Ismara Alice
Já é madrugada. Todos dormem. Eu continuo aqui, insone e só.
Hoje a saudade me aproximou da lembrança...
Naquele primeiro dia do mês, naquele quase início de noite, te abrecei mais forte e por um breve instante observei você indo embora. Só então fui capaz de dar valor aos tantos minutos perdidos com bobagens, coisas alheias.
Agora, minha vontade maior é retardar as horas e fazer você demorar mais tempo em mim, nem que seja só por mais um segundo, um mísero segundo.
É que quando estamos juntos à hora fica cega.
Era preciso acreditar naquela verdade, mesmo sabendo que aquelas três palavras não eram verídicas, eu preferi dar vida àquela mentira e acreditei...
Às vezes fecho os olhos e a sinfonia das músicas são como vozes humana. Me atam, desatam, me deliram, me transportam, me invadem, me tomam... Ultimamente tudo o quanto tenho desejado ouvir as músicas sabem exatamente como me falar, me cantar. Elas conversam comigo de uma forma bem peculiar. Eu entendo.
Onde agora?
Dez linhas ou até menos.
Cinco duas linhas é quanto tenho podido acrescentar cada noite à história que comecei escrever faz quase um ano e me prometi contar até o fim.
As palavras simplesmente fogem de mim, não aparecem, não falam, não perguntam...
Emudeceram.
Pensando bem, acho que elas não disseram nada até agora, porque nada tinham a dizer.
Talvez essa seja mais uma história sem final ou quem sabe, uma história sem fim... Quem sabe, né? ...
quem sabe.
Eu odeio sem sentir. Ira é em vão.
Ódio é bobo. Mesquinho. Inocente. Apático. Ódio é ocioso. Insensível. Ódio é involuntário. Ódio é temporário. Ódio é inexistente. Invisível. Ódio é paixão reprimida. É indecifrável. Impraticável. Ódio é atitude. Ódio é coisa. Ódio é reticência.
Sei que amo por que sinto. Amor doi.
Amor é óbvio. É transparente. Amor move. Palpita o coração mais forte. Treme os nervos. Amor é supersensível. Amor é extraordinário. É delírio. É astuto. Amor é amor extra. Amor é impossível de domar. Amor é silêncio. É grito. É extremo. É mais. É muito mais. Amor é você. Amor sou eu. É tudo. É nada. É pouco. É evidência. Amor é superior á ação dos sentidos. É supracitado. É ilusão. É álibi. É o meu calar das palavras. Amor é reticente e reticências.
Quando eu quero, odeio.
Quando menos espero, eu amo.
Pensamento positivo. Promessa eterna. Abraço apertado. Beijo demorado. Lágrima saudosa. Mensagem sem resposta. Recomeço desejado. Expectativa merecida. Afeto provocado. Sentimento marginal. Saída não permitida. Atos intencionais. Arrependimento mortal. Cabeça no ombro. Olho no vazio. Briga banal. Amor incondicional. Cigarros no cinzeiro. Telefonema inesperado. Pedido declarado. Pedido passageiro. Aliança perdida. Sono inquieto. Noite em claro. Devaneio pressentido. Brinco esquecido. Taças quebradas. Bocas caladas. Paixão calculada. Vingança inofensiva. Tentativa frustrada. Carinho somado. Pensamento reprovado. Frase pensada. Frase esquecida. Palavras medidas. Reticências repetidas. Ahh ... Coisas da vida.
Coisas que somam. Pensamentos que diminuem.
Dias que se explicam. Outros que não se entendem.
Atos singulares. Momentos cheios de plural.
Um abraço medroso em braços cheios de afago. Um beijo calmo em bocas que só falam de dúvidas.
Insistência necessária em um diálogo invariável.
Um Carinho útil para uma carência involuntária.
Céu cheio de estrelas. Uma estrela cadente no céu.
Pedido feito na hora exata. Desejo realizado no momento certo.
Em um sorriso misteriosamente satisfeito, cai uma lágrima teimosa.
