Isabella Blanco

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Tudo e nada, dois opostos com o mesmo gosto.

Ter tudo é tão frustrante quanto não ter nada. Se você o tem, não há mais o que ter como aspiração.

As vezes eu digo que sei só pra me fazer acreditar que é realmente verdade.

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Antigamente, eu vivia da minha esperança, hoje, eu a repudio para conseguir viver.

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Porque a vida é tão frágil? Talvez porque todas as coisas belas são frágeis.

E quando você diz que já esqueceu alguém... soa tão contraditório. Porque ao afirmar isto, está automaticamente lembrando. Então não esqueceu.

O que é a vida então? É apenas vida. Não poderia usar outra palavra melhor para definir algo tão vivo.

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Por mais que você vá embora, não vou te perder. Te terei na mente enquanto ainda tiver memória.

Você foi embora por não me amar mais ou por amar mais do que achou que deveria?

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E se eu fugir e me perder de mim mesma de novo, sinto que não vou mais me encontrar. E se eu não me encontrasse, você jamais seria capaz de me achar também.

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Medo de viver intensamente? Deveria ter medo é de não viver o bastante. E será que não é perda de tempo se preencher de temores ao invés de se preencher de uma verdadeira existência?

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O tão estimado "pra sempre" jurado pelos apaixonados, nada mais é do que um vácuo mascarado de plenitude.

Perco tanto tempo tentando decifrar o teu silêncio, que esqueço de considerar tuas palavras.

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O que mais poderia ser?
Caos.
Caos é o que sou.

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Quando, aparentemente, te tenho... não sinto.
E se te sinto, não, necessariamente, tenho.

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Tu me tiras o entendimento,
E, exatamente, por não entender...
Que sei que és tu.
Pois sei...
Só me sinto, fragmentadamente, plena com você.

Ficou tudo tão, aparentemente, vazio...
Quando pararam todos os gritos internos.
Havia me acostumado com o tumulto aqui dentro,
e agora tudo estava mudo.

Inserida por bellablanco

Tempo, porque com a mesma veemência que me tira as dores, me arranca também os amores?

Tempo que quando te preciso, não te tenho...
E quando não venho, tu vens pra me assombrar.

Inserida por bellablanco

Sei que existo pelos segredos e feneço pelos meus medos.

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Torno-me a intensa afeição, mas tenho gosto da dor. Vivo a insana aflição, morro de tanto amor.

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(...) E assim será todo dia. Todo misero dia... até padecer, ou até o amor voltar, mas isso só se ele aguentar mais um dia dentro de mim.

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Sei que não é simples. Não existo em ti unicamente e nem tu em mim somente. Só em fases. Apenas um quase. Um quase ser, quase vivo.

(...) Corro tanto, e, aí, me freio. Desato todo o laço, depois retorna meu anseio. Anseio de te ter, sem pretensões de esquecer.

Inserida por bellablanco

Nefasto este meu desejo pelo teatral romantismo. Quase um suicídio da alma. É jogar-me de um abismo e procurar a calma... No fundo, no chão.