrados, silêncio submergido.
Tatuando em brasa, a minha pele fria.
Em um momento recordado, tão dorido.
Sensação inquietante, onde tu estarias.
As curvas sinuosas, a noite quebraram.
Tapado instante, doce visão paradoxal.
E em versos ou prosa, contudo rimaram.
Eu apenas, pequeno quinhão sentimental.
Vagarosa
Embaraçados, os pensamentos.
Desejando, tanto expandirem.
As nuvens, mirando momentos.
Furando espaço para emergirem.
Eterna esperança, tão concreta,
Como uma palavra, bem definida.
Emoção, traçando a linha reta.
Dando voltas, ás vezes perdida.
Umas cantaroladas sensações,
E golpeadas, pelo tal momento.
Abrindo o livro, de obrigações.
Adicionando, um sentimento.
Céu fintando, o tempo infinito.
Quando regando, a alma sincera.
O amor, um eterno, elo bendito.
Mesmo dorido, sempre impera.
O tempo, às caminhadas soltas.
Desprendidas, ao que der e vier.
Tantas idas, e vindas envoltas.
Vagarosamente, faz o que quer.
Lírios
Porque andeis preocupados?
Assim constituí meu legado...
Os lírios perdidos nos vales.
Incólumes, a quaisquer males.
Vestimenta tocada ao coração.
Eterno silêncio, uma oração.
Alimento, cujo necessita.
Existência, também possibilita.
Ancoradas sustentabilidades.
Lírios dos vales, em verdade.
Esperando os seguidores.
Articulados lírios, articuladas flores.
Primavera, primeiro ao coração.
Sustentada de flores, e perfeição.
Entra na alma, com cuidado.
Como planeta, tem sustentado.
Lírios dos vales, esperado futuro.
Fazer da Terra, lugar seguro.
Germinando, perpetuarem...
Os seguidores, para brindarem.
Infinita
Um vento no rosto, suposto inderrogável.
Enquanto, um esclarecimento, ausentado.
Pensamento sem rumo, soa desarrumado
Mutante ensinando, coragem impecável.
Saudade divulga, montanhosa memória.
Lembrança perdida, dentre impiedade.
Tão diminuída, minha força de vontade.
Perfazendo esquecida, apagada história.
Em cada dobra do vento, acumulado.
Esforço descomunal, seguindo legado.
Assim encontrando na vida condição.
Para sobreviver, agarrando uma razão.
Todas as manhãs serão, naquele lugar.
Homenagem sincera, Montanha e mar.
O meu corpo cansado, marcado labor.
Infinitamente, escrevendo tanto amor.
Conclusões
Querendo conclusões apressadas.
Colocando ideias, bem elaboradas.
Vestindo a cor da esperança, pois.
Como retratos, observadas depois.
Portanto, as conclusões vacilam.
Circulando ,e também aniquilam.
Intento esquecer, as vezes tantas.
Perdidos verbos, ideias e quantas.
Ainda, visando um mundo melhor.
Escolhendo, as conclusões ao redor.
Renascendo, a sonhada esperança.
Sentindo o mundo, como a criança.
Deixando para trás, as contestações.
Simplesmente, assim as divulgações.
Entendendo a finitude, simples final.
Aparando a diferença, tão individual.
Seja feliz
Olhe ao teu redor, sentindo a felicidade.
Um agradecimento, pela prosperidade.
Seja o calor do sol, seja a brisa no rosto.
Descubra a vida, sinta das frutas, o gosto.
Seja nuances das flores, seja os formatos.
Perfumes atraentes, uns perfeitos retratos.
Caminhe sem pressa, e descansando, veja.
Belezas espalhadas, onde quer, que esteja.
Seja um ser de fé, que pode transformar.
Vida não é mar, mas rosas, a desabrochar.
Ondas areias espreitam, estrelas brilham.
Emoções rebordadas, em teu meio trilham.
Seja a saudade sentindo, foi bom passar.
Entendendo que Deus,vem te ressuscitar.
Seja plenamente, sabedoria, discernimento.
Abrindo caminho á frente, todo momento.
Recomendações
O tempo, um lindo mocinho.
Convivendo, ao lado do vilão.