Emocionalmente abraçados. Sutilmente emocionados.
Palavras falantes. Silêncio calado.
Um selinho carinhoso. Um carinho selado.
Aquela tarde era completamente "inédita" para mim, foi a tarde mais esperada de todas as tardes dos dias de todos os anos.
Eu trêmula. Eu ansiosa. Eu chorando. Eu feia. Eu gargalhando. Eu desanimada. Eu esperançosa. Eu contundida. Eu empolgada. Eu arisca. E a avidez dominando meu Eu.
A conversa se aproximava.
Eu te esperava, sentada, deitada, levantava e andava. Rua, carro, outro carro, mais rua, rua, rua, ninguém, deserto... VOCÊ! Você no início e eu no fim, no fim da rua. A cada passo que dava em minha direção eu te contemplava imóvel, te olhava frigidamente, te queria decididamante, te renagava de uma forma sutil e enfim te abracei de um jeito como quem procura afago nos braços da mãe.
Talvez a conversa pudesse esperar. Talvez nem precisassemos conversar.
Um milhão de palavras queriam saltar da minha boca. Silenciei. A única frase que me escapou foi: " não é hora". Não era hora de quê, afinal? Não era hora do diálogo tão esperado acontecer? Não era hora de acabar? Não era hora do amor prevalecer? Não era hora de reiniciar? ...
Nada. Não era hora de nada. Aliás, a única coisa que a hora conseguira ser naquele momento, foi certeza. Certeza de que nenhuma palavra pensada antes precisava ser dita. Ou pelo menos, não àquela hora.
Quando você ia falar algo, eu, calmamente te beijava e intuitivamente te calava.
Era pra ser assim? Você queria assim?
Eu queria falar que ... ah, esquece... Não há mais nada a falar sobre ...
Você me deixa sem palavras!
Sempre me dei bem com as palavras, porém, nunca sei quando estou madura para escrever. Definitivamente, não sei qual estado de espírito me faz escrever melhor.
Na real, quero dizer que nos últimos dias não tenho conseguido sequer escrever uma frase com coerência e coesão. Não consigo equilibrar meus pensamentos, nem definir em ordem as minhas palavras.
Algo tem me prendido. Algo tem me impedido.
Não sei o quê. Nem sei como.
Talvez, as minhas palavras encham-se de sentidos múltiplos depois de hoje. Ou quem sabe, depois de agora.
Brinca demais e não cresce. Cresce demais e não aprende. Aprende demais e não serve. Serve demais e não ajuda. Ajuda demais e não acha. Acha demais e não sabe. Sabe demais e não muda. Muda demais e não gosta. Gosta demais e não fala. Fala demais e não escuta. Escuta demais e não se importa. Se importa demais e não demonstra. Demonstra demais e não sente. Sente demais e não ama. Ama demais e não sofre. Sofre demais e não pensa. Pensa demais e não cala. Cala demais e não grita. Grita demais e não guarda. Guarda demais e não explode. Explode demais e não se arrepende. Se arrepende demais e não luta. Luta demais e não ganha. Ganha demais e não divide. Divide demais e não sobra. Sobra demais e não encontra. Encontra demais e não anda. Anda demais e não cansa. Cansa demais e não deixa. Deixa demais e não insiste. Insiste demais e não chora. Chora demais e não dorme. Dorme demais e não sonha. Sonha demais e não acorda ...
A cada milésimo de segundo a saudade é um tanto quanto agonizante. E mesmo querendo explodi-la, eu continuo mantendo esse remoto controle
O corpo exausto, o pensamento cansado, meu raciocínio pedindo demissão e a insônia me fazendo de vítima mais uma noite.
As horas que passavam parecia não passar ...
Uma madrugada reticente, agoniante. Tentei disfarçar a insônia fazendo cara de sono. Mas, meus olhos insistiam em me manter acordada. Obedeci ... ouvi músicas, ouvi grilos. Conversei com o espelho, vi pessoas conversando na rua. Lembrei de um tempo.
