Ivanaldo Bernardo da Silva
O GRANDE ARQUITETO
Ouvi na voz do vento
Uma melodia a sussurrar
Ouvi na voz dos pássaros
Linda canção de ninar
Eu ouvi, eu juro que ouvi
A natureza a exaltar
Toda a criação Divina
A Amar, Amar e Amar
Sonhei que eu estava
Num mundo bem diferente
Onde o Amor e a Verdade
Se encontrava Esculpida
No amago da minha mente
Que a musica Celeste
No ar estava presente
Da Orquestra Universal
Deus era o grande Regente.
Amor e Caridade
Entre Amar e servir
Há uma forte ligação
O Amor é dom divino
Caridade é benção
O Amor transforma vidas
Traz paz e serenidade
Mas, só nos realizamos
Se fizermos a Caridade
Quem ama sente na Alma
Os eflúvios da bondade
O homem só se transforma
Na pratica da Caridade
O Amor é dom Divino
Que enobrece e ilumina
A Caridade é que faz
Da vida uma obra prima
Jesus um dia nos disse
Que devemos nos amar
Mas, a maior caridade
É aos outros Perdoar.
A seca e o Nordestino
Ah! que saudade eu tenho
Do meu sertão quando chovia
Que enchia nossos rios
De uma noite para o dia
A fartura em nossas casas
Nesse tempo existia
Não faltava em nossos lares
Milho, arroz e feijão
Produzíamos ainda mais
O ouro branco do sertão
Ah!que saudade sentimos
Das safras de algodão
Por falta de sorte
Ou por desgraça talvez
Os nossos rios secaram
Todos de uma só vez
Nunca vi coisa igual
Nem tão grande estupidez
As nossas culturas morreram
Ou já não produzem mais
Já está faltando água
Até para os animais
Crianças choram com fome
A miséria é demais
O sol que nos castiga
Inclemente e brasador
Que queima a nossa pele
Que causa tanto calor
Mas não queima a esperança
Não mata nossa fé
No Cristo, o Salvador
Não queima do Nordestino
Sua honra, seu valor
Não vai destruir
Força, Esperança e Amor.
28 de Julho Dia do A gricultor
Bendito os que semeiam
Em prol da população
Porque são eles que sustentam
Toda uma população
Gerando toda a energia
Dessa imensa criação
Bendito o produtor
Que produz nosso sustento
Que trabalha sem descanso
Produzindo alimentos
Pois devíamos agradecer
A ele a todo momento
Bendito o Homem do campo
Que lavra a terra com Amor
Que derrama seu suor
Sempre em nosso favor
Mais é pouco reconhecido
O seu imenso valor
Bendito o Homem do campo
O forte agricultor
Que trabalha sem descanso
Com bravura e destemor
Sem temer as intempéries
A fome, o frio, o calor
Neste dia importante
Queira homenagear
A todos os Agricultores
Que vive na terra a arar
Pois são eles os Heróis
Que não param de lutar.
A ROSA
Tua beleza selvagem
Mais parece com a brisa
Que a todos escravizam
Ao ver a tua imagem
És bela na primavera
És mais bela no verão
És simbolo de uma estação
Que as outras sentem invéja
Tens um aroma constante
Teu perfume é natural
Tua forma escultural
É algo impressionante
És simplesmente uma Rosa
Simplesmente rosa és
Orgulhos dos menestréis
E rima da minha prosa
Não importa o jardim
Onde ora estás plantada
Por todos serás amada
Principalmente por mim
Quando queremos demonstrar
Muito carinho por alguém
Mesmo sem ter um vintém
Uma Rosa podemos dar
Se alguém amou na vida
Uma linda cabrocha
Logo compara com a Rosa
Amada e muito querida
Quando Deus criou a Rosa
Deu-lhes pétalas como mando
Deu-lhe perfume e encanto
E uma vida gloriosa
Numa festa ornamentada
A noiva muito contente
Leva um buquê certamente
De Rosas bem perfumadas
Rosa tu és com certeza
Simbolo do amor, dos amantes
Dos poetas inconstantes
Que amam tua beleza
Poetisa precoce
Quinze anos, eu invejo
a tua precocidade
que seja por toda a vida
cheia de felicidade
pautada sobre a virtude
conhecida como verdade
Que tenhas como suporte
o dom da sabedoria
como a tua protetora
a Santa Virgem Maria
sendo homenageada
pela tua poesia
Que a tua poesia
seja a arte que encanta
seja a fonte a sussurrar
como a prece de uma Santa
a mãe que o seu bebê
nos seus braços acalenta.
