isabelle fritsch
Tenho escrito todos os dias nos meus pensamentos tudo que eu queria te falar. Mas de repente, pra mim, tu se tornou um desconhecido. E eu nem sei mais se seus ouvidos me escultam.
To tendo sentimentos distintos e reações distintas, porém pra mesma situação. Acontece que me ocorreu o ‘Sei lá’. Sei lá o que é isso. Sei lá se isso é bom. Sei lá o que tu pensa sobre isso. Sei lá se tu pensa nisso. Sei lá se isso pode dar certo. Sei lá se eu ainda quero. Sei lá se eu não quero mais. Sei lá se tu vai vir aqui. Se é que tu já não veio. Sei lá.
Tantas vozes, mas o que eu mais escuto ainda é o silêncio. Sei lá, sabe como é. Falar sozinha faz você parecer louca. Mas se você não falar nada, talvez fique.
Tô lendo aquele trecho inteiro toda hora, amor. Tô vivendo ele todo dia. Na verdade, tô te lendo todos os minutos. Tô te vivendo todos os dias. Tô te sentindo toda hora. Toda hora
Nesse vazio, o som do teclado ecoa como um trovão pela manhã, e eu tô sentindo frio. Frio imenso de doer os ossos. Frio por dentro.
As pessoas vivem criando expectativas de mim. Eu sou isso aqui, e eu sei que ninguém tem necessidade de criar laços comigo. Só acho que não deveriam me cobrar por algo que nunca prometi.