Trilhando, um simples caminho.
Deixando também, escuridão.
Assim, muito bem acabado.
Contentamento, já conferido.
Quando, sentimento aliviado.
Também, lindamente auferido.
A ideia, quando inteligente.
Boa atitude, livremente viver.
Responsabilidade, o eficiente.
Quando harmonia, para refazer.
Um encantamento, somente.
Encanta apenas, o tal momento.
Contudo, a felicidade presente.
Lembrando, um encantamento.
O tempo carrega, uma bagagem.
Inseridas e guardadas, provisões.
Quando servirão, em toda viagem.
Melhores ideias, e recomendações.
Tempo e Amor
Eu tinha um coração passivo.
Tendo tanto amor, para doar.
O sonho brando, mas lascivo.
Pois, almejava me apaixonar.
Enquanto momentos incertos.
Nenhuma palavra, tão aberta.
Nada mudaste, pois, por certo.
Permaneceste de porta aberta.
Quantas solidões esquecidas.
Em teus finais, de pura ilusão.
Minhas horas, livres perdidas.
Frisando, tão mera conclusão.
A fraqueza, uma melhor amiga.
Teu costume de sempre, se dar.
Tristemente depois, tanta briga.
Excluindo pedido, para perdoar.
Quando paz, afugentada viestes.
Deixando, uma imensa lacuna.
Passando horas, comigo fizestes.
Jamais haver, uma razão que una.
Comumente Só
Caminho pelas ruas ,viro esquinas.
A tua procura, em rosto qualquer.
Tão cansada, extremadas colinas.
E em languidez, momento requer.
Quando a noite chega, o dia cansa.
Estendido sol, uma distante calçada.
Solto meu olhar, onde ele te alcança.
Depois recolho, em desesperançada.
Em minha janela, comumente só.
Vejo transeunte, que vêm e vão.
Repetindo saudade, apertado nó.
Sem pena espreme meu coração.
Tuas palavras silenciosas, e sinto.
Falta de uma conversa informal.
Quanto meu amor, jamais minto.
Meu coração, tão teimoso afinal.
Resistindo meus argumentos reais.
Olvidando as dores, e tanto já senti.
E tão ressentido, buscando-te mais.
Pois dentro dele, reservado só a ti.
O Mar e a Solidão
Mar e solidão, soluçando vão.
O mar, fazendo ondas mansas.
Lágrimas, solitárias lembranças.
E soluçando vão, mar e solidão.
Quando a solidão, numa alma.
Lágrimas , invadindo uma praia.
Acordando, quando a noite raia.
Vezes, tão sonolenta em calma.
Tu és minha vida, uma solidão.
Ás vezes, a provocada saudade.
Mar bravio, eximindo piedade.
Imergido em tristezas, coração.
Ondulantes solidões, apenas.
Solitariamente a minha vida.
Em tanto isolamento contida.
Inundada dor, ondas serenas.
Meu Silêncio
O meu silêncio, como voz soletrada.
Dentro de um bilhete, livre grafada.
Simplesmente quando, junto comigo.
Uma sensação, o abraço mais antigo.
Em meu silêncio, as entregas minhas.
Palavras amigas, mas sempre sozinhas.
Proferidas, com um tempo estipulado.
Permitem multidões, quanto meu lado.
Meu silêncio, dizendo muito, ensina.
Síntese da paz, também adrenalinas.
Quando incorrem, meus erros tantos.
Silêncio me corrige, abrandado santo.
Quando totalidade, uma consumação.
Dentre pacífica, aglomerada profusão.
Meu silêncio, umas palavras sustentam.
Nutrem, acalmam, também alimentam.
As piores penas que já sofri,foram aquelas impostas por mim mesma,porém também me trouxeram recompensas incríveis.
Jamais te preocupes,com o que pensam a teu respeito,caminhe,siga em frente,respeitando teus sonhos e colocando-os em prática.
Abraço
A mais perfeita criatura, tendo no bem o direito.
Nos vestígios do Criador, tão suaves, profundos.
Desembrulha um amor, portado dentro do peito.
Sintonizadas mãos, e vivem cuidando do mundo.
Coração, quando reservas de amor, sempre tem.
Dentre as limitações, tocando um plano celestial.