LIBERDADE
SER LIVRE É
NÃO ABUSAR DO SEU LIVRE ARBÍTRIO
RESPEITAR A OPÇÃO DE VIDA DOS OUTROS
É SER HUMILDE
É SER CARIDOSO
É SER INSTRUÍDO
NÃO TER IDÉIAS PRECONCEBIDAS
É AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
O ULTIMO ADEUS
Para onde vais?
porque não ficas?
vais pra onde, homem de Deus?
porque desprezar tudo que é teu?
que caminho irás seguir?
vai tornar-te um fariseu?
vais ser errante talvez?
ou um bom samaritano?
só sei que vamos sentir
tua falta, teu calor
tua história bem contada
que talvez você passou
se era verdade ou não
mas nos emocionava
um ria, outro chorava
com os lamentos teus
com as tuas aventuras
que talvez aconteceu
vais, pois o destino é teu
nas encruzilhadas da vida
acena-nos o ultimo Adeus.
SEM TI NADA SOU
Senhor aqui me encontro
na condição de pecador
busco na tua misericórdia
a paz e a concórdia
e um pouco do teu Amor
Sei que não sou merecedor
nem de um terço do que me dás
mas eu busco Senhor, aproveitar
ainda mais a vida melhorar
nessa oportunidade impar
Dai-me meu Deus
força, coragem e disposição
para que eu suporte sem rebeldia
as dificuldades do dia a dia
com fé e amor no coração
Oh! pai de todos os pecadores
que perdoa incondicionalmente
que não pune e a ninguém castiga
que trabalha sem sentir fadiga
hoje, amanhã e eternamente.
SEM ILUSÕES
Sou uma miragem
Sou uma ilusão
Sou o pó da terra
Poeira desse chão
Sou um pobre verme
Que vive rastejando
Por dias melhores
Vivo clamando
Não produzo aquilo
Que é necessário
Vivo carregando a cruz
Do meu calvário
Sofro sozinho
Minhas desilusões
Mas tenho vivido
Muitas emoções
Da vida só se leva
O bem que se faz
O mal só faz mal
Só nos leva para trás
Não tenho vergonha
De confessar-me vagabundo
De passo em passo
Percorro o mundo
Mais experiente
Agora eu sou
Em busca da morte
Há muito estou
Não tenho ilusões
Quanto a felicidade
Pois na vida tudo passa
Ficando a saudade
Eu sei que não valho muito
Mas a vida vale ouro
Quando a morte me levar
Por favor nada de choro.
COLHEITA
Sentir a brisa
Rever o mar
Abraçar amigos
Sorrir, sonhar
Rever conceitos
Reprogramar
Planejar o futuro
Reavaliar
Dar sentido a vida
Sendo útil e importante
Se fazendo necessário
Para que sua colheita
Seja de felicidade.
