Isabella Proença
- Menino, me diz o que é isso?
- Isso o quê?
- Isso que você faz: chegar do nada e sem algum motivo aparente, me conquistar tão facilmente e tomar conta da minha cabeça por dias, noites e madrugadas afora.
(Silêncio.)
- Até pelo seu silêncio eu me apaixonei. (...) Mas eu tenho medo de que você encontra alguém, não melhor ou mais bonita, apenas um pouco mais, digamos, disponível... É que tem uma coisa entre nós que não é viva, ou pelo menos finge não ser, mas me atormenta sempre e me faz lembrar de uma música que diz "I wish you here", e eu desejo você aqui mesmo sem você me desejar aí, e eu tenho tanta coisa pra te falar mas deixa pra lá, porque você não virá correndo dizer que toda essa distância - física ou não - não vai ser problema, e que você me cuida, me salva e me livra de todo esse abismo que eu sou.
[You drive me insane.]
É que tem uma coisa entre nós que não é viva, ou pelo menos finge não ser, mas me atormenta sempre e me faz lembrar de uma música que diz "I wish you here", e eu desejo você aqui mesmo sem você me desejar aí, e eu tenho tanta coisa pra te falar mas deixa pra lá, porque você não virá correndo dizer que toda essa distância - física ou não - não vai ser problema, e que você me cuida, me salva e me livra de todo esse abismo que eu sou.
Eu pensei que tinha mudado. Acreditei incessancemente que só o espelho bastaria. Pensei que eu era mais forte que eu. E eu era. Até ele chegar. Eu pensei que saberia controlar. Que seria racional, realista. Mas eu fui amante, sonhadora. Eu fui o que eu tinha deixado de ser. Eu me tornei eu novamente. O elo fraco. Dependente. Eu pensei tudo, quando na verdade era nada. Eu acreditei que poderia dar certo e depois que não deu eu pensei que ia superar. Ah, Deus, como eu pensei Como senti! Eu realmente pensei que."