Acordando um valor,e num simples, querer bem.
Sabe ser amigo, irmão, apaga os vestígios do mal.
A vida, um bem tão simples, e porém, precioso.
Pois quem, ensina a chorar, logo ensina sorrir.
Quando no corpo, batendo coração generoso.
Esperançosa primavera,vem pintando o reflorir.
Tempestade, quando desabando nos horizontes.
A alteração de cores, pousando logo no espaço.
Banhando uma tarde, no arco íris dessas fontes.
Contemplação no olhar, entardecendo um abraço.
Imagens
Porque as lembranças me mantêm.
Viva como, um anjo bom, e velando.
Pelas imagens, que com elas vêm.
A nova, emoção em mim atrelando.
Guardei tantas lembranças, e agora.
Nem sabendo, onde eu as colocarei.
Algumas deixei, que fossem embora.
Outras, eu, bem guardadas, guardei.
O tempo passa, e um monte imenso.
Acumuladas dentro do pensamento.
São tantas delas, ocorreu até penso.
E nem as consigo, jogá-las ao vento.
Queridas lembranças que comigo.
Permanecerão, apertadas, porém.
Á vida permite lembrar, e bendigo.
Triste sendo, se lembrança não tem.
Palavra Amiúde
O amor parece ás vezes, o desatino,
Que pode uma vida inteira, até doer.
Mas também, do velho, faz um menino.
Em amor tanto, podendo se derreter.
A esperança, uma sapiente senhora,
Em conivência, com eterna juventude.
Jamais de perto do amor, indo embora.
Permeando paciente palavra amiúde.
O amor, junto da esperança no mundo.
Angariam todos os sentidos para viver.
Sensação esperançosa num segundo.
Podendo tristeza, em alegria converter.
Um absorvo, dessa inebriante doçura,
Um trago perpassado, de pura emoção.
Excelente remédio, a qualquer criatura.
A cura juntamente, com uma redenção.
Jamais
Jamais, uma definição, sendo alterada.
Jamais, um amor, podendo ser banido.
Quem ama, mantendo bem plantadas.
As eternas flores, de um jardim florido!
Amor revelado, um castiço sentimento.
Jamais concernindo, qualquer desuso.
Amar, na vida, permite o discernimento.
Por isso, desse anseio, eu tanto abuso.
Amor, contudo, me ensinando a viver.
Tenta sucessivamente, buscar o bem.
E arrebanhando, em meu simples ser.
A abastança amando, em mim advém.
Assim, eu caminho livremente sozinha,
Dentro, de uma imensa e triste multidão.
Porém, amando ainda, sustento a linha.
Com este afeto, adentrando no coração.
Segunda Feira
Precisando sentir, a vida continua.
Segundo dia, ao trabalho primeiro.
O domingo passou faceiro, na rua.
Sem ninguém perceber, tão ligeiro.
Com malas prontas, uma alma leve.
Olhando a semana, que descortina.
Noites virão, em descansos breves.
Intercaladas aos dias, dessa rotina.
A sensação, meio desatenta, ainda.
Permitindo um acordar, para poesia.
Lá fora, um dia depressa, logo finda.
E da noite, um abraço, com maestria.
Eu penso em ti, em todos os dias.
E pela noite, o encontro num sonho.
Imagem cortada, e restando alegria.
Em simples versos, que componho.
Segunda feira, bem devagar, vem.
Dando passagem, também irmana.
Muitas páginas uma semana têm.
Roda girando, juntando a semana.
Amor Verdadeiro
Amor verdadeiro, quando perdoado.
Jamais apenas uma vez, mas tanta.
Ausência de amor, perdão espanta.
Fugindo, buscando, outro inusitado.
A capacidade para amar, somente.
Entendendo amor, como a verdade.
Uma vez instalado, brotada semente.
Escrevendo amor, numa eternidade.
Jamais esquecido, invencível amor.
Tampouco, um encanto transitório.
Sentimento puro, um amigo da dor.
Porém incutindo, sempre probatório.
Jamais domina, e tampouco sufoca.
O amor deixa livre, permitindo viver.
Como a esperança, sempre enfoca.
Contudo ajudando ao outro crescer.