Parabéns, Jesus
Jesus, meu grande amigo
Mais um dia, mais um ano
Que se passa em minha vida
E eu ainda reclamo
Às vezes sinto-me sozinho
Que chego a ter desenganos
A minha fé ainda é pouca
Aí me vem a tristeza
Penso num mundo melhor
Que virá, tenho certeza
Mas é triste a gente ver
Muitos usando da esperteza
Penso nos que têm dinheiro
E gastam sem precisão
Penso naqueles que pedem
De porta em porta um pão
Penso naqueles que tiram
A vida do seu irmão
Penso naqueles que humilham
E nos que são humilhados
Penso naqueles que mandam
Penso nos que são mandados
Penso nos que amam muito
Penso nos que são amados
Penso que só é feliz
Os que seguem a Jesus
Que não reclamam jamais
O peso da cruz
Que sua fé é tão grande
Que ao Pai ela conduz
Penso que só é feliz
Quem tem desprendimento
Que não tem por seu irmão
Mágoa ou ressentimento
Que os problemas para ele
São causas de crescimento
Penso naquele que nega
Ao outro oportunidade
Penso naquele que busca
A sua felicidade
Penso naquele que sofre
A dor de uma saudade
Neste natal, meu Jesus
Por poucos tu és lembrado
Como o aniversariante
Que deve ser festejado
por toda a humanidade
Deveria ser homenageado
Mas sabemos que és grande
Em amor e humildade
Sabemos que tu perdoas
A nossa inferioridade
Nós precisamos seguir-te
Oh! Mestre por onde for
Nós precisamos, Jesus,
Ao mal sempre nos opor
Nós precisamos, Jesus,
Vivenciar teu amor
Paz! Muita paz!
Viva sempre essa emoção
Ouvindo Jesus dizer
Lá dentro do coração
Ame incondicionalmente
A Deus e ao teu irmão.
O MUNDO REGENERADO
A presença de um amigo
Fortalece o nosso Espirito
Uma amizade sincera
Vai da terra ao infinito
Como seria a terra
Se todos fossem amigos
Com certeza evitaríamos
Um punhado de conflitos
Como seria a terra
Recheada de amizades
Sem ódio e sem orgulho
Sem vinganças e maldades
Como seria a terra
Se não houvesse ambição
Seu houvesse honestidade
Sem a tal corrupção
Como seria a terra
Se todos déssemos as mãos
E de fato acreditássemos
Que somos todos irmãos
Como seria a terra
Se seguíssemos a Jesus
Seguindo sempre os seus passos
Carregando nossa cruz
Como seria a terra
Se seguíssemos a verdade
Amando e perdoando
Praticando a caridade
Como seria a terra
Com os justos governando
Todos os povos do mundo
O amor vivenciando
Não haveria mais fome
Mas sim, a prosperidade
O reino de Deus implantado
No seio da humanidade.
???
Porque os homens se agridem?
Será que somos irmão?
Será que acreditamos
Na nossa filiação?
Ou será que seremos como Pilatos
Sempre lavando as mãos?
Porque os problemas dos outros
Pra n´s não tem importância?
Porque para a caridade
É tão grande a importância?
Porque entre dizer e fazer
Há uma grande distância?
Porque pegamos o amor
E praticamos a guerra?
Porque queremos o céu
Sem tirar os pés da terra?
Porque sabemos o certo
Quando todo mundo erra?
Porque será que nos vícios
O homem busca a fuga?
Porque será que no pobre
O rico as mãos enxuga?
Porque para uns é seca
E para outros é só chuva?
Porque na vida de uns
É de eterna ventura
Enquanto outros coitados
Só obtém desventuras?
Porque uns esbanjam beleza
Outros morrem de feiura?
A semeadura é livre
Quem planta tem que colher
Assim é a lei divina
E assim haverá de ser
O seu céu ou seu inferno
O construtor é você.
EU PEQUENINO
Socorre, oh! Pai amantíssimo
Os que sofrem desencantos
Que passam por provações
Por isso vivem em prantos
Não conseguem entender
Os sofrimentos dos santos
Que deixaram a cama macia
O chão lhes servem de manto
Reclama a infelicidade
Da falta que o pão lhe faz
Do alimento do corpo
Que tanto lhes satisfaz
Não caminha para frente
Pois vivem olhando para traz
Perdendo oportunidades
Que não voltam nunca mais
Abre, Pai, os nossos olhos
Os olhos do nosso Espirito
Deixa a minha garganta
Soltar um sonoro grito
Preciso urgentemente
Com o Pai está contrito
Pois sofro a indecisão
Vivo um eterno conflito
O conflito de amar
Com o amor puro e divino
Com a pobreza que existe
No coração de um menino
Ajuda,Pai Celeste
Esse pobre peregrino
Que precisa superar
O meu Eu tão pequenino.
