Isabela Calaes (beloescrito)
A vida não te dará motivos para sorrir sempre, a diferença é que uns vivem sorrindo mesmo que sem motivos. Não estou dizendo que chorar é proibido, chorar traz alívios incríveis... mas você já experimentou sorrir para aquilo que está te incomodando? Isso não ter a ver com “tapar o sol com a peneira”, e sim com “se a vida te der um limão, faça uma limonada”.
Tenho que admitir que é bem mais fácil chorar e se entregar, mas o difícil tende a ser mais “emocionante”, não? Por diversas vezes, tudo ao seu redor te fará cair, mas a força que te mantém em pé é divina e mais poderosa que todo o resto. E SIM, É RESTO! Acreditar que um ser cuja figura não podemos ver intercede por nós pode ser muito difícil, a menos que você acredite que simplesmente TUDO tem a ver com Ele.
Eu poderia dizer para você que a sua coragem de levantar vem dEle, mas não seria toda a verdade, pois a sua queda também é propósito dEle. Assim, aconselho você a crer nEle pelo o que é, pois nada sai para ou volta de determinado lugar sem a Sua permissão. É de suma importância admitir que cair também é “bem-vindo”, porque os degraus que você utilizará para se reerguer lhe darão mais respostas que simples tropeços ao longo da caminhada.
Rir do ruim é como aceitar que ele vem para um bem posterior e maior. Agradecer somente pelo que convém é uma gratidão incompleta. Sejamos gratos pelo TODO.
Algumas vezes ouvi: "Você é luz!".Sempre achei muito especial, mas acho que nunca acreditei 100% nessa frase. Me colocava a pensar e perguntava para mim mesma: "Como posso ser luz na vida de alguém se tantas vezes já me vi na escuridão?". Essa questão me provocava inúmeras dúvidas, dúvidas as quais me angustiavam muito.
Hoje, ainda não solucionei todas, porém entendo que algumas escuridões são diferentes de outras. Por diversas vezes, tive somente uma vela, a qual não deixei omais violentodos ventos apagar. Outras vezes,tive lanterna, que me proporcionou melhor visualização da problemática em questão. Mas em todas, não guardei a tal "iluminação" só para mim. Deixei queo brilho (não importavao tamanho)se expandisse para outras escuridões, e talvez isso que fizera de mim luz.
Busco uma melhor aceitação de mim, para assim,poder aceitar peculiaridades externas. Busco o respeito próprio, para assim,respeitar opiniões alheias. Busco a tolerância aos meus limites, para assim,tolerar os limites presentes em cada um. E não, não consigofazercom que essa busca alcance bons resultados sempre, mas quando há falha, tiro disso um aprendizado.
O passado,muitas vezes,me assusta, e o futuro consegue até mesmo tirar o meu ar, mas o presente é a "luz" mais preciosa que Deus pode me oferecer. Seria tolice não tentar aproveitá-lo e não fazer com que outras pessoas também aproveitem.
No fim, estamos sozinhos. Na verdade, nem precisa ser no fim. E não, isso não é algo ruim, muito menos assustador. Eu adoro estar sozinha, como também, adoro quando estou rodeada de quem amo. Estar sozinho é diferente de ser sozinho.
Estar sozinho é vestir qualquer roupa, ou nem vestir, e se sentir lindo (a). É colocar um bom filme e não se incomodar em não ter alguém para compartilhar a cena engraçada. É fazer máscaras, hidratações, maquiagens... para ressaltar o exterior, mesmo sabendo que o que é belo vem de dentro. É não se incomodar com o cabelo bagunçado ou unhas destruídas, pois há a consciência de que a arrumação disso tudo nunca substituirá teu momento de não querer fazer nada.
Ser sozinho é desolador. É ser egoísta consigo mesmo e, talvez, até egocêntrico. Nunca desejei ou desejarei ser sozinha, como nunca deixarei meus momentos em que estar sozinha é a minha vontade. A solidão é necessária, porém, como tudo, tem que saber "usar".
Aqui, nesse ponto, entrará o amor. O amor é mais que necessário, mas também pode se tornar perigoso. Amar o próximo nunca será ruim, a não ser que você o ame mais que a si mesmo. Isso não sou eu quem digo, em Marcos 12:31 temos: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." E é a mais pura verdade, pois quando o amor pelo outro se torna maior do que o sentido por si próprio, ele começa a te consumir, mais do que deveria, aos poucos. Na verdade, ele nem deveria consumir, e sim fluir.
Me acho extremamente intensa, e não costumo,com muita frequência,demonstrar essa intensidade em atitudes, mas isso nunca quis dizer que meus sentimentos não fossem avassaladores. Eles me transformam, quando menos espero. Fazem de mim alguém que passa a não entender as próprias atitudes. E mesmo,muitas vezes,não as aprovando, aprendi a amar minha intensidade, pois a bondade também é intensa aqui dentro.
Durante nossas vidas, fazemos inúmeros pedidos. Pedimos paz, amor, felicidade, prosperidade, empatia,tolerância, resiliência, saúde, bens materiais... assim, os ansiamos cada vez mais, como se nunca tivéssemos provado nenhum deles.O alcancedo apogeu de felicidade se torna cadavez mais possível, logo depois, com as reviravoltas, mais impossível.