Estava ali, sentada na janela, com os cotovelos nos joelhos e o queixo apoiado nas mãos. Aquela lua, agressivamente me convidava para ser sua expectadora. Fiquei parada a noite toda olhando toda a noite passar. Viajei no espaço sideral sem o menor cálculo de volta. Tudo ao acaso.
As estrelas começaram a se apagar uma por uma ... E quando a lua deu bom-dia ao sol, dezena de passarinhos vieram até minha janela cochichar seus sonhos. Só então, depois de sonhar acordada, fui dormir sonhando.
Estou embriagada de insônia e alcoolicamente sonolenta.
Particularmente agora, estou com uma amnésia tamanha. Portanto, não me perguntem nada sobre ontem, hoje ou amanhã...
Nenhuma resposta será pensada com raciocínio lógico, nem dita com coerência...
Quando vi aqueles rostos falsificados naquele patético momento, senti uma vontade anormal de querer gargalhar alto, mais tão alto até ouvir a minha voz misturar-se ao eco da batida eletrônica que tocava no bar da esquina. Maaas, não consegui ser demasiadamente maldosa. E o que deveria ter sido uma gargalhada maquiavélica, saiu em forma de um sorriso, fino e pueril.
Perdi um caderno com pedaços de lágrimas, emoções, sentimentos, vivências e afins. Tudo escrito e deixado nele.
Peço humildemente que, para quem encontrá-lo dê continuidade àquelas histórias.
Mesmo me doendo dizer isso, de certa forma, 'não me importo' se o meu nome não for citado embaixo de cada verso, apenas e tão somente quero que aquelas letras falantes, vivam.
Já não se sabe ao certo quantas horas de lágrimas secas e caladas derramei por ter perdido uma parte de mim...
Meu maior desejo é que todas aquelas palavras escritas em dias de humor de cão ou em dias de suprema alegria, não morram em um lixo, queimadas, rasgadas, muito menos esquecidas!
Ah, dentro do caderno, havia um envelope com dinheiro... Algumas notas eram poucas. Era pouco. Porém, fica aí a recompensa para quem encontrá-lo e cuidá-lo.
Grata. Eternamente grata.
E no meio daquele abraço eu te apertei mais forte e pensei em dizer o quanto gosto. Ensaiei uma dúzia de frases e me disse em silêncio: “Vai, Ismara! Esse é o momento, fala...”
Vou falar...
Os meus lábios se moveram e não saiu som algum.
Era uma vez um amor. Era uma vez outro amor.
Dois amores em um só. Só dois amores.
Um é certeza, o outro contradição. Um nunca tem culpa pelas brigas, o outro sempre tem. Um é o oposto do outro, o outro é diferente de qualquer um. Um xinga quando está com raiva, já o outro faz biquinho. Um fala, o outro escuta. Um machuca, o outro chora. Um explica, o outro não entende. Um canta, o outro encanta. Um é realista, o outro sonhador. Um diz que é pra sempre, o outro fala que é eterno. Um é teimoso, o outro manhoso. Um ama blues, o outro jazz. Um adora a cor roxa, o outro também. Um pira quando escuta "realize", o outro quando escuta " brighter than sunshine". Um adora chimarrão, o outro odeia. Um é marrento, o outro mais ainda. Um tem tatuagem, o outro também tem. Um arrisca pés e mãos, o outro nem tanto. Um é fofo, já o outro... O outro tenta ser. Um diz:" Eu te amo", o outro responde:" Eu também". Um completa o outro, o outro completa um. Um se declara, o outro não percebe. Um diz que precisa, o outro diz que satisfaz. Um discute, o outro briga. Um liga, o outro recusa. Um insiste, o outro atende. Um chora, o outro consola. Um chora, o outro também chora. Um diz:" Eu TE quero pra sempre ao meu lado", o outro responde:" Eu ME quero pra sempre do seu lado". Um pede pra voltar, o outro pensa. Um desiste, o outro se arrepende. Um desabafa as mágoas no violão, o outro nas palavras...