Mágoas de Caboclo
Ah! como eramos felizes
Vivendo lá na choupana
Ao pé da serras da onça
Plantávamos milho, feijão e cana
Fazíamos as nossas festas
No lindo mês de santana
Nossas vidas com certeza
Eram um lindo mar de rosas
Vivíamos sempre felizes
Da casa para nossa roça
Mesmo nós dois sozinhos
Fazíamos nossas troças
Mas como tudo acontece
Na vida de muita gente
Que vive rindo e feliz
Alegre e sempre contente
Eu fui pego de surpresa
Pela sanha da serpente
Nunca pensei que na vida
Um dia eu fosse passar
Por momentos tão difíceis
De dor e muito penar
Com o coração sangrando
Jurando não mais amar
Meus senhores a minha vida
É dividida em duas
Uma quando era feliz
Fazendo versos pra lua
A outra de sofrimento
Jogado em plena rua
Lembro-me como tudo aconteceu
Era mês de santana
Mês de festa e alegria
Era o mês da cana
Íamos para a cidade
Passar por lá uma semana
Que semana de alegria
De festa e divertimentos
Esquecíamos as preocupações
Pra nós só tinha o presente
Logo, logo após a missa
Tínhamos divertimentos
Tinha leilões nas barracas
Apresentação de mamulengos
As disputas das rainhas
Uma do vasco outra do flamengo
Pediam ajuda a nós
Cheias de graça e dengo
Mas em uma dessas noites
Que estávamos a brincar
Notei que tinha um sujeito
Há muito a observar
Eu e minha Maria
Com lampejo no olhar
Eu fiquei desconfiado
Logo com o sujeito
Que não deixava de olhar
Como se eu fosse suspeito
Se fosse para a Maria
Era falta de respeito
Mas o tempo foi passando
E caiu no esquecimento
O cara que nos olhava
Até a poucos momentos
Pois eu queria era paz
Sem haver constrangimento
Já tinha bebido muito
Eu ria por brincadeira
Foi quando olhei pro lado
Meio zonzo da bebedeira
Maria não estava ali
Estava só a cadeira
Muito longe de pensar
No que ia acontecer
Pedi mais uma cerveja
Pra nossa turma beber
Senhores, nesse momento
Começou o meu sofrer
Esfreguei logo os olhos
Sem poder acreditar
Que era minha Maria
Que estava a conversar
Com aquele almofadinha
Don Juan desse lugar
Era sim a minha mulher
A razão do meu viver
Que por muitos e muitos anos
Soube me compreender
O que estava acontecendo
Não podia entender
Foi quando, senhores, eu vi
O cabra abraçar Maria
Eu juro não vi mais nada
Só o meu sangue fervia
Quando voltei a mim
Estava numa delegacia
Eu estava sujo de sangue
De quem eu não sabia
Só podia ser do sujeito
Autor da patifaria
Senti logo um arrepio
E se fosse de minha Maria
Foi quando o delegado
Falou com vós alterada
Cometeste um grande engano
Mataste a pessoa errada
Pois sua esposa era
Simbolo de mulher honrada
Não pude ouvir mais nada
Nada mais me interessava
Só sei que estava vivendo
O reverso da medalha
Por culpa exclusiva e total
Do crime e da cachaça.
VITORIA
Mulher, foste escolhida por Deus
Para esta sublime missão
Amar a humanidade
De todo seu coração
Se todas as dificuldades
Sobre ti se abater
Mantenha em Deus a fé
E com certeza vai vencer
Ao longo do teu caminho
Pedras e espinhos virão
Afasta-os do teu caminho
Pelo poder da oração
Não digas nunca não posso
Porque querer é poder
Quem fica olhando pra trás
Fica difícil vencer
Acreditas no trabalho
Na fé que tudo redime
Aqueles que em si não acreditam
Cometem um grave crime.