A maioria de nós carrega a pior das falhas:a de não dar tempo ao tempo. Não buscamos pela dor, porém ela vem, de um jeito ou de outro, seja você quem for. Nesse momento, esquecemos que o mesmo pode/vai acontecer com a alegria. Ela está ali, em algum lugar, mas os óculos seletivos não a enxergam, muitas vezes. Óculos seletivos? Sim. Todos vemos aquilo que permitimos e, a partir de tal, sentimos aquilo que não escolhemos.
Esse é o ponto principal: não sentimoso que queremos. Devemos ter muito cuidado comaquiloque escolhemos ver, pois isso determinará nossos sentimentos e ações. Não digo para não olharmos para as dores, mas para não focarmos em tais, pois elas não nos determinam, de forma alguma.Durante nossas vidas, fazemos inúmeros pedidos. Pedimos paz, amor, felicidade, prosperidade, empatia,tolerância, resiliência, saúde, bens materiais... assim, os ansiamos cada vez mais, como se nunca tivéssemos provado nenhum deles.O alcancedo apogeu de felicidade se torna cadavez mais possível, logo depois, com as reviravoltas, mais impossível.
A maioria de nós carrega a pior das falhas:a de não dar tempo ao tempo. Não buscamos pela dor, porém ela vem, de um jeito ou de outro, seja você quem for. Nesse momento, esquecemos que o mesmo pode/vai acontecer com a alegria. Ela está ali, em algum lugar, mas os óculos seletivos não a enxergam, muitas vezes. Óculos seletivos? Sim. Todos vemos aquilo que permitimos e, a partir de tal, sentimos aquilo que não escolhemos.
Esse é o ponto principal: não sentimoso que queremos. Devemos ter muito cuidado comaquiloque escolhemos ver, pois isso determinará nossos sentimentos e ações. Não digo para não olharmos para as dores, mas para não focarmos em tais, pois elas não nos determinam, de forma alguma.
Ah, as recordações! Sou capaz de ficar horas e horas olhando cada coisinha que está no backup, dando risadas do que já se passou e vendo quantos acontecimentos que pareciam impossíveis de superar, eu superei. Sou incrivelmente grata pelas fotos que tirei e pelos vídeos que gravei, pois eles fazem-me lembrar do quão bom foram momentos que minha memória já não recordava mais. Ser o que sou hoje só é possível graças aos momentos que vivi. O que é ruim não esquecerei, mas também não ficarei torturando-me.
Tudo o que eu disse até agora faz com que me lembre da frase de Bruno Razzec que li alguns meses atrás: "quando a gente começa a se amar, vai dando uma preguiça de sofrer pelos outros". Eu a tenho como uma verdade. Tudo que já vivi deixa explícito que meu sofrimento não merece vir a toma por "qualquer coisa", mesmo, às vezes, ele fazendo totalmente o contrário. Para alguns, pode parecer egoísmo, para outros como eu, soa como uma conquista. O amor próprio é uma conquista, assim como dizer "não" com a mesma naturalidade que se diz "sim".
Fiquei muito feliz ao perceber que sinto essa preguiça. Ela é libertadora. Ela faz com eu encare o fim sem culpa. Ela deixa-me usar pontos finais, quando as vírgulas já estão cansadas. Sofrer pelo outro faz-me vulnerável. E o meu eu vulnerável se prende à migalhas, cuja minha fome não matam, pois tenho certa gula quando o assunto é felicidade. Deveríamos sentir por nós o mesmo desvelo que sentimos pelos que insistem em fazer as malas, e desfazem após nossas súplicas. Na verdade, deveríamos sentir um desvelo superior por nós. Não digo que não deva insistir, porém só o faça se não for um ato contra o seu próprio ser.
Terra de alguém?
Terra de ninguém.
Habitamos, mas não dominamos.
Plantamos, mas nada levamos.
Lutamos, perdemos, ganhamos,
Mas para debaixo da terra todos vamos.
Tanto oramos, pedimos,
Mas nossa vontade seguimos.
Sorrimos, choramos,
Caímos e levantamos.
Vivemos, morremos,
E continuamos sobrevivendo.
Quantas vidas temos?
Renascemos.
Muitas vezes, questionamos.
Erramos e culpamos.
Da responsabilidade nos livramos.
Plantamos.
Para onde iremos?
Talvez você tenha esquecido que também colhemos.
Quantas vezes colocaram padrões em seu prato com a intenção de que você os engolisse? Quantas vezes as "faltas" ou os "excessos" que falaram que você tem foram motivos de olhares tortos para o seu próprio reflexo? Quantas vezes te questionaram sobre o porquê de postar fotos de corpo inteiro? Quantas vezes você foi motivo de comparações?
Suponho que "muitas" seja a resposta para todas essas perguntas.
Agora, eu gostaria de perguntar: quantas vezes você já teve que ser mais forte que essas situações?
Suponho que todas. Diante disso, as conclusões são livres, assim como você, suas vontades e interpretações. Se inste a pensar sobre suas vitórias, pois elas são muito mais que as medalhas ou provações que você já recebeu.