Se era realidade ou não, não sabia nem sentia. Hoje mesmo ele apareceu no meu sonho. Acordei com um sorriso sem tamanho. Lembrei vagamente das palavras juradas ao pé do ouvido. Sonho. Tudo sonho... Durante o dia inteiro fiz o que tinha que fazer. De quando em quando, ele me aparecia inesperadamente na memória. Coisa boba. Onde já se viu pensar tanto assim em alguém que vi poucas vezes na vida? Antes dele, eu era uma pessoa sensata. Ele simplesmente surgiu do nada e me roubou o sossego. Do mesmo modo repentino que me apareceu, sumiu. Antes dele, eu ponderava o amor. Dominava a ansiedade. Mantinha equilíbrio. Fazia tudo certo. Com Cautela e com calmaria cuidava para que nada fugisse do controle. De repente, um homem que só fez me olhar por três noites, sem nenhuma compaixão bagunça o meu sentimento assim, pouco e simples. Dou para ele minha paixão repentina. Tudo o que ganho em troca é ele me olhar a noite inteira. Só me olha. Sem insinuar nada. Sem pedir, nem dar. Sem ao menos saber meu nome, fica no mesmo bar a noite toda olhando quilômetros de mim. Que homem é esse cheio de tanto mistério e tatuagem? Quando o vejo perco o foco. Nada é compreensível. Tudo fica apertado demais. A vista embaça, as cores vão ficando desfiguradas, sem forma, sem efeito. Uma ingênua excitação toma conta de mim. Meu coração bate em desordem. Minha concentração fica justa. Pernas bambas. Saliva pesada que quase não se consegue engolir. Coisas fora do comum. Sentimentos contrito. O amargo é doce demais. O azedo é puro sal. Uma confusão que treme. Uma paciência que se perde.A presença dele me causa toda essa graça estranha. Ele me faz perder o controle de mim mesma.
Ele me faz ser louca... E do mesmo tanto que me faz ser louca, me faz ser burra. Pois nem lúcida consigo mais ordenar minha loucura.
Vai menina, se desprende do que te atrasa. Esmiuça tuas qualidades. Guarda no bolso esse jeito de criança. Mostra teu lado mulher. Desarma esse medo. Solta mais esse riso frouxo. Engole esse choro engasgado. Despreza aquilo que te maltrata. Sonha só o que te faz bem. Vai menina, mira na vida e vive. Agrada quem te quer por perto. Ignora a rejeição. Distribue o primeiro "bom dia" do dia pra quem primeiro te sorrir. Desapega do que te atrapalha. Maximiza as pequenas alegrias. Recolhe essa lágrima solta. Abraça quem te aperta forte. Renova todos os dias a tua liberdade. Facilita a vida, menina. Não desatina. Não perde o tino. Deixa a paz de espírito nortear todos os teus minutos. Permanece nos braços que te caiba. Grita esse silêncio incômodo. Silencia o grito afoito. Planta sonhos. Colhe planos. Rega as cores. Cultiva as flores. Prende o suspiro. Olha pro infinito e segue...
O corpo exausto, o pensamento cansado, meu raciocínio pedindo demissão e a insônia me fazendo de vítima mais uma noite. Uma madrugada reticente, agoniada. As horas que passavam, parecia não passar. Tentei disfarçar a insônia fazendo cara de sono, mas meus olhos insistiam em manter-me acordada. Então obedeci... Ouvi músicas, ouvi grilos. Conversei com o espelho, vi pessoas conversando na rua.
Fiquei ali, sentada na janela, com os cotovelos nos joelhos e o queixo apoiado nas mãos olhando o céu, que particularmente naquele momento parecia mais estrelado que o normal. A lua linda, cheia, me convidando para ser sua espectadora e eu logo aceitando o convite. Fiquei a noite toda olhando toda a noite passar. Viajei pelo espaço sideral, visitei satélites, fui a lugares onde as palavras não alcançam e até a lugares onde só a imaginação consegue ir. Solta como quem possui asas. Sem termo, sem limite, tudo ao acaso e sem pretensão de volta à realidade. Sonho ou fantasia? Sei eu.
Ao poucos, as estrelas foram perdendo o brilho e sumindo do céu uma por uma. A lua deu bom-dia ao sol enquanto dezena de passarinhos alvoroçados vieram até minha janela contar-me seus sonhos e avisar que mais um dia raiou. Só então, depois de sonhar acordada, acordei sonhando.
Copo, cubos de gelo e algum tanto de álcool. Whisky ou Vódca? Tanto faz. Tanto faz... O importante mesmo era beber até adormecer as dores.
Fiquei ali sentada, não sei quanto tempo olhando para os cubos de gelo tumultuados no copo. Uma afobação que nunca vi igual. Um querendo derreter mais depressa que o outro. E lá no fundo do copo (onde o álcool fica mais apurado) todos eles afogados num pouco de decepção... Tenho a impressão de que quis sair dali e fugir daquela desolação. Mas fiquei. Sem fuga. Sem pressa. Sem envolvimento... Continuei ali parada, sentada no chão, copo na mão e dentro dele Whisky e água ou álcool e gelo, de novo tanto faz... O importante mesmo era o esquecimento já adormecido... Acho que baixei a cabeça... Não lembro... De mim não sei... Só sei dele, do meu coração, que fugiu, sumiu e se refugiou no primeiro espaço vago que encontrou.
Mansa e radicalista. Ingênua e maliciosa. Corajosa a ponto de arriscar pés e mãos. Medrosa a ponto de meter as mãos pelos pés. Todo tempo tagarela. Quase sempre muda. Sou feita de generosas porções de certeza e contradiçao cozidas em fogo alto. Diante disso, me falta o que falar, não me resta o que pensar, mas me sobra o que escrever...
Me olhou no rosto, não nos olhos.
ficou analisando a velocidade da minha respiração preocupada. Observou atentamente a maneira com que eu molhava os lábios com a saliva quase seca. Espiou todas as expressões faciais que fiz. Por fim, fixou o olhar na direção dos meus olhos que piscavam vagamente, demorando mais de um segundo para fechar e abrir novamente.
Segurou minha mão trêmula e frágil. Meu suor gelado esfriou seus dedos.
Parou na minha mão esquerda. Olhou minuciosamente para cada dedo daquela mão minúscula.
Seus olhos brilhavam. Parecia querer dizer alguma palavra. Mas, não disse nada. Talvez quisesse elogiar minha unha mediana ou criticar meu esmalte vermelho já descascado. Não sei.
Tudo era silêncio. As minhas mãos pareciam suspirar "não me solte, não me deixe" ...
E, foi o que aconteceu.
Se eu tivesse a chance de escolher um dom, seria saber cantar. Tenho fascínio e paixão avassaladora por músicas. Acho incrível o impacto que uma música é capaz de causar na gente, seja pela letra que tão bem retrata algum momento da nossa vida ou pela voz de encanto inesgotável. O gênero e ritmo, às vezes, nem é tão levado em consideração, válido mesmo é a sensibilidade e o efeito que a harmonia traz para cada um.
Música é cura, silêncio, filosofia, resposta, transformação.
Tem é mágica nessa tal de música. Queria saber explicar, mas só sei sentir. Tenho mania de ficar com os olhos fechados, perdida no nada, independente do estado de espírito. Tanto faz se estou absurdamente feliz ou profundamente triste... Fecho os olhos, paro no tempo e ouço eco mental de sinfonias. As melodias das canções são para mim como vozes humana. Me atam, desatam, me deliram, me transportam, me preenchem, me tomam por inteiro... Ultimamente tudo o quanto tenho desejado ouvir as músicas sabem exatamente como me falar, como me cantar. Expressam o inexprimível e conversam comigo de uma forma bem peculiar. Eu entendo.